O Pix, forma de pagamento eletrônica desenvolvida pelo Banco Central do Brasil, teve um ano de sucesso em 2021. Relembramos acontecimentos e novidades da modalidade pois foram tantas que mal deu para acompanhar tudo.

1) Recorde de transações com o 13º

No dia 20 de dezembro, data do pagamento da segunda parcela do 13º salário dos brasileiros, a forma de pagamento bateu um recorde. Foram feitas 51,9 milhões de transações usando o sistema instantâneo de pagamento – número dividido entre transferências e liquidação de débitos. O recorde anterior havia sido registrado ainda em dezembro, mas no dia 10, com 50,3 milhões de operações.

2) Alvo de projeto de lei para aumentar segurança

Em 30 de novembro, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou a tramitação mais rápida do projeto de lei (PL) 583/21, de autoria do deputado Campos Machado (Avante).

O projeto estuda a suspensão da forma de pagamento no Estado. A justificativa é que o Banco Central deve desenvolver mecanismos para garantir a segurança dos correntistas.

A boa notícia é que o Banco Central já criou medidas extras de segurança e enviou laudo técnico para Alesp que deve basear a avaliação do projeto.

3) A chegada do Pix Saque e Pix Troco

Em 29 de novembro, começaram a valer o Pix Saque e Pix Troco. As lojas devem ser adaptar para oferecer os serviços, baseado em transações com QR Codes. As novidades permitem o saque em espécie e a obtenção de troco em estabelecimentos comerciais e outros lugares de circulação pública.

No Pix Saque, o correntista apontará a câmera do celular para um código QR, fará o pagamento para o estabelecimento ou para a instituição financeira e retirará o dinheiro no caixa. O limite do saque é de até R$ 500.

O Pix Troco permite o saque durante o pagamento de uma compra. Ao comprar uma mercadoria de R$ 40 com um pagamento de R$ 50, por exemplo, o consumidor recebe de volta R$ 10 em dinheiro.

4) Um ano de Pix

Durante o evento em 16 de novembro que comemorou um ano da forma de pagamento, o Banco Central afirmou que o sistema de pagamentos se popularizará cada vez mais. Com o Pix Saque e o Pix Troco, o objetivo é aumentar os pontos de retirada de dinheiro. Outra vantagem é ampliar a competição no mercado, com novas possibilidades de negócios para comerciantes e maior circulação de clientes nas lojas.

5) Pix por aproximação

Na comemoração de um ano de Pix, o Banco Central apresentou novidades para o Pix em 2022. Entre elas, o pagamento por aproximação. De acordo com o presidente do Roberto Campos, o formato poderá ser utilizado para o pagamento em caso de falta de conectividade. Um dos exemplos dados foi o pagamento de passagens de ônibus. O usuário poderá aproximar o celular ao entrar no ônibus e realizar a transação.

Ilustração do Pix aberto em smartphone

Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

6) Pix internacional

Ainda em 2022, mas “a médio prazo”, está prevista a integração da plataforma com sistemas de pagamento instantâneos de outros países, o Pix internacional. O Brasil é o país que teve a adoção de meio de pagamento instantâneo mais rápido do mundo, de acordo com o BC.

Atualmente, na utilização diária de pagamentos instantâneos, o país está atrás apenas da Dinamarca e da Suécia, que implantaram seus sistemas há mais de 5 anos.

7) Bloqueio de transações suspeitas

Entrou em cena em 16 de novembro a regra do Pix que permite bloquear transações suspeitas por até 72 horas. O “Mecanismo Especial de Devolução”, que agiliza o ressarcimento ao usuário vítima de fraude ou de falha operacional das instituições financeiras.

Os bancos podem bloquear o recebimento de transferências de pessoas físicas por até 72 horas em casos de suspeita de fraude. O usuário será imediatamente informado sobre o bloqueio.

O bloqueio preventivo, de acordo com o Banco Central, vai permitir que seja feita uma análise mais cuidadosa das tentativas de fraudes em contas de pessoas físicas. A medida deve aumentar as chances de a vítima recuperar seu dinheiro em casos de crime ou golpe.

8) Open banking

Até o início de 2022, o BC pretende estender o Open Banking para o Pix; assim será mais fácil realizar pagamentos por redes sociais e por aplicativos de compras e de mensagens.

Atualmente, o Open Banking existe para compras com cartões de crédito e de débito. A ampliação da ferramenta para o Pix só será possível por causa da terceira fase do open banking (compartilhamento de dados entre instituições financeiras), que entrou em vigor no fim de outubro.

9) Limite para transações noturnas

O limite para transações noturnas com o Pix foi restringido em 16 de novembro. Entre 20h e 6h da manhã, o máximo estabelecido para transferência é de R$ 1.000. A regra vale para transações entre pessoas físicas, incluindo os MEIs (microempreededores individuais).

Caso julgue necessário, é possível pedir a ampliação deste limite ao atendimento ao correntista do banco, que terá até 48 horas para atender à requisição.

10) Adicionar contatos de segurança

Para facilitar as transações com Pix é importante adicionar contatos como seguros. Os contatos cadastrados poderão receber transferência acima de R$ 1.000 a qualquer hora do dia. O pedido deve ser feito diretamente ao atendimento ao correntista do banco, que pede um prazo de até 24 horas para realizar o cadastro de segurança.

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