No ano passado, a Microsoft anunciou que gastaria US$ 69 bilhões para comprar a Activision Blizzard. Na ocasião, a empresa destacou que, com a aquisição, “franquias icônicas”, como Call of Duty, Warcraft e Candy Crush, seriam adquiridas.

A partir disso, uma verdadeira novela começou com muitos órgãos reguladores investigando a negociação à procura de indícios que pudessem indicar práticas anticompetitivas por parte da Microsoft. Eis que, agora, os advogados da Microsoft estão fingindo que não entendem por que Call of Duty é tão aclamado.

Em uma resposta de 37 páginas da Microsoft a questionamentos feitos pelo Federal Trade Commission (FTC) dos EUA, a Microsoft disse que tem conhecimento das alegações de que Call of Duty é importante, mas não sabe quando o primeiro jogo saiu, nem qual a periodicidade de lançamentos, além de não ter ideia do orçamento de cada game e nem quanto esses títulos faturam de receita.

Alegação da Microsoft

Imagem promocional divulga o Capitão Price, presente em Call of Duty Warzone e Modern Warfare

Imagem: Activision/Reprodução

É bastante difícil de acreditar que a Actvision Blizzard não divulgou esses dados para a companhia antes que a empresa tomasse a decisão de gastar US$ 69 bilhões na aquisição.

Além disso, há outros exemplos de negócios que passaram por pesquisas minuciosas em diversas circunstâncias. Como é o caso da Epic Games versus Apple em que, em meio aos vários e-mails usados como prova, foram encontradas mensagens da equipe de planejamento e estratégia de jogos da Microsoft.

Em um dos documentos mais reveladores, que contava com 67 páginas, todos os principais concorrentes da Microsoft estavam divididos em diversas categorias e a empresa tinha acesso até a dados que não eram públicos, como quanto o PlayStation Now, da Sony, arrecadou em 2019. Portanto, é difícil acreditar que a empresa não sabe da importância – e nem os números – de Call of Duty.

Via: The Verge

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