[Review] Huawei FreeBuds SE é o básico essencial: ideal para uso diário com ótimo custo-benefício
Testamos os fones de entrada sem fio da marca e trouxemos o máximo de detalhes para te ajudar a decidir se vale ou não a pena adquiri-losBy - Tissiane Vicentin, 17 março 2023 às 20:29
A Huawei anunciou a chegada dos fones FreeBuds SE no Brasil no final de 2022. O dispositivo faz parte da nova geração de fones de ouvido sem fio da marca.
O blog KaBuM! pôde testar o aparelho, que é a versão de entrada do portfólio de produtos da empresa e, por isso, poderia-se esperar que tanto a apresentação dos fones, em termos de design e funcionalidades, fossem também básicos. Ainda assim, já vale começar o review dizendo: os fones surpreendem em ambos os aspectos.
A seguir, você pode ver a nossa análise completa, com os principais prós e contras identificados durante o período de testes. Se preferir, clique nos links da lista abaixo para ir diretamente ao tópico desejado. Vamos nessa?
Review dos fones de ouvido Huawei FreeBuds SE
- Apresentação do Huawei FreeBuds SE
- Especificações técnicas
- Design e ergonomia
- Desempenho geral
- Prós e contras: demais considerações
- Vale a pena?
- Preço e disponibilidade
1. Apresentação do Huawei FreeBuds SE
Como mencionado anteriormente, o Huawei FreeBuds SE representa um modelo de entrada da marca, voltado para uso mais cotidiano como trabalho, estudos, exercícios e viagens. A ideia, de acordo com a empresa, é trazer uma experiência com três atributos principais: conforto e leveza; design premium e qualidade de áudio cristalino.
Minha ideia, portanto, é trazer detalhes sobre esses três pontos-chave. Mas antes, as especificações técnicas para quem quer dar uma olhada mais de perto.
2. Especificações técnicas
De acordo com a fabricante, os FreeBuds SE são equipados com cancelamento de ruído ambiental (ENC), Bluetooth 5.2; e possui autonomia de bateria de 24 horas de reprodução de música com o estojo de carregamento com carga completa, ou até 6 horas de autonomia com apenas os fones com a carga completa.
Mais características sobre o aparelho, você pode ver abaixo:
3. Design e ergonomia
Começando a análise, então, pelos primeiros atributos vendidos: leveza e conforto e design premium. De forma bem resumida, sim, achei o fone realmente leve e confortável, mesmo para mim que tenho dificuldades em fazer com que fones in-ear encaixem no ouvido.
Aliás, aqui vale citar que os FreeBuds SE são do modelo “semi-in-ear siliconado”. Ou seja, ao contrário dos in-ear, o design semi-in-ear permite que a entrada no canal auricular seja mais superficial; fora isso, os fones também vêm com três pontas de silicone para acoplar, o que foi, na minha opinião, certamente ajudou a dar a estabilidade e o tal conforto.
O conforto trazido pelo design semi-in-ear siliconado é especialmente notável se o uso é contínuo e prolongado — o que foi justamente o caso do teste, onde pude utilizá-los durante um dia de trabalho inteiro, de forma contínua.
Em geral, o uso foi feito em dois cenários: um onde literalmente não houve intervalos, e outro em que precisei pausar o áudio esporadicamente durante o expediente). Em ambos os casos usei os fones sem sentir incômodos.
Para dar uma noção base a você: meu comparativo sensorial foi com outros dispositivos semi-in-ear que tradicionalmente não possuem o silicone, como os AirPods de 2ª e 3ª gerações, os quais são confeccionados com uma carcaça completamente plástica e costumam machucar minha orelha depois de um determinado tempo de uso.
No entanto, faço uma ressalva para a ergonomia aqui: se você é que nem eu, que possui orelha com o tragus igual o meu (que eu carinhosamente chamo de “descompensado”), pode ser que os fones não fiquem tão fixos e podem dar aquela escorregada básica em situações como: (1) risadas em que o sorriso sai largo, ou (2) momentos em que a mandíbula precise abrir bastante (tipo quando você está falando muito mesmo).
Em telefonemas e reuniões online, por exemplo, cheguei a usar apenas um dos lados do fone e, por vezes, precisei segurá-lo para que não caísse (considere como base que eu sou uma pessoa de riso fácil e costumo falar bastante). Para ouvir música, no entanto, eles ficam fixos e encaixados sem problemas, mesmo caminhando na rua.
Agora, para quem quiser usá-los durante o exercício físico, dá também. Mas meu truque para resolver o problema de escorregadas: inverter o fone. Sim, amigues, assim ele fica presinho na orelha que é uma beleza!
