A relação entre Twitter e Elon Musk parece não estar das melhores. Após muita polêmica, propostas recusadas, ofertas aceitas e paralisação das negociações — à la novela mexicana —, acionistas da rede social votaram contra a reeleição de um aliado do bilionário para seu conselho em uma assembleia realizada na última quarta-feira (25).

O aliado em questão trata-se de Egon Durban, codiretor da empresa de private equity Silver Lake e membro do conselho do Twitter desde 2020. O executivo fez parceria com Musk, presidente-executivo da Tesla, em sua tentativa abandonada de fechar o capital da montadora de carros elétricos.

Mas com as incertezas sobre o acordo de compra da rede social por Musk, os investidores optaram pela não reeleição de Durban. Em contrapartida, Patrick Pichette, sócio geral da Inovia Capital, foi reeleito para o conselho.

“Pé atrás” com Musk

A medida evidencia um certo receio dos acionistas a respeito de Elon Musk. O bilionário já havia anunciado a aquisição do Twitter por US$ 44 bilhões, mas no dia 13 de maio, disse que estava paralisando as negociações para que se comprove o índice inferior a 5% de contas falsas e de spam na plataforma.

Em resposta, a plataforma do pássaro disse na semana passada que continua comprometida com o acordo pelo preço estipulado — ou seja, nada de descontinhos. Mas fato é que a situação segue congelada, uma vez que a reunião dessa quarta não tratou sobre a conclusão da venda.

Negociação do Twitter ficará para depois

Twitter

Imagem: Alexander Shatov/Unsplash

Ao invés disso, a assembleia discutiu outras propostas como auditoria do impacto das redes nos direitos civis, elaboração de relatórios sobre gastos eleitorais, riscos do uso de cláusulas de ocultação, eleições anuais para diretores e relatório sobre as despesas de lobby da empresa.

A expectativa é de que a aquisição do Twitter por Musk seja discutida em alguma outra reunião ainda a ser agendada. Resta saber se a relação entre o bilionário e os acionistas da rede social serão apaziguadas para evitar qualquer novo conflito até lá.

Fonte: Reuters

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