Uma das coisas que me irrita nessa seara de produtos “autônomos” é o quão “não autônomos” eles são: eu entendo o apelo de não precisar de cabos e, na maioria das coisas, eu apoio essa ideia. Mas existem produtos que, para mim, não trazem muito sentido em dependerem de cargas de bateria, pareamento de dispositivos e outras vicissitudes tão necessárias no universo bluetooth.

Gosto de pensar que não estou sozinho nisso e, felizmente, para gente como a gente, há opções bastante agradáveis: o headset Tempest 200, da Husky, é uma delas. O modelo, oferecido via compra online no KaBuM! e outros e-commerces por aproximadamente R$ 360, foi uma agradável surpresa quando chegou à nossa equipe para análise, que você confere a seguir.

[Review] Com bom desempenho de áudio, o Husky Tempest 200 agrada por aliar conforto e proposta ‘old school’
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A primeira coisa a chamar a atenção é a caixa. Todo headset, hoje, é embalado em caixas bem grandes, obviamente, mas o Tempest 200 mostra um esforço interessante na apresentação do produto. As descrições dos recursos são bem fáceis de entender e, ao abrir a caixa, fui agraciado com uma bolsa bem robusta que resguardava não só o par de fones, mas também seus dois adaptadores principais.

Imediatamente, me veio à memória aqueles “porta-discos” que usávamos para guardar os CDs de jogos do primeiro PlayStation – claro, guardadas as devidas proporções. Naturalmente, é um detalhe relativo e que não apela a muita gente, mas me chamou atenção de forma bacana, considerando que ele é um case de transporte, apenas.

Partindo para o produto em si, a coisa é bastante simples: o Tempest 200 tem todo o visual agressivo de um headset primariamente voltado ao público gamer. Suas almofadas são alongadas e grandes, o arco é uma faixa maciça (não bipartida ou dividida em vários segmentos como alguns outros modelos) e, entre os dois – um de cada lado – dois fios de tecido costurado conectam o material ao hardware interno, escondido em uma das almofadas e continuado por meio do cabo de conexão ao lado esquerdo.

Logo abaixo, vêm o referido cabo – um conector de 3,5 milímetros (o padrão de uma entrada de fone de ouvido) – fica na ponta de um cordão de 2,10 metros, totalmente costurado, então não há risco de você estourá-lo com um puxão ou algo do gênero.

Vale, no entanto, uma cautela na hora de instalar o produto: devido ao tamanho do cabo, é fácil vê-lo enganchar em alguma coisa dependendo de onde você posicionou seu PC – e detalhe, os mais de dois metros são para o cabo padrão, afixado ao headset. O Tempest 200 ainda vem com um extensor com conversão surround 7.1 para audiófilos do computador, além de um par de conectores P2 divisores entre áudio e microfone, para o caso da sua máquina ter duas entradas distintas para ambas as modalidades.

O microfone em si não tem muita diferença em relação a outros modelos do mercado, mas conta com o benefício de ser acoplável e, se não estiver em uso, facilmente removido do headset e guardado separadamente. Aqui se vê uma vantagem do cabeamento fixo do Tempest 200 – aparelhos bluetooth têm ficado melhores ao longo dos anos, é verdade, mas eles ainda contam um pequeno atraso entre a execução do som e a sua entrega, o que não existe em conexões cabeadas.

Na prática, o áudio e o microfone têm entrega imediata, e o conjunto ainda conta com drivers especiais que minimizam ruídos – até mesmo os mais próximos, como por exemplo você respirar forte demais perto da almofada. Isso se traduz em chamadas mais limpas e uma conversa mais cristalina no chat durante partidas no seu multiplayer favorito.

É na entrega de som que o headset da Husky Gaming se destaca: os baixos e agudos estão em um equilíbrio quase perfeito, permitindo uma experiência sonora bastante aprimorada. Eu ainda não havia ajustado meus equalizadores e as músicas que tenho armazenadas no Spotify tinham uma transição bem sólida para tons de contrabaixo versus a parte mais estridente da guitarra – e mesmo em playlists mais eletrônicas, como EDM, hip hop, funk e similares, as batidas não soavam nada “estouradas”.

Aliado a isso, o isolamento acústico permitido pelas almofadas de 8,5 centímetros causa uma imersão fora do comum. Na redação desse review, havia uma reforma em um dos meus vizinhos – obviamente, não estamos falando de uma britadeira, mas eu quase não ouvia as marteladas quando usava o acessório.

Isso dito, o tamanho avantajado das almofadas me fizeram suar um pouquinho. Mesmo em tempos frios, elas tendem a ficar meio abafadas se usadas por sessões mais prolongadas. Ao menos elas não apertaram minha cabeça como um alicate, então o conforto também foi bem percebido.

A única ressalva, ironicamente, reside no fato do headset ser cabeado: ele é compatível com qualquer desktop ou notebook que tenha saída de 3,5 milímetros ou conexão USB padrão (o extensor surround tem justamente essa ponta) – isso inclui também o PlayStation 4 e PlayStation 5, cujos joysticks permitem o uso de fones com cabos.

Smartphones, por outro lado, estão fora, dependendo da fabricante: dispositivos mais recentes do tipo estão vindo sem a respectiva entrada e limitando-se apenas a um conversor USB-C. Por isso, usar o Tempest 200 está fora de questão para celulares salvo por algum acessório específico (que nem o celular, nem o headset trazem de fábrica).

Não que um headset desse tamanho seja indicado para usar com smartphones, mas imagine que você queira ir para, digamos, a academia e a playlist do estabelecimento não lhe agrada…

Ainda assim, o Tempest 200 da Husky Gaming é um ponto bem favorável fora da curva no mercado de headsets. É bem conveniente nunca ter que se preocupar com carga de bateria, recarregar o aparelho, parear com receptores ou coisas do gênero, e seu cabo mais longo facilita o posicionamento de, digamos, consoles para seus jogos.

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