Na última terça-feira (19), os novos smartphones Pixel 6 finalmente foram lançado pelo Google, chegando ao mercado para competir com os rivais da Samsung e Apple. Mas apesar do novo design e dos recursos exclusivos de integração com o Android 12, foram os novos chips Google Tensor quem ganharam os holofotes.

Toda essa atenção não vem do nada. O Google Tensor não só é descrito como “o primeiro processador” da big tech, como também é encarado como a melhor inovação de hardware da história da companhia. As especificações não estavam tão claras até agora, mas finalmente é possível entender mais sobre a capacidade do produto.

Novos detalhes do Google Tensor

O novo system-on-a-chip próprio da big tech foi projetado pelo setor de inteligência artificial da companhia. Não à toa, seu nome é uma homenagem ao TensorFlow, a biblioteca de machine learning (ML) que o Google oferece há vários anos.

De acordo com a Ars Technica, o chip conta com quatro núcleos ARM Cortext A55, que são mais lentos e mais otimizados para energia. Ele chega emparelhado com dois núcleos A76 de 2,25 GHz e dois núcleos Cortex X1 rodando a 2,8 GHz para processamento em primeiro plano.

Como resultado dessa combinação, o Google afirma que o Tensor é 80% mais rápido do que a CPU do Pixel 5, que utilizava um chipset Snapdragon 765 5G. Inclusive, ele chegou a ser enquadrado como forte competidor do Snapdragon 888 da Qualcomm.

Processador Google Tensor, presente no Pixel 6

Divulgação: Google

A GPU integrada também é supostamente 370% mais rápida do que os gráficos do smartphone antecessor. Isso proporciona um design mais eficiente para cargas de trabalho “médias”, como manter o aplicativo de câmera aberto ou navegar em uma página da web, por exemplo.

Foco em machine learning e inteligência artificial

O principal talvez fique por conta do componente do ML Engine, que lida com as cargas de trabalho de machine learning e inteligência artificial (IA), e é especificamente otimizado para o ML do Google e um mecanismo de baixo consumo de energia para recursos como a detecção de músicas em execução.

Na prática, será possível desbloquear experiências como desfocagem de rosto, modo de aprimoramento de fala para vídeos e aplicação de HDRnet (um recurso que oferece a aparência exclusiva de Pixel com mais eficiência) a vídeos.

Isso porque o Google Tensor utiliza o Reconhecimento Automático de Fala (ASR) mais preciso já lançado pela companhia, mas sem fazer com que a bateria do dispositivo drene rapidamente.

Já o recurso Live Translate permite a tradução direta das conversas em apps como Mensagens ou WhatsApp, por exemplo — sem a necessidade do copia e cola no tradutor da empresa de busca.

Mais proteção

O destaque também vai para o novo núcleo de segurança incorporado ao chip. Chamado Titan M2, ele promete fornecer o máximo de camadas de segurança aos novos Pixel 6 e tem a premissa de proteger os dados confidenciais de usuário.

Aliás, vale destacar que o sistema passou por testes laboratoriais que comprovaram sua resistência a ataques como análise eletromagnética, falha de tensão e até injeção de falha de laser — sim, dispararam laser diretamente nos chips.

Infelizmente, detalhes de desempenho como benchmarks para tarefas otimizadas com IA não foram divulgados. Será necessário esperar pelos envios dos primeiros exemplares do Pixel 6 para observar como o novo chip da Google se comporta nos testes e nos experimentos comparativos com chipsets rivais.

Fonte: XDA-Developers

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