Final Fantasy XIII, lançado em dezembro de 2009, é tido por técnicos do setor audiovisual como o jogo com a cinemática de tempo real mais avançada de toda a franquia de RPG. O recém-lançado Final Fantasy XVI não chega ao mesmo nível, mas passa bem perto dele, segundo especialistas do Digital Foundry.

Em um novo vídeo compartilhado no canal do veículo no YouTube, o time por trás da produção analisou detalhes gráficos como a renderização de personagens em várias distâncias de câmera, as projeções de luz e sombra, o design de cenários e ambientações e outros fatores se comparam entre o jogo mais recente e o título de 2009. A conclusão: “FF13” ainda é superior, mas o fato de Final Fantasy XVI chegar perto de seu antecessor sugere que gráficos em tempo real possam se tornar melhores que CGI mais cedo do que se espera.

É importante ressaltarmos a diferença para facilitar a compreensão: “gráficos em tempo real”, de uma forma ridiculamente resumida, consiste basicamente de como o jogo apresenta seu trabalho visual durante o gameplay – ou seja, as partes em que você ativamente controla a movimentação da partida. A análise do Digital Foundry tira daqui sua base.

“CGI” (ou “imagética gerada por computador”, na sigla em inglês), por outro lado, resume-se aos “filminhos”. As chamadas “cenas de corte” são, essencialmente, animações autônomas que servem como progressão narrativa e causam orgasmos em certos desenvolvedores. Elas, você não controla. O Digital Foundry ignorou esta parte.

Isso tudo para dizer que o vídeo acima é elogioso a Final Fantasy XVI: ao contrário do que a premissa pode sugerir aos mais desavisados, a análise não diz que o jogo atual é “pior” que o seu predecessor – algo difícil de fazer, considerando que Final Fantasy XIII foi lançado no PlayStation 3.

A conclusão é a de que Final Fantasy XIII foi mais técnico dentro do PlayStation 3 do que o décimo sexto jogo o foi dentro do PlayStation 5, o que implica uso de recursos tecnológicos das plataformas, gestão técnica e não necessariamente qualidade competitiva.

A análise elogiosa vem em um momento bastante interessante para a Square Enix: a publisher de Final Fantasy XVI vem lidando com críticas relacionadas ao desempenho visual desequilibrado do jogo – por vezes, ele apresenta algumas quedas de renovação de quadros por segundo (fps), o que deixou uma parcela da comunidade desgostosa. Um patch de correção futuro deve corrigir isso.

Apesar de seus problemas, Final Fantasy XVI vem angariando sucesso junto à crítica: segundo o agregador de reviews Metacritic, o jogo chegou a 87 pontos (de 100) entre os analistas especializados, e chegou à nota de 8.3 (de 10) entre avaliações de consumidor.

O nosso próprio repórter, Luiz Nogueira, foi bastante elogioso ao jogo, afirmando que o casamento entre a progressão narrativa e a apresentação visual são – nas palavras dele – “de arrancar lágrimas”:

“A inventividade e a presença desses Eikons serviram para enriquecer ainda mais a história de Final Fantasy XVI. Isso porque essa é a primeira vez que podemos controlar Eikons diretamente, o que dá mais poder para o jogador.

Isso aliado à fascinante história do jogo, faz com que o título tenha potencial para arrancar lágrimas até dos mais durões – arrancou diversas lágrimas em muitos momentos, confesso.”

Final Fantasy XVI foi lançado em 22 de junho, exclusivamente para PlayStation 5.

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