Nos primeiros minutos que passei jogando a versão de testes de Floodland, me senti um tanto desesperada sem entender o que estava acontecendo, ou o que eu deveria fazer. Não demorou muito para eu conseguir me situar no game.

Mas logo, pensei comigo mesma se não é exatamente assim que uma vítima de alagamento, enchente ou inundação se sente, após vivenciar um trágico acidente deste tipo: completamente perdida.

Isso porque o mundo de Floodland sofreu uma catástrofe e, por isso, ele não funciona mais como o conhecemos: parte dele se encontra inundado e restam apenas ilhas, pântanos e grupos isolados de sobreviventes. Por isso, cabe ao jogador juntar recursos e explorar os arredores enquanto sobrevive e ajuda outras pessoas.

Floodland é o próximo grande título do estúdio polonês Vile Monarch, fundado por Kacper Kwiatkowski e Grzegorz Mazur, que trabalharam em This War of Mine, e têm um histórico de pegar problemas do mundo real e transpô-los para videogames. O game está sendo distribuído pelo Ravenscourt e, abaixo, você confere a prévia do blog KaBuM!.

Uma tribo para unir todas as outras

De acordo com a página oficial do game, a principal responsável por esta catástrofe foram as “mudanças climáticas”, as quais “desencadearam uma série de eventos que culminaram na destruição do planeta”. Dado isso, houve a “elevação do nível do mar e as áreas costeiras foram inundadas”

Juntamente dos sobreviventes perdidos, você deve angariar recursos, reinventar tecnologias e, principalmente, manter a paz entre diferentes facções, enquanto luta para reconstruir a sociedade. Floodland é, portanto, um jogo de sobrevivência, mas tão relaxante que o que deveria ser um fardo, se torna uma missão tranquila.

[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua
[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua
[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua
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[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua
[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua

Claro que há constantes preocupações: você deve providenciar comida, água potável, camas e tetos, delegar diferentes tarefas aos sobreviventes e, ao encontrar pessoas de diferentes colônias, existem decisões a serem tomadas e conflitos que devem ser resolvidos; o que torna o game bem interessante em certos momentos. E nada disso é fácil.

Ainda assim, com o auxílio da trilha sonora embalada por acordes de violão em ritmo solene e dos variados e imersivos efeitos sonoros, unir a sociedade e reconstruir o mundo se torna uma tarefa menos árdua do que parece. 

Muita água pra rolar em Floodland…

Um dos pontos negativos de Floodland, ao meu ver, é a grande quantidade de menus. As informações são excessivas e constantes. E por ser um título primariamente do gênero real-time strategy (abreviado como RTS), é difícil condensar e esclarecer tudo que o jogador precisa saber e executar, pois de forma geral, existem muitas mecânicas e detalhes que precisam ser repassados.

Mesmo assim, os momentos iniciais do jogo podem confundir mesmo os mais acostumados com jogos do gênero. Mesmo com o tutorial orgânico pelo qual o começo do jogo te faz passar, a jogabilidade e os objetivos se tornam mais claros mesmo apenas quando a árvore de habilidades do seu clã começa a se desenvolver. 

Por falar nelas, a árvore se divide entre habilidades de sobrevivência, de exploração, de moradia e de desenvolvimento. É bastante para gerenciar, e os pontos do clã devem ser distribuídos sabiamente para, assim, evoluir as tecnologias e expandir sua colônia da melhor forma possível.

Entretanto, tenha em mente que você deve atender não somente às necessidades básicas dos sobreviventes, como também precisa oferecer serviços políticos, sociais e ambientais. É preciso estudar e pesquisar como adaptar as tecnologias, construir um hospital, uma legislação… A evolução é constante e se torna cada vez mais complexa, mas não necessariamente chata.

[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua
[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua
[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua
[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua
[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua
[Preview] Em Floodland, reconstruir a civilização não parece uma tarefa tão árdua

Na realidade, a maneira como Floodland trabalha sua sociedade em decadência e coloca o jogador para liderar esses sobreviventes cria uma experiência bastante envolvente. Tanto é que o tempo na vida real passou tão rápido quanto os breves ciclos de dia e noite do jogo durante o período de testes.

Floodland é praticamente uma parada obrigatória para fãs de real-time strategy e certamente vem para conscientizar os jogadores sobre questões climáticas e, por vezes, políticas e sociais, de uma maneira natural, imersiva e instigante.

O game foi testado por meio de uma cópia antecipada para Steam fornecida pela Ravenscourt. Seu lançamento está previsto para 15 de novembro de 2022 para PC.

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