[Preview] Final Fantasy VII: Ever Crisis convence no gameplay e intriga com trama inédita
Apesar de a trama inédita não estar totalmente disponível, demonstração de Final Fantasy VII: Ever Crisis apresenta gameplay convincente e atiça a curiosidade para a narrativaBy - Jessica Pinheiro, 20 junho 2023 às 14:30
A Square Enix sabe o potencial infinito de Final Fantasy VII, o título mais bem-sucedido de sua principal franquia de RPG. Por isso mesmo, depois de contar, reimaginar, recontar e refazer essa história de tantas maneiras, chegou a hora de abordar um capítulo até então inexplorado, por meio de Final Fantasy VII: Ever Crisis — o passado de Sephiroth.
Além de reviver os momentos mais memoráveis de FFVII, Ever Crisis traz uma história inédita que gira em torno do jovem Sephiroth, um soldado que mais tarde se torna um dos vilões mais emblemáticos deste universo de interminável fantasia. Tudo isso combinando um fofo estilo retrô renderizado em gráficos modernos e um sistema de gacha.
Caso você não saiba, gacha é um sistema de recompensas aleatórias com possibilidade de monetização — similar às loot boxes em termos de induzir os jogadores a gastarem dinheiro. Na prática, isso significa que em Ever Crisis, você vai reviver os eventos de Final Fantasy VII Remake e de Crisis Core -Final Fantasy VII- através de capítulos gratuitos, mas os equipamentos e armas para os personagens são desbloqueados via gacha.
O mais interessante, porém, é que Ever Crisis conta com elementos inéditos de história criados pelo roteirista Kazushige Nojima sobre o jovem Sephiroth. Além disso, os jogadores podem formar equipes com seus personagens favoritos e personalizá-los para derrotar oponentes poderosos no modo de batalha solo ou cooperativo para até 3 pessoas.
O que tem de inédito em Final Fantasy VII: Ever Crisis?
A demonstração de Final Fantasy VII: Ever Crisis que estava disponível no Summer Game Fest: Play Days basicamente reconta os eventos iniciais de FFVII Remake, onde o jogador controla Cloud e Barret em sua missão para plantar uma bomba no reator de energia Mako do Setor 1.
A única diferença era a cena de abertura, que mostra uma confusa e intrigante batalha de Sephiroth contra Cloud e Zack. Os dois não conseguem vencer o imponente vilão mesmo alternando suas habilidades e, para finalizar a introdução (e instigar o jogador), ele pergunta se a dupla quer “começar uma nova história”…
Infelizmente, a Square Enix está mantendo os elementos inéditos sobre Sephiroth guardados a sete chaves, e nem mesmo na demonstração do evento foi possível ter um gostinho dessas novidades. Ainda assim, deu para ter uma noção de como funciona a jogabilidade e as mecânicas de combate do jogo.
Gameplay reformulado e intuitivo
Começando pela navegação, Cloud pode se movimentar de duas maneiras: você pode tocar na região para onde deseja prosseguir e o personagem automaticamente caminha para lá; ou usar o direcional digital bastando manter o dedo sobre o display e deslizar na direção que você quer que o boneco siga.
O acesso ao menu é feito por meio de um ícone que você precisa tocar com o dedo para abrir e a navegação entre as abas é bastante intuitiva. Aqui, você também pode checar o inventário para personalizar os equipamentos e armas de seus personagens, bem como checar suas habilidades e outros detalhes.
Mas é durante as batalhas que a experiência realmente fica interessante. Primeiramente, os personagens deixam de lado a aparência chibi que assumem na exploração e se transformam em bonecos renderizados em alta qualidade, com gráficos que inclusive se aproximam muito dos de FFVII Remake.
(Observação: claro que é preciso levar em conta que os tablets disponíveis para teste eram de última geração e, por isso, o desempenho do game estava excelente, além de os lindos gráficos terem rodado lisos e sem engasgos.)
Em segundo lugar, o combate de Ever Crisis volta ao estilo clássico por turnos. Os ataques básicos ainda são executados automaticamente pelos bonecos, mas as barras Active Time Battle (ATB) servem para realizar golpes especiais e soltar magias. Aqui, vale destacar que o sistema foi visualmente reformulado e melhor distribuído para atender melhor aos displays mobile. E para selecionar uma das opções, basta tocar o ícone desejado na tela.
Também é possível combinar ataques com os demais personagens do grupo e ativar o Limit Break quando a barra correspondente a esta habilidade estiver cheia. Durante a batalha contra o chefe escorpião do Reator 1, me chamou a atenção a mecânica de alternar entre o modo ofensivo e defensivo — bastante útil para minimizar o dano causado pelos golpes especiais dos adversários, por exemplo.
Infelizmente, durante toda a demonstração foi possível controlar apenas Cloud. As interações em batalha com Barret se resumiam aos ataques combinados apenas. Além disso, invocações não estavam disponíveis. Então, terminada a batalha contra o chefão, a demonstração terminou logo após a explosão do Reator 1.
Veredito sobre a demonstração
Honestamente, achei a proposta interessante e os sistemas adaptados e reformulados para combates convencem muito. Só de pensar em poder reviver os eventos principais do universo de Final Fantasy VII na palma da mão os ânimos se exaltam. Mas o que realmente quero conferir são os elementos inéditos sobre Sephiroth.
Por último, mas não menos importante, o game oferece ainda recursos para melhorar a qualidade da experiência, como o modo automático e a velocidade de batalha. Final Fantasy VII: Ever Crisis é free-to-play e será lançado para Android e iOS. É possível fazer a pré-inscrição para participar de testes.
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