Turbulenta pode ser a palavra certa para descrever o início da gestão de Elon Musk no Twitter. Demissões em massa e novas formas de monetização da rede foram alguns fatos contestáveis dessas últimas semanas. Mas no último domingo (13), o bilionário se envolveu em uma nova polêmica que resultou no desligamento de mais um funcionário.

Elon Musk x Eric Frohnhoefer

Tudo começou quando Musk tweetou um pedido de desculpas pela lentidão do Twitter em vários países. No post, ele culpou o app por executar “mais de mil chamadas de procedimento remoto (RCPs) mal agrupadas” no carregamento da tela inicial.

 

O que Elon Musk não esperava era que um funcionário do próprio Twitter entrasse na discussão para desmentir o bilionário. No caso, Eric Frohnhoefer revelou que passou cerca de seis anos trabalhando na versão Android da rede social, o que lhe deu bagagem para dizer que a fala de Musk estava errada.

 

E foi aí que a coisa degringolou. Frohnhoefer disse que, na verdade, a rede social executa cerca de 20 solicitações de segundo plano quando o app é iniciado. Musk, por sua vez, voltou a bater na tecla de 1.200 chamados de microsserviços e questionou ao funcionário o que ele havia feito para solucionar isso.

O debate seguiu a todo vapor e, no caso, Frohnhoefer não estava desmentindo o fato do Twitter ser lento, mas sim, que a lentidão não era oriunda dos problemas apontado pelo bilionário. Segundo ele, a tal lentidão pode ser atribuída a três fatores: muitos recursos que recebem pouco uso, anos de dívidas tecnológicas e muito tempo de espera pelas respostas da rede.

Acontece que discutir com o seu chefe publicamente pode não ser algo muito recomendado. E como Elon Musk parecia mais irritado a cada tweet, o inevitável aconteceu: Eric Frohnhoefer acabou sendo demitido. O bilionário até tinha revelado isso em resposta a um usuário, mas excluiu o post logo em seguida.

Ex-funcionário revela clima interno de tensão

À Forbes, Frohnhoefer disse que estava há oito anos no Twitter e que demorou cerca de cinco horas para a companhia bloqueá-lo do laptop fornecido. O agora ex-funcionário da rede social acrescentou ainda que não houve nenhuma comunicação formal de sua demissão, além de revelar um clima interno pesado.

“Ninguém mais confia em ninguém dentro da empresa. Como você pode funcionar? Os funcionários não confiam na nova administração. A administração não confia nos funcionários. Como você acha que deve fazer alguma coisa?”, contou Frohnhoefer.

Twitter Elon Musk

Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock

Aliás, Sasha Solomon, que era listada como líder de tecnologia e engenheira de software do Twitter, também se deu mal por ter comprado a briga de Frohnhoefer. Elon Musk não chegou a responder seus tweets, mas Solomon contou na segunda-feira (14) que havia sido demitida por posts indevidos.

Discussões públicas à parte, o cenário interno do Twitter parece bem claro: caótico. Musk afirma o desejo de “consertar” a rede, mas é incerto se isso será uma tarefa tão fácil em virtude do seu modus operandis ou mesmo da desconfiança interna que parece imperar sob sua gestão.

Via: Tech Spot

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Rod
16 de novembro de 2022 17:42

Desse jeito não vai ficar ninguém e nem vai ter gente interessada em trabalhar na empresa. Que ser patético!