PlayStation Access: como funciona o controle de acessibilidade da Sony que chega hoje (6) no Brasil
A Sony lançou hoje (06) o PlayStation Access, um controle focado em acessibilidade, e o blog KaBuM! foi conferir como tudo funciona. Confira!By - Alvaro Scola, 6 dezembro 2023 às 17:42
A Sony lançou hoje (6) no Brasil o PlayStation Access, um controle focado em acessibilidade. O dispositivo, claro, tem como principal objetivo tornar os jogos acessíveis para praticamente qualquer pessoa, além de facilitar a sua adaptação na hora de jogar sem ter que recorrer a acessórios não oficiais.
O PlayStation Access, criado em parceria com entidades como AbleGamers, Stack-Up e SpecialEffect, chega ao Brasil com o preço sugerido de R$ 599,90. Já a convite da Sony, o blog KaBuM! foi entender um pouco mais sobre como ele funciona para explicar um pouco mais como é sua utilização na prática. Confira!
Acessibilidade até para abrir a caixa
Com o PlayStation Access, a Sony deseja que os jogadores e seus donos tenham praticamente autonomia para tudo. Isso, então, inclui até mesmo o jeito de fazer o seu unboxing.
Para abrir a caixa, os jogadores apenas precisam puxar pequenas alças que não oferecem tanta resistência. Essa falta de resistência, claro, é justamente para elas serem rasgadas sem exigir muita força e deixar o jogador pegar logo o acessório.
Um dos jogadores que testou o PlayStation Access é o Fabricio SDW, streamer de jogos e fundador da AbleGamers Brasil, que mostrou em detalhes o processo do unboxing em seu Instagram.
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PlayStation Access pode ter botões trocados
Como é possível notar no vídeo acima, o PlayStation Access vem repleto de apetrechos. E, logicamente, esses apetrechos não são meramente cosméticos, pelo contrário, eles são bem importantes.
Logo que sai da caixa, o PlayStation Access está praticamente montado para um uso inicial, ou seja, para ser configurado. Já a sua personalização para realmente jogar depende de quem o utilizará, uma vez que o jogador precisa encontrar a forma de que ficará mais confortável para jogar e mapear os botões, que variam de jogo para jogo.
Para essa questão de mapear, o controle é completamente personalizável, sendo que praticamente todos seus botões podem ser substituídos. Por exemplo, enquanto o “botão padrão” é um pouco mais arredondado, o outro possui um tipo de “rampa” para que possa ser apertado com movimentos menos precisos.
Além dos botões, até mesmo o formato do direcional analógico pode ser trocado. A área de movimento do analógico é menor do que em comparação ao que temos no DualSense, mas um bom nível de precisão é exibido. O Fabrico SDW, inclusive, afirmou que foi possível jogar Gran Turismo 7, que exige uma boa precisão, com o PlayStation Access.
Algo bem interessante a ser notado é que todos esses botões ou acessórios, como preferir, são facilmente destacáveis. Eles até possuem um tipo de clique para indicar que encaixaram e estão prontos para uso, mas podem ser removidos sem muito esforço pois, novamente, a Sony quer dar autonomia aos jogadores.
Apesar de oferecer uma grande facilidade de uso e poder ser personalizado, vale notar que o PlayStation Access ainda requer que a pessoa seja capaz de realizar alguns movimentos para utilizá-lo. Dessa forma, por exemplo, o controle pode não ser recomendado para pessoas com tetraplegia.
Já para que os botões não sejam confundidos, claro, a Sony inclui no kit do PlayStation Access os “indicadores destacáveis” como o quadrado, triângulo e demais botões.
Mais personalização
Como é possível notar pelas imagens, o PlayStation Access possui alguns botões a menos que o DualSense. Não apenas isso, é preciso também frisar que o mesmo não traz alguns recursos como vibrar e gatilhos adaptativos.
Por sua vez, para poder ser utilizado em qualquer situação, a Sony confirma que é possível utilizar até dois PlayStation Access e um DualSense juntos. Neste caso, claro, o jogador pode dividir os botões nos diferentes controles que estão conectados ao seu PlayStation 5.
Não somente isso, o controle de acessibilidade da PlayStation também traz 4 portas P2. Essas portas não são para uso de fone de ouvido e headsets, mas para que acessórios como botões extras, que podem ser feitos com impressoras 3D e circuitos, sejam utilizados de forma complementar.
Outro ponto de destaque é que o PlayStation Access também vem com algumas borrachas antiderrapantes para poder ser utilizado em quase qualquer superfície. Não somente isso, também é possível parafusar o acessório a suportes que facilitem os movimentos do jogador.
Software do PlayStation 5 é essencial
Por enquanto, o PlayStation Access é compatível apenas com o PlayStation 5, diferente do DualSense que funciona com PCs. Uma das possíveis explicações para isso, por exemplo, fica no sistema do PlayStation 5 que faz parte crucial do jogo.
Ao pensar em ajudar até mesmo quem não tem familiaridade com termos técnicos ou tecnologia mesmo, a Sony deixou todo o processo bem explicativo. Logo ao conectar o controle na USB, o processo de configuração se inicia. Antes de entrarmos nesses detalhes, vale lembrar que o PlayStation Access é um controle sem fio.
Um dos primeiros itens a serem configurados diz respeito à posição em que estará a alavanca analógica. Essa parte é crucial para o funcionamento do controle, uma vez que sem isso as direções poderiam ficar invertidas.
Após esta parte, de forma bem intuitiva, o sistema do PlayStation 5 ajuda a configurar qual será a função de cada botão. Inclusive, é possível fazer, por exemplo, com que dois botões correspondam ao “Quadrado” ou até mesmo criar combinações.
Isso pode até parecer algo simples, mas é crucial que os jogadores tenham uma forma de poder realizar “combos” em jogos com um simples apertar. Como cada jogo requer uma configuração diferente, o PlayStation 5 traz a possibilidade de salvar até 30 perfis, sendo que o PlayStation Access tem um botão para poder alternar rapidamente entre 3.
Conclusão
O PlayStation Access não é o primeiro controle focado em acessibilidade no mercado, mas chega com uma proposta diferente. Apesar de requerer uma configuração inicial, o mesmo não se mostra complicado de ser configurado mesmo para quem não tem tanta afinidade com tecnologia.
É verdade que o controle ainda requer uma certa capacidade de movimento, mas o seu nível de personalização é o seu grande diferencial. Não somente isso, o fato de jogadores poderem acoplar soluções que já usam, às vezes pode fazer com que uma segunda unidade ou um DualSense não seja necessário.
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