The Magic VS2: Honor lança terceiro smartphone dobrável no ano
Seguindo a breve linha do tempo, a Honor anunciou o Magic V2 em julho, seguido pelo anúncio do Magic V Purse no mês passadoBy - Tissiane Vicentin, 13 outubro 2023 às 11:00
O ditado diz que “três é demais”, mas essa definição definitivamente não é o que a Honor acredita. A fabricante chinesa está lançando no mercado o seu terceiro foldable de 2023: o Magic VS2.
O smartphone foi disponibilizado para compra no mercado chinês nesta quinta-feira (12), apesar de a companhia sequer ter liberado o primeiro celular para o mercado internacional (apesar do Magic V2 estar previsto para chegar ao mercado europeu em algum momento de 2024).
Mas voltando ao lançamento do Magic VS2, este é o terceiro foldable da empresa em um período de impressionantes quatro meses.
Seguindo a breve linha do tempo, a Honor anunciou o Magic V2 em julho, seguido pelo anúncio do Magic V Purse no mês passado.
Sem mencionar, claro, o lançamento (este, sim, internacional) do Magic VS no início de 2023, após o lançamento oficial do smartphone na China, em 2022.
O que se destaca no Honor Magic VS2?
Na comparação com o antecessor, o Magic VS2 foi caracterizado pela fabricante como “leve e elegante”, chegando ao mercado com um pouco menos de peso – são 229 gramas contra 231 gramas da variante Magic V2.
Em compensação, o corpo do aparelho é um pouco mais grosso: quando dobrado, o Magic VS2 chega aos 10,7 mm, contra os cerca de 10 mm de espessura do Magic V2.
Ainda sobre o design do novo aparelho, a dobradiça é feita em titânio Luban (desenvolvimento próprio, com certificação de confiabilidade gold emitido pela SGS) que, de acordo com a fabricante, recebeu uma cobertura 150% mais reforçada que a do modelo anterior.
O aparelho também chega equipado com um sistema de câmera traseiro triplo com estabilização óptica (OIS): 50MP (principal, com abertura f/1.9), 20MP (telefoto, com f/2.4 e suporte a zoom 40x) e12MP (ultrawide, com f/2.2).
Já nas câmeras frontais, o sistema duplo (interno e externo) apresenta resolução de 16MP (grande angular), f/2.2 em ambas as telas.
Uma curiosidade sobre o smartphone é que, com a tela aberta, ele habilita um sistema de espaços de trabalho paralelos, podendo utilizar a tela dobrável como se fossem dois aparelhos que operam simultaneamente, mas de maneira autônoma – algo que a empresa mesmo descreve como um facilitador para “dividir a vida profissional da pessoal, desbloqueando duas experiências separadas”.
Equipado com processador Qualcomm Snapdragon 8 Plus Gen 1 (um downgrade se comparado ao Snapdragon 8 Gen 2 do Magic V2) e sistema operacional MagicOS, o novo dobrável também apresenta:
- Duplo display LTPO de 6,43 polegadas (externo) e 7,92 polegadas (interno)
Tela com ajuste de brilho de até 2.500nit e 1,07 bilhão de cores, com qualidade IMAX Enhanced - Recurso de escrita manual (handwriting) tanto para a tela interna quanto na externa, controle de divisão de tela para habilitar layout multitarefa
- Bateria de 5.000mAh com autonomia para 13 dias de funcionamento consecutivo por carga, além de suporte a carregamento super fast charging de 66W
- Memória RAM com opções de 12GB ou 16GB, e 256GB de armazenamento
- O dispositivo chega em três cores: Glacier Blue (azul), Coral Purple (lilás) e Velvet Black (preto).
A corrida pelo topo do pódio dos dobráveis
A Honor, para quem não sabe ou não se lembra, surgiu como uma subsidiária da Huawei, mas foi posteriormente vendida para a Shenzhen Zhixin New Information Technology, um consórcio de empresas que possui uma parcela comandada pelo governo de Shenzhen.
A venda ocorreu em novembro de 2020 e foi, em grande parte, um desdobramento direto da sanção que a Huawei sofreu pelo governo dos Estados Unidos, que impediu empresas locais de fecharem negócio com a fabricante chinesa e minando parcerias de negócios em tecnologia.
O core do negócio da Honor sempre foi a parcela de dispositivos para o consumidor final, mesmo quando ela ainda pertencia à Huawei.
Assim, não é uma surpresa que a Honor busque nos foldables uma estratégia para se destacar em meio ao acirrado mercado de smartphones, atualmente liderado por Samsung e Apple, especialmente se considerado que o interesse nos dispositivos dobráveis tem aumentado.
A fabricante sul-coreana, aliás, é uma das principais rivalidades quando o assunto são smartphones dobráveis, sem a Samsung pioneira no lançamento de produtos do tipo para o público geral, começando pelo lançamento do Galaxy Fold, em 2019.
Lembrando que, apesar da popularidade, o Fold não foi o primeiro dobrável a chegar no mercado de consumo. A responsável por isso chama-se Royole, que lançou o seu FlexPai durante a CES 2019 – este sim foi o primeiro modelo funcional disponibilizado para o grande público.
Até 2027, a previsão de crescimento para o mercado em termos de smartphones vendidos é de 1,3 bilhão. Nesse meio, estima-se que o número de dobráveis dê um salto considerável, chegando à casa dos 48 milhões de unidades vendidas no mundo – contra 14,2 milhões de unidades registradas em 2022.
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