Startup francesa transforma DNA humano em pen drive por US$ 1.000
Tecnologia de armazenamento promete ser à prova do tempo e até da evoluçãoBy - Cesar Schaeffer, 9 dezembro 2023 às 17:20
Exclusivamente para os amantes da tecnologia e, claro, aqueles que têm um dinheiro sobrando na conta. Por “meros” US$ 1.000 (perto de R$ 5.000 em conversão direta), uma startup francesa está oferecendo um serviço até então inédito – e que a gente só esperaria ver em filmes futuristas de ficção científica. Com a proposta de preservar memórias além da vida, a Biomemory promete armazenar uma nota de texto no seu próprio DNA. Sim, como um pen drive!
É assustador incrível dizer, mas atualmente, DVDs e até pen drives já são considerados coisas do passado. Alguém aí lembra das fitas K7 ou VHS? A nova (e cara) moda é armazenar dados digitais no DNA humano – sim, isso já é possível e tem um preço.
O mais recente produto da Biomemory é o Cartão DNA. Com o mesmo tamanho de um cartão de crédito normal, o card pode armazenar até 1K (um quilobyte) de dados em texto. Seria o suficiente, por exemplo, para guardar um e-mail curto ou um tweet mais longo; tudo armazenado em uma sequência de DNA. É a computação molecular chegando ao consumidor convencional.
Um cartão de DNA no lugar do pen drive
Então, como faz para armazenar dados no DNA humano? O processo complexo traduz o texto (ou nota) em uma série de As, Cs, Ts e Gs – os blocos de construção do DNA. O fio personalizado é então sintetizado, seco e selado em um cartão, protegido do desgaste do tempo e da própria tecnologia.
Por mais distante da realidade que pareça, esta forma de armazenamento de dados é bastante promissora. O DNA humano é bem denso em termos de capacidade de armazenamento de dados. Um único grama, por exemplo, pode guardar cerca de 215.000 terabytes – daria para arquivar toda a biblioteca da Netflix em uma gota de líquido!
Mas não é tão simples assim. Atualmente, o Cartão da Biomemory leva cerca de oito horas para codificar apenas um quilobyte de texto. Fora isso, não é barato. A forma de armazenamento de dados usado pela startup francesa não é necessariamente novidade, o que chama atenção é transformar a tecnologia em um produto para o consumidor final.
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