[Review] Marvel’s Spider-Man 2 é uma aventura expansiva, cativante e grandiosa

O primeiro Marvel’s Spider-Man se consagrou como um dos melhores exclusivos do PlayStation em seu lançamento, lá em 2018. Com a chegada do game de Miles Morales, o sucesso se repetiu.

Por conta disso, há muita expectativa em torno de Marvel’s Spider-Man 2, já que o título vai trazer, pela primeira vez, os dois Spider-Man trabalhando juntos para salvar Nova York de uma grande ameaça.

Mas será que o jogo do Miranha faz jus ao que prometeu? Para responder a essa pergunta, o blog KaBuM! passou as últimas duas semanas destrinchando tudo do game e te conta, em detalhes, o que esperar.

A nova ameaça de Nova York

Imagem: Sony/Insomniac

Spider-Man 2 já começa com uma batalha de tirar o fôlego contra um dos vilões mais icônicos do Homem-Aranha: Sandman. O que assusta aqui são as proporções da batalha e como tudo é fluído e cinematográfico.

A última vez que senti algo assim foi jogando God of War Ragnarok, outro exclusivo da Sony. Esse segmento serve como um tutorial, mas também dá um gostinho do que os jogadores – em partes – podem esperar.

Depois da batalha, a cidade é vista em caos. O jogador passa um tempo ajudando os sobreviventes e é nesse momento que temos a dimensão do que será Marvel’s Spider-Man 2, já que é mostrado um pouco do que é possível fazer em Nova York.

Imagem: Sony/Insomniac

Como um bom jogo de mundo aberto, o game alterna entre missões secundárias e de história, ambas muito bem amarradas e, em alguns momentos, até com situações de cortar o coração.

Esse é um dos grandes triunfos de Spider-Man 2, ele sabe como conquistar o jogador aos poucos, com personagens carismáticos e situações sensíveis.

Quando os planos do vilão são revelados de fato, é aí que tudo se complica e há um senso de urgência cada vez maior, principalmente porque é algo inimaginável dentro do universo do Spider-Man.

Posso dizer que a história é intrigante, cativante e a melhor dentre os jogos da Insomniac do Cabeça de Teia. Ela se completa por si só, tem reviravoltas e muitos acontecimentos chocantes.

Inclusive, ficar de queixo caído acontece bastante. Se prepare.

Atividades de Nova York

Imagem: Sony/Insomniac

Andar por Nova York é saber que, para todo lugar que se olha, há coisas para fazer. Há os simples Crimes, que estão presentes desde o primeiro game, e também atividades extras envolvendo ajudar pessoas com alguns problemas, recuperar memórias do Sandman, tirar fotos de locais específicos e mais.

Mas se engana quem pensa que são só coisas simples e repetitivas – apesar de ter um pouco disso. Em alguns casos, é necessário encontrar esconderijos do vilão Prowler e coletar melhorias para os trajes dos personagens.

Além disso, os Experimentos da FEM fazem com que o jogador precise pilotar drones-abelha em diversos locais para ajudar a vida animal do lugar. É algo que nunca imaginaria nos jogos do Spider-Man, mas que aqui serve para diversificar o gameplay.

No entanto, ao mesmo tempo em que a ideia é diversificar o gameplay, alguns desses segmentos são repetitivos e cansativos. Como é o caso da missão Alvos não Identificados, em que é necessário seguir drones por Nova York e coletar informações deles.

Imagem: Sony/Insomniac

Mesmo assim, isso é compensado por outros momentos bastante interessantes e viciantes, como as missões do Mysterio, que colocam o jogador em simulações com diversos objetivos diferentes.

Há um bom equilíbrio – e também um bom tanto – das missões secundárias no geral. Para buscar a platina e conseguir ver tudo o que a cidade tem para oferecer, serão necessárias umas boas horas.

Trajes especiais

E por falar em boas horas para conseguir tudo, os trajes são responsáveis por uma parte disso. Há roupas de diversas eras de ambos os Spider-Man, incluindo dos filmes “Através do Aranhaverso”.

Imagem: Sony/Insomniac

A maioria delas é destravada ao ganhar níveis com os personagens, embora algumas sejam liberadas assim que todas as missões de um segmento são completadas – por isso a necessidade de conseguir fazer tudo para destravar as vestimentas.