Fica aí a dica de vida para você que sofre com fones in-ear como eu. E vai por mim: os FreeBuds SE passaram intactos no meu teste pular-corda-e-não-cair.
Só um PS antes de continuarmos: só não vá esquecer de invertê-los para a posição correta se precisar atender a uma chamada, caso contrário o microfone obviamente não vai funcionar — fiquem avisados.
Agora, com relação ao design e teste de resistência: à primeira vista, a leveza da caixinha de carregamento e dos fones também pode dar um ar de “material frágil”, mas ele é na verdade bastante resistente. Meu estudo de caso (involuntário, mas ainda assim…) se deu com derrubadas e mordiliscos patrocinados pela minha dupla dinâmica: Alecrim e Baunilha, meus gatos.
Em dias distintos, encontrei-me em situações como:
(1) Sair correndo para tentar pegar o estojo de carregamento no ar, cujo destino foi ser derrubado da mesa do escritório – ou uma altura de cerca de 80cm do chão;
(2) tendo de correr para pegar os fones que foram lançados individualmente da cômoda do quarto ao chão (ou 92cm de altura), porque eles foram confundidos com um brinquedo no melhor estilo “disco-de-hóquei” (gateiros e gateiras sabem bem o que isso significa).
Devo avaliar, por fim: os fones passaram no teste de resistência felino com louvor.
4. Desempenho geral
-
-
Principais funcionalidades
-
Os fones possuem gestos personalizáveis e um aplicativo que permite as configurações diretamente no smartphone. O aplicativo foi bem fácil de instalar e é bastante intuitivo (até porque, ele não possui tantas funcionalidades assim).
Com eles, é possível ajustar os gestos de ambos os lados, separadamente, para definir comandos como: reproduzir/pausar o áudio, próxima música e faixa anterior, ou deixar sem comando algum.
Outro ponto positivo: ao assistir vídeos ou escutar música e podcasts via streamings, o movimento de retirar um dos fones é o mesmo que pausar o áudio, bastante útil em situações como quando você precisa parar uma reprodução momentânea e rapidamente, para ouvir e responder alguém que está te chamando, por exemplo — o que pra mim é especialmente interessante, porque geralmente se você quer falar rapidamente com alguém, até o botão de pausa funcionar, pode ser que a emergência já tenha acontecido.
-
-
Áudio
-
Com relação ao áudio e reprodução de sons diversos: a marca promete “clareza de som” e posso dizer que de fato senti o som bastante limpo, mesmo em locais movimentados — o que é um ponto positivo se considerado que os fones não possuem cancelamento de ruído ativo, apenas o de ambiente.
E falando em cancelamento de ruído ambiental (ENC), o recurso está aprovado também. Testei em diferentes momentos: em ligações via smartphone e também em reuniões online e chamada no WhatsApp. Em todas as situações, a respostas foi um som limpo (e sem parecer que você está falando de dentro de uma caixa).
Também testei na terapia (online) em um dia de muito calor em que precisei desesperadamente deixar a janela aberta e o ventilador ligado. Apesar de morar próxima de vias principais (e bem movimentadas) da Zona Leste de São Paulo, a conversa seguiu assim:
— Você está me ouvindo bem?
— Perfeitamente.
— E o barulho do ventilador, não tá muito alto?
— Não estou ouvindo nenhum barulho.
Cheguei a testar o aparelho sem problemas ao caminhar na rua — a ocasião, vale citar, era um dia de semana comum, com grande movimento de carros e pessoas.
Ouvi claramente a minha lista favorita de músicas no Spotify, em volume médio (o de costume) e o áudio estava claro, bom o suficiente para tanto ouvir as músicas, sem precisar reajustar o volume para o máximo, quanto para o som ambiente do tráfego ao atravessar a rua.
Se você, no entanto, gosta de músicas com graves fortes (e de ajustar o áudio para que possa escutá-los de forma saliente e otimizada), pode ser que os FreeBuds SE te desapontem. Mas, lembrando que os fones não são focados nesse aspecto, então não considero um contra — apenas um aviso aos navegantes, por assim dizer.
-
-
Bateria
-
A fabricante afirma que, em testes de laboratório, a autonomia da bateria — fones + estojo — pode chegar a 24 horas de reprodução de música, considerando um nível de volume médio e um formato de codificação ACC para a trilha.
