A adoção da exclusividade do PlayStation 5 para Final Fantasy XVI pode ser o responsável pela queda de faturamento reportada pela publisher Square Enix. Em sua recente conferência com investidores, a japonesa afirmou uma queda de 79% de lucratividade operacional.

Em uma longa série de possíveis motivos, a empresa ressaltou a “baixa adoção” do PlayStation 5, console da Sony, onde Final Fantasy XVI é uma exclusividade temporária. A estimativa é que, a partir de 2024, tanto o Xbox Series S/X como o PC sejam contemplados com o jogo, embora as previsões da Square Enix sejam meio nebulosas neste assunto.

Cena do trailer "Ascension" de Final Fantasy XVI

Imagem: Square Enix/Reprodução

É importante ressaltar, antes de detalharmos os números, que “queda de lucratividade” não é o mesmo que “prejuízo”: a empresa ainda está crescendo, só que bem menos do que ela esperava.

Isso dito, o presidente da Square Enix – Takashi Kiryu – disse que as restrições impostas à demanda e oferta do PlayStation 5, em decorrência da pandemia, estão aos poucos sendo flexibilizadas, e o interesse no console da Sony vem sendo recuperado. Isso, segundo o executivo, deve ampliar os ganhos da empresa, uma vez que o jogo em si é atrelado ao console.

Mais além, Kiryu também disse que a publisher japonesa deve adotar “medidas de aceleração” para “ampliar a adoção” do console e, consequentemente, do jogo. Ele não detalhou quais medidas serão essas, no entanto.

Final Fantasy XVI é o mais recente lançamento de uma longeva franquia, iniciada por Hironobu Sakaguchi em 1987. Naquela época, a empresa ainda se chamava “Squaresoft”. Três dias depois do seu lançamento em 22 de junho de 2023, o jogo havia chegado à marca de 3,3 milhões de cópias vendidas – um sucesso ampliado pelas críticas bastante favoráveis ao título.

Entretanto, apesar de admitir que o novo jogo está abaixo do esperado, a empresa não informou quais são os números atualizados.

No processo de desenvolvimento do jogo, duas coisas ficaram claras: a primeira é a de que o jogo foi bem caro – números oficiais nunca são divulgados, mas especulações de analistas colocam o “preço de criação” do jogo entre US$ 200 milhões (R$ 979,48 milhões) e US$ 250 milhões (R$ 1,23 bilhão).

A segunda é a de que a Sony pagou por boa parte disso – especificamente, foi a fabricante do PlayStation 5 quem custeou marketing e campanhas de relações públicas, publicidade e afins. Além disso, a gigante também prestou consultoria no desenvolvimento.

O problema, segundo vários analistas, não foi a exclusividade de “marca” em si, mas o fato de que Final Fantasy XVI é exclusivo do PlayStation 5. Considerando que o predecessor PlayStation 4 ainda recebe jogos (Armored Core 6, Lies of P e Assassin’s Creed Mirage, por exemplo, são três grandes lançamentos que o console passado vai receber), a chegada do novo RPG da Square Enix nele certamente poderia aprimorar esses números.

A empresa, aliás, não comentou as notícias mais atuais. Paralelamente, ela se prepara para garantir o lançamento de outro jogo da franquia – Final Fantasy VII Rebirth – em janeiro de 2024.

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