Processadores da NVIDIA e AMD para PCs ARM podem chegar em 2025

O setor de PCs com chips baseados em ARM pode esquentar em meados de 2025: segundo uma reportagem da Reuters, tanto a NVIDIA como a AMD pretendem ingressar ao campo de produção de processadores, até o momento capitaneado por Intel e Qualcomm.

A agência de notícias ouviu quatro fontes – duas ligadas a cada uma das empresas – que confirmaram os planos. Segundo a matéria, uma reunião exclusiva a executivos será realizada ainda hoje (24), onde a NVIDIA deve apresentar seus planos à Microsoft, que deve participar da empreitada no intuito de desafiar a Apple na venda de computadores pessoais processados pela tecnologia ARM.

Imagem: Tada Images/Shutterstock

Enquanto os esforços da NVIDIA no campo sejam algo atrelado à Microsoft (sinalizando uma parceria entre as duas empresas), a iniciativa por parte da AMD parece ser algo mais interno, com a empresa liderada pela Dra. Lisa Su apenas enxergando esta parte da indústria como mais uma via de expansão de negócios.

Segundo os números citados pela Reuters, o valor unitário de ações da NVIDIA e da ARM subiram, respectivamente, 3,84% e 4,89% após a divulgação da matéria. Já a Intel desvalorizou em 3,06%.

Com a possível mudança, é possível que o setor de computadores pessoais baseados em ARM passe por uma agitação mais forte: a Intel sempre foi a líder do campo, mas o advento dos chips série M da Apple – presentes no macbook, iMac e outros dispositivos do gênero – asseguraram à “Maçã” uma capacidade de desafiar a atual campeã, prometendo melhor gestão energética, eficiência de desempenho e mais bateria.

Para a Microsoft, o benefício seria ainda maior: atualmente, PCs rodando Windows são quase que exclusivamente dependentes da Intel, salvo por uma presença menor da AMD com a linha Ryzen. Incluir a NVIDIA neste campo permitiria à companhia liderada por Satya Nadella ter mais fornecedores à mão, negociar preços melhores e produzir mais linhas de faturamento.

Obviamente, Microsoft, NVIDIA, Qualcomm, Intel e AMD se recusaram a comentar a notícia em caráter oficial, então só podemos mesmo esperar para ver.