Zuckerberg se livra provisoriamente de interrogatório de seis horas sobre Cambridge Analytica
Termos do acordo não foram divulgados em documentos; cronograma sugere que mais detalhes podem ser revelados até o fim de outubroBy - Liliane Nakagawa, 30 agosto 2022 às 9:19
A holding do Facebook chegou a um acordo provisório em uma ação judicial de classe apresentada em junho, na qual convocava Zuckerberg e outros executivos da empresa a depor por sobre o escândalo da Cambridge Analytica, empresa que apoiou a campanha vitoriosa de Donald Trump na presidência em 2016.
O acordo foi firmado apenas algumas semanas antes do prazo de depoimento de seis horas de Zuckerberg e executivos do Facebook marcado para 20 de setembro, fase final da coleta de provas pré-julgamento, segundo documentos do tribunal.
Embora os acordos firmados não foram divulgados em documentos apresentados no tribunal federal de São Francisco na sexta-feira (26), uma suspensão de 60 dias foi solicitada por advogados da Meta enquanto finalizavam o acordo por escrito. O cronograma sugere que mais detalhes podem ser revelados até o fim de outubro.
À CNET, Meta disse que não quis comentar, enquanto os advogados da holding não responderam ao pedido de comentário.
Escândalo Cambridge Analytica
O caso veio à tona em 2018, quando whistleblowers revelaram que o estrategista da campanha de Trump havia pago um desenvolvedor de aplicativos do Facebook pela coleta de dados de cerca de 87 milhões de usuários da rede social. Com a análise de dados realizada pela consultoria política Cambridge Analytica, usados para atingir eleitores norte-americanos durante a campanha de 2016, Trump foi eleito 45º presidente dos EUA.
Em 2019, após a queda da Cambridge Analytica, a Federal Trade Commission (FTC, ou Comissão Federal do Comércio, em tradução livre) aplicou uma multa recorde de US$ 5 bilhões ao Facebook, abalando desde então a reputação da empresa em torno da privacidade dos usuários.
Com informações de The Associated Press e CNET
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