Além disso, para aumentar ainda mais o fator colecionismo, a maioria dos trajes conta com estilos alternativos, que alteram as cores das roupas – e algumas são, inclusive, melhores que os originais.

Imagem: Sony/Insomniac

Mas, no fim, não será possível pegar todos os estilos extras de uma vez, já que eles usam Peças Avançadas e outros recursos ganhos ao fazer missões em Spider-Man 2, que também são essenciais para melhorar equipamentos, o que força o jogador a escolher entre pegar roupas diferentes e aumentar o poder dos personagens.

De qualquer forma, é uma ótima experiência rever algumas dessas skins no game, principalmente as que dão efeitos diferentes à movimentação do personagem. Essas são as mais legais – além de que dão um visual diferente para tirar fotos.

Habilidades e equipamentos

Imagem: Sony/Insomniac

Para ajudar nos combates, os dois Spiders contam com diversas habilidades e equipamentos. O interessante aqui é que, apesar de compartilharem os mesmos equipamentos, eles possuem formas diferente de jogar.

Enquanto Miles possui poderes elétricos, Peter mantém golpes mais clássicos do personagem.

Além disso, eles possuem uma árvore de habilidades conjunta, com movimentos compartilhados entre ambos. No entanto, há também uma separada para cada personagem, em que são apresentados movimentos específicos para cada modo de batalha.

Imagem: Sony/Insomniac

É importante ter um leque grande de possibilidades em Spider-Man 2, já que os inimigos vão evoluindo com o passar da campanha, o que obriga o jogador e usar truques diferentes para tirar um escudo, quebrar a guarda ou retirar armadura.

Para ajudar a não esquecer de nada, inclusive, há uma opção no menu em que os golpes ficam listados.

Colecionáveis

O que senti falta nesse jogo são os colecionáveis. Apesar de ter muita coisa para fazer, Marvel’s Spider-Man 2 conta com apenas um colecionável que exige que se ande por toda a cidade para coletar.

Imagem: Sony/Insomniac

Os Spider-Bots são versões robôs de aranhas temáticas, de personagens e acontecimentos do universo do Homem-Aranha. Ao todo, são 42 delas espalhadas por toda Nova York. Isso exige um certo trabalho do jogador caso deseje pegar todas elas.

Felizmente, quando se está perto, elas emitem uma aura estática que pode ser vista sem muita dificuldade, o que, de certa forma, ajuda na hora da busca. De qualquer forma, sinto que o jogo poderia ter dado mais opções de itens para coletar.

Equilíbrio entre o herói e o civil

Imagem: Sony/Insomniac

A ideia de alternar entre Peter e Miles é bastante interessante – e quase instantânea por cona do SSD do PlayStation 5. Isso é reforçado durante toda a campanha, e encorajado também, já que algumas missões só podem ser concluídas por um personagem específico.

Mas o que quero destacar aqui é o equilíbrio entre as histórias pessoais de cada um e o enredo de super-herói. Eles possuem vidas fora da máscara, com problemas e dilemas, e isso é muito bem retratado no game.

Imagem: Sony/Insomniac

Há segmentos inteiros em que o jogador deve resolver um problema pessoas de Miles, por exemplo. Isso traz mais profundidade para o game, bem como mais aproximação com o jogador, já que é possível se identificar com algumas das situações.

Acredito que Marvel’s Spider-Man 2 é o jogo mais longo dos três lançados, o que é bom, pois há tempo para desenvolver melhor os personagens e acontecimentos.

Conclusão sobre Marvel’s Spider-Man 2

Imagem: Sony/Insomniac

Por fim, o que resta é falar que Marvel’s Spider-Man 2 é um dos jogos mais competentes do ano, apesar de algumas ressalvas, essa é uma aventura e tanto para consagrar a Insomniac como uma das maiores desenvolvedoras de jogos de herói.

Com muitos personagens conhecidos – e amados -, os fãs do gênero vão poder reencontrar rostos famosos dos quadrinhos e filmes do Cabeça de Teia, ao mesmo tempo em que descobrem novas e intrigantes histórias.

Vale lembrar que o game chega exclusivamente ao PlayStation 5 em 20 de outubro.