Programadas para chegarem às prateleiras a partir do começo de 2022, as futuras placas de vídeo Arc Alchemist, da Intel, ainda escondem muitos segredos. A boa notícia é que uma recente entrevista de executivos da big tech revelou novas informações do produto que pretende acirrar o mercado de GPUs.

Durante a conversa, o portal gringo Gadgets 360 participou de uma mesa redonda com Raja Koduri, vice-presidente sênior e gerente geral de Sistemas e Gráficos de Computação Acelerada da Intel, e Roger Chandler, vice-presidente e gerente geral de Produtos e Soluções Gráficas de Clientes da marca.

GPUs da Intel e mineração de criptomoedas

Uma das principais perguntas questionou se as placas de vídeo Alchemist terão algum bloqueio de software ou hardware para limitar a mineração de criptomoedas, similar ao recurso Lite Hash Rate (LHR) da Nvidia. Mas para a alegria dos criptominers e para a tristeza dos jogadores, a Intel não apresentará nenhum limitador.

“No que diz respeito a bloqueios de software e coisas dessa natureza, não estamos projetando este produto ou construindo quaisquer recursos neste momento que visem especificamente os mineradores […] Não é uma prioridade para nós”, afirmou Chandler.

Koduri limitou-se a afirmar que a Intel “não está incluindo nenhum trabalho extra” sobre este assunto.

Mineração de criptomoedas

Uso para mineração de criptomoedas tem aumentado o preço das placas de vídeo. Foto: Bermix Studio/Unsplash

A notícia é encarada como um balde de água fria para a comunidade gamer. Isso porque o uso de placas de vídeo para mineração de criptomoedas é um dos diversos fatores — como a crise dos chips e a pandemia de Covid-19 — que elevaram o preço das GPUs para cerca de 83% acima do recomendado.

É certo que a estratégia da big tech parece focar em tornar suas futuras GPUs populares para todos os públicos, mas ao não adicionar um limitador, a marca pode passar pelos mesmos problemas enfrentados pela AMD, que tornou-se alvo de críticas por não dar prioridade à comunidade gamer.

Cautela com a disponibilidade

Outro ponto importante discutido envolveu a disponibilidade das futuras GPUs da Intel. Vale lembrar que a indústria global ainda sofre com a escassez de componentes, o que tem comprometido a oferta de produtos. Até por isso, os executivos da companhia foram cuidadosos e não prometeram nada que a empresa não fosse capaz de cumprir.

“Sempre serei muito cauteloso quando a demanda estiver tão alta e o mercado tão difícil. Sempre posso usar mais oferta. Portanto, não vou dizer que tenho oferta suficiente neste mercado de alta demanda. Acho que todos os meus concorrentes dirão a mesma coisa agora”, disse Koduri.

O executivo está certo. As rivais Nvidia e AMD também mantêm cautela sobre a disponibilidade de GPUs. Não à toa, as fabricantes enxergam que a escassez de componentes deve ser estendida até 2022, o que naturalmente pode culminar em problemas de distribuição e produção desacelerada.

Suporte a games

A boa notícia para os gamers é que Chandler revelou o esforço da Intel junto a dezenas de estúdios de jogos para que as placas de vídeo Alchemist suportem uma “coleção saudável” de títulos, com “mais lançamentos ao longo do tempo”.

Além disso, foi revelado que a tecnologia de upscaling XeSS será compatível com as soluções gráficas baseadas no Xe de 12ª geração da marca, incluindo Tiger Lake e plataformas DG1.

Apesar do suspense em torno da linha Arc, a entrevista revelou novos detalhes sobre as futuras GPUs da Intel. Mais informações devem ser divulgadas até o lançamento do primeiro produto da linha (Alchemist), que deve chegar ao mercado no início de 2022.

Fonte: TechSpot

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