Ao menos 99% do jogo Final Fantasy XVI será protagonizado pelo guerreiro Clive – o 1% que falta será o começo do título, onde você controlará “outra pessoa”. A informação foi dada ao Game Watch pelo diretor criativo do jogo, Kazutoyo Maehiro, que não ofereceu maiores detalhes sobre como isso vai funcionar.

Maehiro usou como exemplo o personagem Reks, de Final Fantasy XII (2006): era ele quem você manipulava na introdução do jogo, como forma de aclimatar o usuário com os comandos, tutoriais e sistemas da época. Em Final Fantasy XVI, é possível que a publisher japonesa Square Enix siga pela mesma rota.

A premissa não é exatamente inédita, se pararmos para pensar: em Dragon’s Dogma, o RPG da Capcom que deve ganhar continuação ano que vem, você também tinha um personagem genérico que “abria” o jogo antes de customizar o seu próprio protagonista. Posteriormente, a história amarrava os dois indivíduos, mas o fato é que você não começava a história com o “herói” dela.

Em Final Fantasy XII, o começo do jogo era vivenciado por Reks, até a introdução acabar e, graças a um salto de dois anos, o controle passava para Vaan Rathsbane, e este seguia o percurso até o fim do título.

A informação entra em um detalhe mais interessante dentro do panorama oferecido pelo produtor de Final Fantasy XVI, Naoki Yoshida. Em entrevistas anteriores, ele havia afirmado que, embora os trailers divulgados se concentrem em Clive – o de facto protagonista do jogo – ele terá companheiros de batalhas controlados pela inteligência artificial (IA).

Yoshida não deixou claro se esses personagens serão completamente autônomos – como vimos em Final Fantasy XIII (2009) – ou se terão algum módico de controle por parte do jogador (como aconteceu com Final Fantasy XV após a introdução das DLCs focadas em cada personagem).

Também não se sabe ainda se os eikons – nome dado nesta versão às invocações que permeiam a franquia – também serão controlados pelo jogador ou se também serão influenciados exclusivamente pela IA.

Final Fantasy XVI

Clive, protagonista de Final Fantasy XVI (Imagem: Square Enix/Divulgação)

Final Fantasy XVI é ambientado no mundo de Valisthea, onde as pessoas vivem em relativa paz graças a cristais conhecidos como “Mothercrystals” (“cristais-mãe” em uma tradução livre). Pouco se sabe sobre o enredo, mas a Square Enix já disse que o jogo se divide em seis facções: o Grão-Ducado de Rosaria, o Império Sagrado de Sanbreque, o Reino de Waloed, a República Dhalmekicana, o Reino de Ferro e o Domínio Cristalino – novamente, traduções livres.

Muitos dos eventos do jogo terão relação direta com os “eikons”, as entidades invocadas por guerreiros com uma aptidão especial, chamados “dominantes”. A ideia parece ser a de colocar as invocações (“summons”) como uma peça central do jogo – a exemplo do que foi visto nas narrativas de Final Fantasy VIII e IX, no primeiro PlayStation.

Ah, e há também menções a uma “Praga”, mas isso ainda não foi detalhado pela publisher japonesa.

Vale lembrar que Final Fantasy XVI, previsto para o primeiro semestre de 2023, será temporariamente exclusivo do PlayStation 5 durante seis meses. Posterior a isso, é provável que ele chegue ao Xbox Series S/X.

via Eurogamer

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