Sabe quando você começa a jogar um game e gosta tanto da experiência que sequer percebe o tempo passando? E quando vê, já se passaram horas? Minha experiência testando Dragon’s Dogma 2 foi (quase) exatamente assim.

À convite da Capcom, pude conferir o game e jogá-lo por 1 hora — e honestamente, senti que precisaria de muito mais tempo para conferir tudo que o jogo oferece, visto o quanto seu mundo parece ainda maior e ainda mais interativo do que o primeiro Dragon’s Dogma.

A demonstração cedida pela Capcom possuía três personagens prontos e com diferentes vocações: uma Arqueira, um Lutador e um Ladrão. Cada um deles estava posicionado em pontos diferentes do mapa e da narrativa.

A escolha e o tempo com cada boneco era livre, então resolvi me aventurar primeiro com o Lutador. O boneco estava no nível 15 e pertencia à nova raça do game, Leoterians, uma espécie de felino humanoide que apareceu originalmente no extinto MMORPG Dragon’s Dogma Online e, aqui, desempenha um papel crucial.

Bom, quando você é solto em um mundo aberto sem muito contexto, é natural se sentir perdido. Felizmente, um dos peões do meu grupo começou a nos guiar para uma caverna, e dado o pouco tempo de testes que tinha, optei por simplesmente me deixar levar.

Apesar do caminho percorrido ter sido longo, graças a isso, foi possível apreciar o quanto o jogo está graficamente bonito — o que é de se esperar, visto que Dragon’s Dogma 2 é alimentado pelo motor gráfico da Capcom, o ultrarrealista RE Engine

[Preview] Dragon’s Dogma 2 dá outro significado à ‘jornada única’
[Preview] Dragon’s Dogma 2 dá outro significado à ‘jornada única’
[Preview] Dragon’s Dogma 2 dá outro significado à ‘jornada única’

Porém, enfrentamos muitos desvios também, especialmente porque muitas criaturas e personagens não-jogáveis que precisavam de ajuda, surgiram no caminho. Confrontei todos os oponentes que apareceram, aproveitando a oportunidade para testar bastante as opções de combate.

Nenhum dos inimigos apresentou grande dificuldade no fim das contas, mas vale ressaltar que, além do boneco estar no nível 15, o grupo de aventureiros estava completo. Ou seja, havia uma Maga que ajudou bastante curando e aplicando feitiços de melhorias nos companheiros, uma Ladra que adorava escalar os oponentes maiores e um Arqueiro bastante competente.

Nos segmentos de batalhas, todas em tempo real como no primeiro Dragon’s Dogma, pude perceber que a inteligência artificial (IA) dos peões em meu grupo era extremamente eficaz. Todos desempenharam seus papéis com agilidade e competência, além de auxiliarem uns aos outros o tempo todo.

Dragon's Dogma 2

Imagem: Capcom/Reprodução

Por conta disso, sequer me preocupei com meus companheiros durante as batalhas, pois todos conseguiram se virar muito bem sozinhos. Obviamente, quando enfrentamos um ogro a dificuldade (literalmente) aumentou. 

Isso porque, ao mesmo tempo em que enfrentamos o ogro, uma alcateia (sim, de lobos, daqueles bem ferozes) nos cercou, então eventualmente um ou dois peões do grupo caíram depois de suas respectivas vitalidades terem sido zeradas.

Eu os ajudei a se reerguer e eles voltaram ao combate de prontidão. Após isso, a Maga rapidamente tratou de conjurar um campo de canalização de energia para recuperarmos pontos de vitalidade.

[Preview] Dragon’s Dogma 2 dá outro significado à ‘jornada única’
[Preview] Dragon’s Dogma 2 dá outro significado à ‘jornada única’
[Preview] Dragon’s Dogma 2 dá outro significado à ‘jornada única’

Para a minha surpresa, todo o grupo tinha muita sinergia e habilidade em campo, então os segmentos de combate foram bastante prazerosos também. Em se tratando de golpes e técnicas, porém, além dos ataques básicos com espada, também era possível defender e aplicar parry para atordoar os oponentes — se o comando for ativado no momento certo, claro.

Prosseguimos, ainda sendo guiados por um dos peões do grupo até a caverna, mas no caminho, tivemos que sobreviver à chegada da noite. Durante este período, os inimigos ficam mais fortes, então as batalhas duraram um pouco mais.

Pouco tempo depois, enfim, encontramos a caverna. Após fazer a limpa dentro do local, lembrei que ainda havia dois personagens da demonstração para testar, então reiniciei a versão de testes e optei por jogar com a Arqueira.

Dragon's Dogma 2

Imagem: Capcom/Reprodução

Quando olhei para o relógio, espantei-me quando percebi que já tinham se passado 45 minutos. Mesmo assim, deu pra aproveitar um pouco a segunda personagem: uma humana de nível 5 que também era acompanhada por um grupo completo (3 peões).

A Arqueira, por sua vez, estava posicionada em um ponto mais voltado para a narrativa, então foi possível ter um vislumbre da história de Dragon’s Dogma 2. O que posso compartilhar no momento é que o enredo me deixou curiosíssima pelo que vem a seguir.

Até onde se sabe, em Dragon’s Dogma 2, o Nascen (título dado ao protagonista) ouve a voz do Dragão ecoando e esses eventos eventualmente despertam memórias perdidas. Em determinado ponto da demonstração com a Arqueira, pude inclusive presenciar uma fantástica cinemática com o Dragão. 

[Preview] Dragon’s Dogma 2 dá outro significado à ‘jornada única’
[Preview] Dragon’s Dogma 2 dá outro significado à ‘jornada única’
[Preview] Dragon’s Dogma 2 dá outro significado à ‘jornada única’

Infelizmente, não posso compartilhar mais detalhes além disso, mas posso afirmar que me senti envolvida por Dragon’s Dogma 2 de todas as maneiras possíveis: o combate é prazeroso, a IA dos peões é eficaz, os gráficos estão lindos, a história é intrigante, e o mundo é enorme e cheio de atividades para se fazer…

Aliás, uma das características que mais me chamou a atenção é que, durante a minha sessão de testes, pude conversar com outros criadores e jornalistas para compartilhar um pouco de nossas experiências com a demonstração e fiquei simplesmente obcecada pelo fato de que eu não presenciei nada do que as outras pessoas viveram.

Um grifo sobrevoando os céus? Nem vi a sombra desse bicho. Uma batalha épica contra um ciclope? Nem senti o cheiro desse monstro! Tudo o que encontrei em minha demonstração foi um ogro, além de goblins e outros monstros normais.

Isso está longe de ser uma reclamação. As diferentes experiências comprovam que Dragon’s Dogma 2 tem muito potencial para ressignificar o que são “jornadas únicas” em RPGs de ação. E mesmo sem ter encontrado criaturas épicas como as que os outros criadores e jornalistas mencionaram, minha experiência foi absurda, e eu mal vejo a hora de poder jogar mais do game.

Quando Dragon’s Dogma 2 será lançado?

Dragon’s Dogma 2 está em desenvolvimento e ainda não possui previsão de lançamento. Entretanto, o game está confirmado para as seguintes plataformas: PC (via Steam), Xbox Series X|S e PlayStation 5.

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