Lançado em 2017, o robô bípede Cassie – da Agility Robotics – é considerado um marco na história da robótica. Em julho do ano passado, a máquina foi capaz de percorrer um trajeto de cinco quilômetros, sem qualquer tipo de guia para auxiliá-la, e com uma única carga de bateria. O percurso foi feito em 53 minutos e três segundos.

Agora, o Cassie resolveu acelerar o passo. Inspirado no avestruz – o pássaro mais rápido do planeta – ele entrou para o Livro dos Recordes com os 100 metros mais rápidos percorridos por um robô bípede.

robô bípede corredor no Livro dos Recordes

Imagem: Guiness World Records

O robô bípede mais rápido do planeta

A máquina corredora completou os 100 metros em 24,73 segundos, atingindo um velocidade média de 14,4 Km/h. O que, convenhamos, para um robô bípede é bastante rápido. Mas está longe da velocidade da avestruz, que percorre a mesma distância em apenas 5 segundos.

Em 2009, no Mundial de Atletismo disputado em Berlim, o jamaicano Usain Bolt fez história ao correr os 100 metros rasos em incríveis 9,58 segundos, se tornando assim o ser humano mais rápido do planeta; sim, mais veloz que o robô, mas ainda longe da velocidade do pássaro corredor.

Embora a marca de Cassie esteja longe de bater um recorde mundial humano, o trabalho é importante para explorar os limites de locomoção bípede de máquinas e entender a importância do “deep reinforcement learning” (aprendizado profundo forçado) no desenvolvimento do setor.

Cassie, robô bípede corredor

Imagem: reprodução / YouTube

“O deep reinforcement learning é um método poderoso de inteligência artificial que abre as portas para habilidades como correr, pular ou subir e descer escadas”, explica Yesh Godse, graduando da OSU.

Vale destacar que a corrida de Cassie não foi autônoma, uma vez que o robô não possui sensores externos. Um humano controlou a trajetória com um controle remoto. Ainda assim, o pessoal do Laboratório de Robótica Dinâmica da Universidade de Ohio comemorou a marca.

“Este pode ser o primeiro robô bípede a aprender a correr, mas não será o último”, disse Jonathan Hurst, da Agility Robotics. “Acredito que abordagens de controle como essa serão uma grande parte do futuro da robótica. A parte emocionante desta corrida é o potencial. O uso de políticas aprendidas para controle de robôs é um campo muito novo, e essa corrida de 100 metros está mostrando melhor desempenho do que outros métodos de controle. Acho que o progresso vai acelerar a partir daqui”, completou.

Fonte: Oregon State University

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