[Review] Layers of Fear (2023) é assustador e um ótimo exemplo do uso da Unreal Engine 5
Nesta nova versão de Layers of Fear, os jogadores vão reviver os horrores dos jogos já lançadosBy - Luiz Nogueira, 15 junho 2023 às 13:33
Layers of Fear é uma série de jogos de terror bastante aclamada. Por conta disso, temos dois jogos principais e uma série de conteúdo extra que fez bastante sucesso.
Agora, o Bloober Team chega com Layers of Fear, uma espécie de coletânea que reúne tudo que foi lançado para a série e a adição de novos elementos.
O interessante aqui são as mudanças feitas, tanto de história, quanto de mecânicas gerais – além, é claro, da atualização para a Unreal Engine 5.
O blog KaBuM! teve acesso antecipado ao jogo e conta, em detalhes, quais são as mudanças e se elas acrescentam em algo para a história.
História
Em quase todas as histórias, novas ou refeitas, o foco são artistas atormentados por não conseguir sua Magnum Opus, a obra perfeita. A ideia é que todos estão em busca de criar algo que supere seus próprios limites.
E isso fica muito claro em todos os segmentos dos conteúdos. No entanto, há diversas diferenças no material entregue em Layers of Fear (2023) – vou chamá-lo assim para diferenciar dos games antigos.
Toda a narrativa foi refeita – tanto é que o título é considerado uma reimaginação – e, por isso, a narrativa se desvia um pouco do que era conhecido. Portanto, podemos esperar novas surpresas e ainda mais sustos – e são muitos, pode acreditar.
Os novos DLCs adicionam outros pontos de vista para os acontecimentos dos jogos principais e servem muito bem para que o jogador entenda a visão de outras pessoas sobre os acontecimentos, o que torna tudo uma história só, muito bem amarrada.
Unreal Engine 5 e novas mecânicas
Agora, temos o grande destaque desse lançamento: a Unreal Engine 5. Tudo se encontra mais fluído, mais dinâmico e assustador. O uso do Ray Tracing também destaca os contrastes de luz e sombra, ao mesmo tempo em que oferece mais detalhes em ambientes já conhecidos por quem jogou.
O uso do novo motor gráfico também é bastante competente na adição de novos recursos, como uma lanterna que o protagonista do primeiro game usa. Ela é a principal ferramenta para afastar um perseguidor implacável e para revelar segredos escondidos pela casa em ruínas.
O título foi jogado no PlayStation 5 e posso dizer que foi uma das experiências mais fluídas que tive no console.
Além disso, os jogadores podem esperar novas mecânicas, falas, coletáveis, cenários novos e até puzzles diferentes. Tudo implementado de maneira imersiva e desafiadora.
Fator medo
Desde que joguei Layers of Fear pela primeira vez em 2016, considerei esse um jogo bastante competente, já que conseguiu me fazer ter medo até da minha própria sombra. Isso porque o game usa bastante a questão da subjetividade e das mudanças de ambiente.
Aqui, isso fica ainda mais evidente com todo o trabalho do novo motor gráfico e da questão do áudio retrabalhado. Mesmo em volumes mais baixos, sussurros, gritos e risadas gelam a espinha até dos mais corajosos.
Confesso que, em alguns segmentos, tive de jogar com a luz acesa, pois o clima sombrio, junto de um fone de ouvido que isola o som ao redor, trouxe a imersão necessária para me deixar pensativo antes de ir dormir.
Conclusão
Layers of Fear (2023) é uma experiência completa. Há tensão, medo e desespero nos segmentos, além de uma sensação constante de insegurança com o que pode ser encontrado atrás de cada porta aberta.
Esse é um dos jogos mais interessantes disponíveis atualmente, e que mostram o que a Unreal Engine 5 pode fazer pelos games.
Vale lembrar que Layers of Fear chega nesta quinta-feira (15) para PC, PlayStation 5 e Xbox Series S/X.
Comentários