Slack incentiva reguladores antitruste a investigarem práticas da Microsoft
Aplicação de propriedade da Salesforce quer que órgão de fiscalização de concorrência ordene separação de produtos da companhia norte-americana de softwareBy - Liliane Nakagawa, 24 novembro 2022 às 19:35
As queixas do aplicativo de workspace Slack, de propriedade da Salesforce, podem colocar a Microsoft sob investigação de reguladores antitruste da União Europeia em breve, já que eles têm intensificado a busca por informações sobre as práticas da gigante do software em relação aos seus respectivos concorrentes, segundo fontes familiarizadas com o assunto.
O caso teve início no ano passado, quando o Slack se queixou à Comissão Europeia, alegando que houve integração injusta do aplicativo de bate-papo e vídeo de workspace Teams ao seu produto Office pela Microsoft. O Teams foi lançado em 2017 visando, de forma rápida e lucrativa, o mercado de colaboração no local de trabalho.
Como uma forma de manter a concorrência possível, o Slack solicitou ao órgão de fiscalização de concorrência da UE que ordene à Microsoft a separação do aplicativo Teams do OfficeSuite, vendendo-os separadamente com preços comerciais justos.
No mês passado, a Comissão enviou outro lote de questionamentos dando prosseguimento aos enviados em outubro de 2021, posicionamento que sinaliza uma possível preparação do órgão para abrir uma investigação formal, segundo as fontes ouvidas pela Reuters.
“A Comissão está analisando a interoperabilidade (da Microsoft) e o agrupamento, mas desta vez com mais detalhes. Eles estão procurando informações que os permitam definir soluções”, disse uma das fontes. “Eles estão preparando o terreno para uma investigação”, disse uma segunda.
Microsoft já foi penalizada pela mesma prática no passado
Os casos que tratam de vinculação de produtos não inéditos; a própria Microsoft já foi multada em 2,2 bilhões de euros (US$ 2,3 bilhões) por esta e outras práticas na década anterior.
Membros da Comissão e a empresa de software se recusaram a comentar.
Via Reuters
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