A SEGA, publisher por trás de jogos como Yakuza, Sonic e Persona, foi acionada na justiça do país pelos seus funcionários, que acusam a empresa de retaliação contra a sindicalização de 200 indivíduos em julho (via Kotaku).

De acordo com a acusação, o escritório estadunidense da SEGA teria forçado os membros da nova organização trabalhista em uma reunião, onde comunicou-os que seus empregos seriam terceirizados para companhias contratadas no Japão e Europa. A prática, se confirmada, constitui uma violação de leis trabalhistas já que a decisão teria sido tomada unilateralmente, sem comunicação ou negociação sindical.

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Imagem: VGV MEDIA/Shutterstock.com

Os reclamantes afirmam que, no dia 6 de novembro, uma proposta de “phase out” – termo usado para uma descontinuação programada de atividades – foi entregue ao grupo, constituído de trabalhadores temporários sindicalizados. A proposta mencionava a eliminação gradual de postos até fevereiro de 2024 em áreas como controle de qualidade, certificação e localização.

Com a mudança, cerca de 40% do grupo – e disto, aproximadamente 80 pessoas do grupo de sindicalizados. A entrega da notícia, no entanto, foi feita diretamente aos funcionários, ao invés de (obrigatoriamente) ser tratada com o sindicato que os representa.

“É desanimador ver essas ações sendo tomadas pela SEGA, que demonstra, de forma inequívoca, má fé e recusa em reconhecer as contribuições valorosas de uma parcela significativa de seus colegas. Nós entramos com uma Ação de Prática Trabalhista Injusta para denunciar a SEGA e afirmação direta aos membros [do sindicato], bem como a sua quebra de status quo em afirmar a eles que nossos trabalhos seriam prontamente finalizados.” – Elise Willacker, controladora sênior de qualidade da SEGA

A situação, no entanto, promete piorar antes de melhorar: isso porque, apesar do processo já ter sido acatado, ainda não há data marcada para julgamento. E como o caráter dos desligamentos é gradual, é bem provável que alguns – se não todos – trabalhadores sejam de fato demitidos antes que qualquer decisão seja tomada.

Procurada para comentar o caso, a SEGA preferiu manter-se em silêncio.

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