[Preview] Total War: Pharaoh traz novidades em uma nova aventura

Os amantes de jogos de estratégia que se preparem, pois um novo título do gênero está prestes a estrear em 2023. E trata-se de Total War: Pharaoh, desenvolvido pela Creative Assembly, que promete uma aventura cheia de ação na Idade do Bronze do Egito Antigo.

Quem conhece a franquia Total War talvez esteja ligeiramente familiarizado com o que está por vir: um jogo Real Time Strategy (RTS), com elementos sandbox, e cujo objetivo gira em torno de exploração, gerenciamento de recursos e batalhas para expandir os reinos.

Curiosamente, todo esse cenário segue vivo em Total War: Pharaoh. Mas muito além da exploração e combates costumeiros, o mais recente título da saga traz novos recursos e mecânicas que conseguem dar mais dinamismo à franquia com mais de 20 anos de vida.

E foi com este espírito curioso e explorador que o blog KaBuM! resolveu testar uma versão antecipada — robusta, mas não completa — de Total War: Pharaoh, com direito a 50 turnos de gameplay.

Os principais pontos dessa prévia você confere abaixo.

• História
• Facções
• Gameplay
• Análise

O declínio da Idade de Bronze do Egito Antigo

Imagem: divulgação/Creative Assembly

Como já mencionado anteriormente, Total War: Pharaoh será exclusivamente focado nos acontecimentos que precederam o declínio da Idade do Bronze do Egito Antigo. Historicamente falando, trata-se de um período de milhares de anos atrás, por volta de 1.200 a.C.

Para quem não conhece, a Idade do Bronze — que aconteceu em diversas regiões do mundo — foi uma época de muitos avanços, já que a substituição da pedra pelo bronze abriu espaço para novos instrumentos, objetos artísticos e armas.

Mas quando falamos sobre o período de colapso, é preciso mencionar guerras civis, diferentes cultos religiosos e intrigas políticas que marcaram época. E é basicamente esse mix acontecimentos que instigou a criatividade da Creative Assembly.

“O Antigo Egito é uma das civilizações mais icônicas da história da humanidade. Está repleto de intrigas políticas, eventos cataclísmicos e grandes campanhas de guerra, tornando-o o cenário perfeito para um título Total War. Estamos nos concentrando especificamente no período do Novo Reino do Antigo Egito e isso é por uma boa razão, porque durante ele ocorreu um dos eventos mais intrigantes que definiram a civilização – o Colapso da Idade do Bronze”, contou Aleksandar Georgiev, designer líder de campanha do Total War: Pharaoh, ao blog KaBuM!.

Sobre a campanha do game, o player será imerso nesse universo — em um mapa abrangente abrange do Egito à Anatólia — com a missão de conquistar territórios, travar batalhas e tornar-se um líder adorado pelos povos.

Na prática, isso envolverá muita estratégia de batalha, sabedoria para gerenciar recursos e lábia para aliar-se às facções certas.

Escolha sua facção

Por falar em facções, existem três ao todo em Total War: Pharaoh para representar povos marcantes da época: os egípcios, os cananeus e os hititas. E em cada uma delas é possível escolher líderes jogáveis diferentes que carregam características e dificuldades de run distintas.

Facções egípcias

Imagem: divulgação

• Ramesses: um prodígio marcial que traz velocidades e capacidades incomparáveis aos seus oponentes.
• Seti: filho de Merneptah e próximo na linha de sucessão ao trono que tem a batalha como linguagem.
• Tausret: uma gênia metódica cujos destaques baseiam-se em inteligência e planejamento.
• Amenmesse: vice-rei de Kush que tem o dinheiro como seu principal aliado.

Facções cananeias

Imagem: divulgação

• Irsu: um saqueador nato sedento por recursos, dinheiro e batalhas.
• Bay: diplomata que mira tribunais para espalhar controle e influência sobre a sociedade.

Facções hititas

• Suppiluliuma: o último Grande Rei dos Hititas, com natureza honrada e grandes conexões.
• Kurunta: um sedento por poder que o faz um dos líderes menos amigáveis em Total War: Pharaoh.

Jornada rumo ao trono

Partindo para a gameplay, os jogadores iniciarão suas runs em locais iniciais que correspondem aos seus respectivos líderes escolhidos. A partir daí, serão cerca de 100 a 150 turnos de jogatina para que a jornada rumo ao trono se concretize — ou não.

