Há quem pense que a Coreia do Sul se resume à K-Pop, K-Drama, K-Beauty e/ou K-Food. Ainda que estes sejam os quatro pilares do hallyu — tendência que tem popularizado as atividades citadas acima, propagando-as por todo o mundo —, o país vai muito além do K-Content moderno. E é justamente por meio desta brecha que Black Desert: Terra do Amanhecer, beneficia não apenas a si próprio, como também os entusiastas da cultura e da história coreana.

Isso porque o estúdio Pearl Abyss demonstra aos jogadores de Black Desert — veteranos e novatos —, que o MMORPG lançado originalmente em dezembro de 2014 ainda consegue se reinventar em pleno 2023, ao mergulhar em suas próprias raízes sul-coreanas. E para checar o que Terra do Amanhecer tem a oferecer, a desenvolvedora convidou o blog KaBuM! para testar a expansão.

O que Terra do Amanhecer traz de novo para Black Desert?

[Preview] Black Desert: Terra do Amanhecer mergulha nas riquezas históricas da Coreia
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A mais nova expansão de Black Desert apresenta um continente inteiro (e inédito) para se explorar, e está repleto de paisagens, vestimentas, marcos culturais e arquiteturas medievais inspiradas na Coreia durante a Dinastia Joseon (período que existiu entre 1392 e 1897). Entretanto, Terra do Amanhecer não se resume apenas à estética: até mesmo comidas típicas e criaturas do folclore coreano foram agregados à aventura.

Por falar em aventura, Terra do Amanhecer oferece oito campanhas distintas que culminam em batalhas épicas contra chefões. E um dos diferenciais da expansão é seu sistema de progressão não linear. Na prática, isso permite que os jogadores possam começar as histórias e avançar por entre os capítulos na ordem que preferirem. É possível até mesmo interromper a progressão de uma e começar outra a qualquer momento.

Durante os testes, os quais duraram uma tarde inteira, foi possível provar um pouco da progressão não linear que a expansão oferece. A primeira parada foi na campanha  intitulada A Lenda da Xamã. A chefe dessa história é Bari, e a criatura foi inspirada nos seguintes contos coreanos populares: “A Fada e o Lenhador”, “Byeoljubujeon”, “Shin Seonbi” e “Princesa Bari”. 

Para alguém que se envolveu com Black Desert apenas na época do lançamento e depois não retornou mais ao MMORPG da Pearl Abyss, se situar em Terra do Amanhecer tomou menos tempo do que o esperado: após cerca de vinte e cinco minutos e algumas perguntas (prontamente respondidas pelos desenvolvedores presentes), a jogabilidade prazerosa já havia sido readaptada, e a campanha A Lenda da Xamã já estava progredindo a todo o vapor.

[Preview] Black Desert: Terra do Amanhecer mergulha nas riquezas históricas da Coreia
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Eis aqui um dos elementos que mais chamaram a atenção: a maneira orgânica como a história avança enquanto apresenta informações sobre o mundo de Terra do Amanhecer e sobre a criatura na qual a campanha é centrada (neste caso, foi Bari). No início, pode até parecer que você está fazendo o papel de um mensageiro, conversando com uma pessoa chave aqui e entregando itens acolá — como em qualquer MMORPG. Mas não demora para que a trama tome forma e te deixe intrigado com os desdobramentos.

Em meio aos recados entregues e aos objetos obtidos, você descobre aos poucos quem é Bari, porque ela está possuindo camponeses e deixando-os no estado em que se encontram, entre outros detalhes relacionados à ela. Para novatos ou retornantes, essa mescla de exploração e narrativa desempenha um papel fundamental em reintegrar os jogadores no gameplay e nas mecânicas de Black Desert — que por sinal, evoluíram e melhoraram muito!

Além disso, durante momentos decisivos da narrativa, você vai assistir a cinemáticas estáticas. As artes são feitas em ink-wash e o traço é do renomado pintor coreano Shin Young Hun. De acordo com a Pearl Abyss, a nova expansão traz mais de 100 minutos de animações e mais de 5000 falas — infelizmente, o idioma coreano está disponível apenas na Coreia, e nas Américas a língua oficial da dublagem é o inglês.

