Para Martin Cooper, o smartphone se tornou um problema. O que é irônico já que Cooper é comumente referido no meio tecnológico como “o pai do smartphone”. Hoje com 90 anos, porém, o inventor estadunidense afirma que se sente triste sempre que vê alguma pessoa olhando para a tela de um celular enquanto atravessa a rua.

“Eles estão loucos”, disse à Agência France-Presse (via WIO News). “Mas eles vão entender depois que uns carros passarem por cima de algumas pessoas.”

Imagem mostra Martin Cooper, tido como o "pai" do smartphone

Imagem: AP Photo/Joan Mateu Parra

Ver as nossas vidas contemporâneas sem um smartphone pode ser algo impensável – sobretudo para as gerações mais novas. Afinal, a conveniência de se ter um aplicativo para literalmente qualquer coisa nos prende às telas que cabem na palma da mão por mais tempo do que gostaríamos de admitir, e mesmo quando estamos olhando com nossos olhos e vemos uma paisagem bonita, nosso primeiro reflexo é…tirar uma foto e publicar no Instagram.

Para Cooper, essa “obsessão”, como ele mesmo posiciona, é nociva, mas ele espera que isso seja algo temporário, almejando um futuro mais brilhante para a sua invenção.

“No futuro, podemos esperar que os telefones celulares revolucionem a educação, revolucionem a saúde. Eu sei que isso soa como um exagera, mas eu quero que saibam que, dentro de uma geração ou duas, nós vamos vencer as doenças.” – Martin Cooper, considerado “pai” do smartphone

A premissa do engenheiro vem da sua crença de que o advento de um smartphone sempre à mão dobrou a produtividade das pessoas. Antigamente, você tinha que desempenhar uma função ou outra, mas hoje, você consegue ser tão multitarefas quanto seu dispositivo promete ser.

Cooper, em meados dos anos 1970, era funcionário da Motorola quando, por meio de um “tijolão” de circuitos e fios, conseguiu inventar o primeiro telefone portátil – o “DynaTAC” – que pesava mais ou menos um quilograma e tinha uma bateria que garantia incríveis 25 minutos de conversa.

Diz ele que a primeira ligação que fez do novo dispositivo foi para o seu concorrente, o Dr. Joel Engel, da Bell Industries. A empresa vinha idealizando um telefone portátil desde o fim da Segunda Guerra Mundial, mas limitações tecnológicas da época a impediram de sair na frente.

Quanto aos modelos atuais, Cooper não foi muito detalhista quanto a “como” o smartphone será uma figura tão essencial dessa revolução que ele ambiciona.

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