Assim como em outros jogos da franquia Total War, os turnos iniciais são focados em construções, gerenciamento de recursos, cultos religiosos, centros bélicos. Pode ser um pouco complicado para um iniciante, mas aos poucos os passos passam a fazer sentidos.

Querendo ou não, cada passo dado em cada turno terá consequência em algum atributo importante. A legitimidade, por exemplo, mostra seu poder e influência sobre a coroa. Já o nível de felicidade de seu povo é importante para evitar possíveis guerras civis.

Imagem: Igor Shimabukuro/blog KaBuM!

Há muito o que se fazer no aspecto administrativo — um ponto forte de Total War: Pharaoh. Será preciso escolher deuses para adorar que concedem alguns bônus. Já no tribunais, é importante estabelecer conexões com algumas figuras para favores e aumentar sua influência.

Tão importante quanto esses aspectos está o fator diplomacia. Povos próximos nem sempre são sinônimos de ameaça e podem se tornar parceiros interessantes para troca de recursos e alianças — que permitem, por exemplo, explorar territórios sem ter que entrar em combate.

No meio disso tudo há ainda o recurso Pilares da Civilização, que trata-se de uma realidade cataclísmica durante o colapso da Idade do Bronze e se divide em três níveis: prosperidade, crise e colapso. Passar por cada período será consequência, mas é importante mexer os pauzinhos certos para sobreviver a todos eles.

Imagem: Igor Shimabukuro/blog KaBuM!

E como é de se imaginar, Total War: Pharaoh também traz muitos combates. O ritmo geral das batalhas diminuiu para que cada decisão tática tenha um peso maior nos campos de batalha. Mas dominar estratégias bélicas também será um grande diferencial.

No caso, o player terá de definir muito seu plano para cada batalha. Posicionar unidades e comandá-las será importante, mas usar estratégias de cerco também pode ser essencial em algumas ocasiões para surpreender e derrotar inimigos.

Imagem: Igor Shimabukuro/blog KaBuM!

Ainda falando de combates, um outro grande destaque em Total War: Pharaoh é o clima dinâmico. E como o próprio nome sugere, é basicamente a mudança repentina do clima que vai interferir diretamente nas batalhas bélicas.

As tempestades reduzem o moral das unidades e impedem o início de incêndios. Por outro lado, as tempestades de areia reduzem a visibilidade e a eficácia de arqueiros. Enquanto isso, o calor sufocante aumenta a fadiga de todas as atividades.

Em suma: compreender o impacto do clima em questão pode ser a chave para uma vitória ou derrota em Total War: Pharaoh.

Imagem: Igor Shimabukuro/blog KaBuM!

À medida que o player avançar nos turnos, poderá adicionar pontos à árvore de habilidades do seu líder e abusar da mecânica do Legado Antigo. Este segundo recurso permite que você especialize suas facções ao estilo de jogo escolhido e aumenta a capacidade nas campanhas.

Imagem: Igor Shimabukuro/blog KaBuM!

A run seguirá a todo vapor movida por suas próprias decisões e pelos Pilares da Civilização. Sobreviver às adversidades e completar o Legado Antigo, no entanto, o colocarão mais próximo da vitória.

Total War: Pharaoh vai valer a pena?

Quem é amante de RTS ou da franquia Total War tende a gostar muito de Total War: Pharaoh. Não só pelo fator nostálgico envolvido, mas principalmente pelas novas mecânicas de jogo introduzidas que vão abrir novas possibilidades durante a jornada.

Certamente que grandes batalhas são atrativas, mas é preciso lembrar que são as estratégias de gerenciamento quem vão definir cada passo a ser dado. E a julgar a quantidade de recursos e possibilidades do game, será preciso muita sabedoria em cada escolha.

Difícil cravar algo de um jogo que oficialmente não foi lançado e cuja a build testada não estava totalmente finalizada. Mas o trabalho da Creative Assembly mostrou-se bastante promissor e deve fazer a alegria dos gamers quando o título for lançado para PC em 11 de outubro.

*O game foi analisado por meio de uma build de preview para PC (via Steam) fornecida pela Creative Assembly.