A duração real pode variar dependendo do uso, claro. Mas achei o tempo de duração da bateria realmente satisfatório e de acordo com o prometido, tendo ocasiões de uso mais curto, digamos assim, que precisei carregar novamente apenas três dias depois da carga total.
Além disso, o carregamento é rápido, coisa de 15 minutos. Então, mesmo se acabar, dá para recarregar numa boa. Ou deixar o estojo carregando enquanto usa o fone.
5. Prós e contras: demais considerações
Finalmente, estamos chegando ao fim.
Vou começar pelos contras — que já adianto: são poucos. Ressalto aqui que não inclui o caso “escorregadas na orelha” como um contra, porque sei que isso varia de pessoa para pessoa e, no meu caso, fones sem fio que caem deliberadamente estão atrelados a questões biológicas e não são exclusividade dos FreeBuds SE.
A questão relacionada aos sons graves também não considero um contra, porque a premissa de venda gadget não é essa. Já expliquei mais acima, mas reforço aqui: para ter um som grave que se sobressaia, melhor selecionar um fone que tenha essa característica como parte do desenvolvimento principal.
Dito isso, cito apenas um fator mais crítico que considero um ponto de atenção importante: os fones se conectam a apenas um aparelho, sendo preciso desconectar de um para conectá-los a outro, se quiser trocar o dispositivo.
Em tempos de pessoas altamente pró-digital e mobile, com uma média de 1,6 dispositivo portátil por habitante no Brasil, incluindo smartphones, tablets e notebooks (dados da FGV, de maio/22), acho um tanto contraproducente um fone equipado com uma tecnologia que permite apenas uma conexão por vez.
Meu caso, por exemplo: corriqueiramente utilizo os fones no computador para ouvir música enquanto trabalho, mas também costumo deixar o fone conectado no celular para não perder ligações, ou para mandar áudio via WhatsApp (como meu celular é um modelo mais antigo, o microfone integrado dele já não funciona tãoooo bem assim, por isso a necessidade do fone de ouvido).
Entendo, claro, que a ideia é trazer um dispositivo de entrada, portanto mais básico em comparação a uma versão Pro, mas ainda assim acredito que permitir uma conexão múltipla é, hoje, uma essencialidade que deveria ser incluída nos modelos básicos também.
Com relação aos prós, além das questões acima, que foram melhor detalhadas (principalmente nos tópicos ergonomia, desempenho de áudio e bateria), destaco alguns detalhes que notei durante o uso e me chamaram atenção de forma positiva.
Primeiro: o microfone funciona com ambos os lados dos fones, então se você quiser usar apenas um deles em uma chamada, funciona perfeitamente. O fone também funciona de forma autônoma para música, caso você queira usar o fone em apenas um dos lados.
O emparelhamento é simples e rápido, tanto para a primeira conexão quanto para reconectar.
Uma vez conectado a um dispositivo, basta colocar o fone na orelha para que ele seja reconhecido e funcione novamente — isso aconteceu todas as vezes sem engasgos, algo que, por exemplo, não acontece com o meu headphone de uso pessoal.
Outros itens pontuais que, para mim, foram essenciais para chegar ao veredicto final:
- Cheguei a testar os fones em aparelhos distintos, com intuito de averiguar se, por algum motivo, a integração entre diferentes marcas e interfaces fosse apresentar alguma dificuldade técnica. Sendo assim, testei com ambos iOS e Android e em momento algum tive problemas.
- Considerando os três pontos-chave de venda do produto (conforto e leveza; design premium e qualidade de áudio cristalino), para mim, o FreeBuds preencheu os três requisitos de forma bastante satisfatória.
- O custo com relação aos recursos que o produto entrega, portanto, se torna um fator bem relevante na escolha para compra (mais abaixo falo sobre o preço).
6. Vale a pena?
Para mim, o Huawei FreeBuds SE é o melhor exemplo de “básico essencial”. Ele é leve e sem firulas, possui uma bateria com duração interessante para uso diário e constante e, na minha opinião, consegue trazer equilíbrio na medida certa entre elegância, simplicidade e bom desempenho nos recursos propostos.
Ou seja, mesmo com as ressalvas que fiz ao longo do texto, meu veredicto é o único possível: sim, vale a pena comprá-lo, especialmente se você está em busca de um fone para o dia a dia com ótimo custo-benefício.
7. Preço e disponibilidade
Se interessou? Esses fones de ouvido custam, atualmente, R$ 189,00 e podem ser adquiridos na loja online oficial da Huawei na Amazon.
_
Para a confecção do review, a Huawei disponibilizou ao blog KaBuM! um exemplar para testes do Free Buds SE.
Comentários