Em mais um capítulo da novela sobre a proposta de aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, como parte da investigação sobre a possível fusão, em outubro, a Autoridade de Mercados e Concorrência do Reino Unido (CMA) convidou membros do público a compartilhar suas opiniões sobre o assunto. Segundo o órgão, 75% das respostas foram favoráveis à fusão.

“Dos 2.100 e-mails que analisamos, cerca de três quartos foram amplamente a favor da fusão e cerca de um quarto foi contra”, disse a CMA, que também revelou que outras 500 mensagens foram descartadas por conter conteúdo abusivo ou outros motivos.

Microsoft adquire Activision Blizzard, publisher de Call of Duty

Imagem: Shutterstock

A novela: Activision & Microsoft

Em outubro, o órgão britânico levantou uma série de questionamentos que deveriam ser levados em consideração para decidir se o acordo de US$ 69 bilhões teria impacto negativo na concorrência. Mas parece que o público está do lado da Microsoft desta vez.

Entre os que argumentaram favoravelmente ao alegam que a fusão das duas empresas permitiria à Microsoft “competir melhor” com a Sony e a Nintendo, as duas gigantes na indústria de jogos. Há ainda quem diga que a aquisição não prejudicaria a concorrência, uma vez que a empresa se comprometeu a manter os títulos da Activision, como a franquia Call of Duty, por exemplo, como não exclusivos para consoles Xbox.

Call of Duty, da Activision, pode se tornar exclusivo de Xbox, teme a Sony

Imagem: Microsoft/Reprodução

Por outro lado, quem se opôs à ideia diz ser contra a Microsoft se tornar tão dominante no espaço de jogos quanto já é nos sistemas operacionais de PC, com o Windows. Outros dizem que o acordo poderia abrir portas para outras aquisições grandes, como a Take Two, a Electronic Arts e a Ubisoft.

Assim, segue a investigação. A preocupação antitruste sobre a possível compra da Activision pela Microsoft é grande. Nos últimos meses, a CMA coletou mais evidências, publicou questionários e realizou audiências com as partes relevantes do acordo.

O prazo final para as respostas de todas as partes envolvidas é fevereiro do ano que vem. A publicação do relatório final da CMA está prevista para o dia 1º de março de 2023.

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