O Switch, console híbrido da Nintendo, segue como uma das principais plataformas de jogos do mundo. Segundo o mais recente relatório de vendas da japonesa, o aparelho – que pode ser usado tanto em forma de tablet como conectado à TV – atingiu a marca de 122 milhões de unidades vendidas desde o seu lançamento, em março de 2017.

O número impressiona em sua própria capacidade, mas há mais um motivo para comemoração aqui: com essas vendas, o Switch efetivamente superou o índice histórico do PlayStation 4 da Sony (117,2 milhões) e do seu próprio Game Boy Color (118,69 milhões). Ano passado, o Switch foi confirmado como o console mais vendido da história da Nintendo, superando o Wii (101,63 milhões).

Joy-Cons, do Nintendo Switch

Imagem: Aleks Dorohovich/Unsplash

Apesar disso, é importante ressaltar que a Nintendo reduziu sua meta fiscal em virtude de quedas de faturamento: em seus resultados financeiros referentes aos primeiros nove meses deste ano fiscal de 2023, a empresa relatou queda de 1,9% no total de vendas, movendo aproximadamente ¥ 1,3 trilhão (R$ 51.29 bilhões) e lucro de ¥ 356,2 bilhões (R$ 14,05 bilhões).

Segundo a Nintendo, a queda se deu por “flutuações eventuais nos mercados de moeda estrangeira”, além de uma falta de componentes semicondutores nos estoques de fornecedores, o que levou a empresa a fabricar menos unidades do Switch e, consequentemente, uma queda nas vendas.

Agora revisada, a meta fiscal da empresa é a de vender 18 milhões de consoles até o final de março. Anteriormente, esse número era um milhão maior. Em outras palavras, em seu sétimo ano de mercado, este será o segundo ano do Switch em queda.

O saldo positivo, no entanto, vem em software: graças ao sucesso de Pokémon Scarlet & Violet, a venda total de jogos do Switch chegou ao patamar de 172,11 milhões de unidades – mais de 20 milhões atribuídas exclusivamente à nova entrada na franquia dos monstrinhos de bolso. Mario Kart Deluxe, um título do ano passado, também segue forte, com 6,66 milhões de unidades vendidas.

À Bloomberg, o analista Hideki Yasuda disse, no entanto, que os números provam que o Switch está finalmente entrando em um ritmo de queda constante: “A temporada de festas de fim de ano sugerem que [as vendas] de hardware não foram tão fortes quanto estudos apontavam, o que enfraqueceu também as vendas de software. Está claro, agora, que o Switch está em uma curva descendente.”

O analista antecipa um número de vendas de 20 milhões de unidades “se a Nintendo lançar uma ou duas edições especiais” do console. Na versão base do Switch, a empresa deve parar em 18 milhões.

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