[Review] Stray é fofo, divertido e um dos melhores jogos do ano
Na pele de um simpático gatinho, Stray faz com que os jogadores tenham de lutar para voltar à superfícieBy - Luiz Nogueira, 21 julho 2022 às 15:38
Na terça-feira (19), o blog KaBuM! correu para lançar as primeiras impressões de “Stray”, um dos jogos mais esperados do ano. Eis que, agora, como prometido, teremos uma análise mais aprofundada do famoso “game do gatinho”.
Como disse na publicação anterior, estamos diante de uma das maiores surpresas do ano, isso é inegável, mas o game consegue oferecer ainda mais.
História de Stray
É difícil falar muito mais do que já havia dito sem dar spoilers, então vou me ater a acontecimentos mais “comuns” do mundo de “Stray” – e que não são poucos. No começo do game, tudo parece bem simples e tranquilo na vida de nosso personagem – bem como na vida do bando do qual fazemos parte. No entanto, tudo dá errado quando, depois de um acidente, nosso personagem vai parar em uma cidade subterrânea.
Lá, em meio aos becos escuros e sem esperança, conhecemos diversos androides com histórias e “dores” próprias. É possível dizer até que, por conta das centenas de anos em que estão lá, eles desenvolveram mais consciência e sentimentos que muitos humanos.
Fato é que, em uma das incursões pelas ruas frias e úmidas que nosso personagem conhece o B-12, um simpático robozinho que começa a nos acompanhar e é por meio dele que tudo se desenrola.
Isso porque ele é o responsável por “traduzir” tudo o que os robôs falam e o que está escrito pelo mundo, além de nos mostrar as missões a serem seguidas, dar dicas e ainda eliminar algumas ameaças.
Inimigos
O game não conta com uma variedade muito grande de inimigos durante a jogatina. Temos os Zurks, que são criaturas criadas para acabar com o lixo da cidade, mas que saíram do controle e atacam todos os seres vivos que cruzam seu caminho.
Além disso, em certos segmentos, há os Sentinelas, que ficam patrulhando caminhos e não vão hesitar em atirar em nosso personagem caso ele seja visto por esses inimigos. Felizmente, é fácil prever seus movimentos e se esgueirar por eles.
Esse é basicamente um dos únicos pontos negativos do game. Não há necessariamente uma variedade grande de inimigos e ameaças. Portanto, tornando a aventura, de certa forma, mais contemplativa.
Repetição de missões
Já que estamos falando de pontos negativos, outra questão que reparei foi a repetição de missões. Apesar do grande objetivo principal, que é o de voltar à superfície, o jogador deve ir do ponto A ao ponto B para coletar algum item, material ou conversar com alguém.
Então, depois disso, voltar ao local inicial para terminar a missão. Isso pode parecer meio chato em alguns momentos e dar a sensação de que a história não avança.
Felizmente, vou dizer que “passo pano” mesmo, já que há momentos incríveis e de tirar o fôlego em meio à jogatina, o que faz tudo valer a pena.
Colecionáveis
Ao todo, são 67 colecionáveis espalhados pelos 12 capítulos da aventura. Tratam-se de memórias que contam mais da história do que está acontecendo, botons que podem ser usados para “personalizar” o colete do personagem de “Stray” e músicas.
Minha dica para quem quiser conseguir todos os troféus do título é: explore bastante. Isso porque alguns desses itens estão bem escondidos pelos cenários e, apesar da aventura não ser de mundo aberto, dá um certo trabalho encontrar tudo.
Além disso, será necessário pelo menos duas jogatinas para conseguir tudo. Isso porque há um troféu que pede que o game seja terminado em menos de duas horas, o que é impossível se você ainda estiver caçando os coletáveis.
Personagens
Para este redator que vos escreve, uma das partes mais legais de “Stray” é a interação com os robôs. É interessante ver suas preocupações, seus anseios e como alguns estão desacreditados de tudo. Quando o personagem faz alguma coisa por eles, a gratidão é perceptível – além de tocante em alguns pontos.
O jogo mexe com a questão da bondade e empatia mesmo se tratando de personagens não humanos, o que torna tudo mais profundo.
Jogabilidade
Como citei nas primeiras impressões, a jogabilidade também é um dos pontos altos, apresentando diversas mecânicas que nos colocam para agir como um verdadeiro gato. Miar, arranhar coisas e derrubar itens são algumas das atividades mais legais disponíveis.
No entanto, não é só de banalidades que nosso personagem vive. Essas habilidades são usadas para conseguir resolver puzzles e chegar a lugares para cumprir objetivos. Portanto, é importante estar em sintonia com tudo isso para saber exatamente o que fazer.
No entanto, chega um momento em que as coisas começam a se repetir, embora isso não seja de fato um problema, faz com que o game perca certo fôlego perto do fim, mas a história, como disse, compensa em todo o resto.
Conclusão
Mantenho minha ideia de que “Stray” é uma das maiores surpresas do ano, trazendo desafios, fofura e muita coisa interessante para o jogador. Apesar das repetições e momentos em que você se sente fazendo a mesma coisa, algo sempre se destaca e faz com que isso desapareça de certa forma.
“Stray” é mais que recomendado não só como um bom jogo, mas sim como uma experiência diferente de tudo o que estamos acostumados.
O game está atualmente disponível para PC, PlayStation 4 e PlayStation 5 – e de maneira gratuita para os assinantes da camada Extra e Deluxe da PS Plus.
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