Como a Pearl Abyss trouxe a história e a cultura da Coreia para Black Desert

Em Terra do Amanhecer, seu hub é o excêntrico vilarejo Dalbeol. Ainda assim, você pode e deve visitar outros locais do continente coreano se quiser progredir nas oito campanhas do game. Existem ainda duas novas casas de arquitetura coreana clássica, bem como móveis tradicionais para preencher os cômodos de sua moradia de escolha. Já as vestimentas padrão das classes Me-Gu e Wu-Sa (que foram introduzidas como uma preparação para a nova expansão), também convencem roupas típicas da Coreia antiga.

Black Desert: Terra do Amanhecer - Maegu e Woosa

Imagem: Pearl Abyss

Para entregar tantos detalhes, a Pearl Abyss visitou e analisou 15 cidades do mundo real, colaborando com 11 agências governamentais coreanas locais para recriar marcos históricos e contos folclóricos clássicos, de modo que fossem atualizados para os jogadores de todo o mundo. 

Em termos de lendas, além da aterrorizante xamã Bari, você enfrentará a raposa de nove caudas Gumiho, a fantasma virgem Songgaksijeon, o sequestrador de mulheres Golden Pig King, o rei dos goblins Dioksini, o soldado de bambu Jukyeopgunjeon, o pássaro fantasma Gesun Saejeon, o espírito rancoroso de Changgwi, e o furioso deus tigre da montanha Sangoon — todos diretamente inspirados no folclore coreano.

Todos eles estão, de alguma forma, conectados uns aos outros, mas apenas ao completar todas as oito campanhas é que o jogador descobrirá como. Em Terra do Amanhecer, você cria e personaliza um/a aventureiro/a que, sem querer, acaba envolvendo-se em uma crise que afeta o continente inteiro. Logo após ser falsamente acusado de um crime e forçado a provar sua inocência, você deve descobrir que o verdadeiro mal espreita nas sombras.

As oito campanhas de Terra do Amanhecer adotam o arquétipo de livros de contos, e quando as missões são concluídas, a história é atualizada no storybook (o qual os jogadores podem revisitar a qualquer momento).

Iniciante ou veterano: Terra do Amanhecer é para você

[Preview] Black Desert: Terra do Amanhecer mergulha nas riquezas históricas da Coreia
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A nova expansão de Black Desert também traz uma particularidade pouco comum: não é necessário que você tenha jogado o MMORPG antes e tampouco que tenha avançado até o final da campanha principal para abrir o conteúdo inédito. Na realidade, é possível selecionar Terra do Amanhecer como ponto de partida em sua jornada. E caso você seja um veterano, basta cumprir alguns requisitos (basicamente concluir as missões Magnus).

Terra do Amanhecer também oferece desafios incríveis, como é o caso do Boss Blitz. Aqui, os jogadores podem duelar contra os oito chefes inéditos da expansão em qualquer ordem — e este modo está disponível desde o início, de acordo com os desenvolvedores. Vencê-los garante recompensas únicas, e dependendo do nível de dificuldade o prêmio pode ser ainda maior. Ainda é possível competir com outros jogadores pela pontuação mais alta do ranking.

Com o Boss Blitz, o objetivo da Pearl Abyss é justamente fugir um pouco da estrutura conhecida dos MMORPGS tradicionais. Por isso, Terra do Amanhecer o coloca para desafiar os chefes logo de início (se assim você quiser), ao invés de explorar masmorras enquanto coleta equipamentos e vence uma variedade de inimigos até alcançar o chefão local.

A expansão traz ainda uma nova peça de equipamento: as luvas Dahn, que podem ser criadas com materiais encontrados na nova região, e são especializadas em redução de dano ou evasão — e que se mostraram muito úteis ao longo do período de testes.

Quando Black Desert: Terra do Amanhecer será lançado?

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A expansão Terra do Amanhecer de Black Desert chega nesta quarta-feira (14) para PCs — e eu mal posso esperar para mergulhar nessa versão da Coreia da Dinastia Joseon. Contudo, ainda não há previsão de quando o conteúdo chegará aos consoles. 

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