Recursos como ray tracing e DLSS são usados por mais de 80% dos donos de placas de vídeo RTX-40 da NVIDIA, de acordo com levantamento feito pela própria fabricante. Comparativamente, usuários de séries de placas anteriores, como a RTX-30 ou RTX-20, ficam respectivamente nas marcas de 71% e 68%.

Os números vêm da GeForce Experience, a aplicação que a NVIDIA instala em todo computador equipado com uma placa de vídeo (GPU) da marca. Segundo a empresa, os números mostram a importância de se considerar o ray tracing e o DLSS como argumentos na hora de trocar a sua placa e fazer um upgrade. Venhamos e convenhamos: GPUs não são lá muito baratas, afinal…

Gráfico mostra que usuários de placas de vídeo RTX-40 da NVIDIA são mais propensos a acionar o ray tracing

Imagem: NVIDIA/Reprodução

O levantamento também trouxe outros dados bem relevantes: no que tange à resolução máxima, 62% dos donos de uma RTX-40 têm monitores com frequência de quadros de 144Hz, enquanto destes, apenas 28% conseguem jogar em 4K de definição.

Vale lembrar, no entanto, que como este post no Reddit ressalta, é meio complicado afirmar tudo isso categoricamente: o entendimento de alguns é o de que a NVIDIA considera apenas o ato de “ligar” a função como “usar” a função.

Em outras palavras: se você aciona o ray tracing, e o desliga imediatamente depois, você entra na estatística de “usuário do ray tracing”. Você só acionou o recurso uma vez, mas não o “usou” – ainda assim, o número sobe na pesquisa da NVIDIA. Entendeu?

Há também que se considerar o suporte à tecnologia por parte das desenvolvedoras de jogos: quando a série RTX-20 era a “linha de frente” de placas da NVIDIA, era possível contar nos dedos de uma mão quantos games tinham suporte ao ray tracing – hoje, na entrada da série RTX-40, o quadro é outro, e quase todo jogo em quase toda plataforma tem o ray tracing habilitado ou suportado por padrão.

Finalmente, há o fator “preço” a ser considerado: as linhas RTX-20 e RTX-30 ainda estão no mercado, se posicionando agora como faixas intermediárias para quem joga no PC, mas não necessariamente quer montar uma configuração “parruda”. Pelo preço, a linha RTX-40 é mais voltada a usuários contumazes, que investem pesado na criação de um “setup” mais poderoso. Não é qualquer um que tem essa grana de prontidão.

Ignorando tudo isso, no entanto, é seguro afirmar que tanto o ray tracing como o DLSS estão se tornando recursos padronizados da indústria. Podemos especular que, logo menos, um jogo que não os tenha seja considerado um produto inferior.

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