[Review] Kirby and the Forgotten Land é único e se destaca por suas mecânicas
Com nível de dificuldade amigável, o novo Kirby é um prato cheio para quem procurar por um game leve e divertidoBy - Luiz Nogueira, 28 março 2022 às 12:56
Por mais que pareça um game simples, “Kirby and the Forgotten Land” é uma das grandes surpresas do primeiro trimestre deste ano. Isso porque o game mistura o gênero plataforma com alguns elementos que garantem liberdade para que o jogador explore o mundo de acordo com a vontade – só que menos liberdade que um game de mundo aberto.
Esse game, lançado em meio a muitos títulos de peso, consegue ter seu brilho próprio, e mantém a diversão característica do personagem – ao mesmo tempo em que desafia o jogador em alguns momentos.
Dizer que esse é um bom jogo não é apenas suficiente. Quer saber se esse exclusivo de Nintendo Switch vale a pena? O blog KaBuM! analisou o game e te conta todas as novidades trazidas no título.
História
Rosa é a cor predominante no game, que conta com um personagem bastante carismático e que precisava de um título à altura de sua importância – mesmo que com uma história simples.
O título, como o nome sugere, leva Kirby para uma terra perdida que parece ter passado por um apocalipse. Em meio a ruínas de prédios e diversas outras construções, encontram-se os Waddle Dees raptados e que devem ser resgatados pelo jogador.
Essa parece uma premissa bastante simples – e de fato é – a questão é que esse não é necessariamente o elemento principal. Mesmo assim, a história oferece momentos bastante interessantes e que mostram como o personagem pode ser minúsculo em meio à imensidão dos lugares.
Mecânicas
Uma das melhores implementações do novo Kirby é que ele conta com diversas mecânicas interessantes e que diversificam a gameplay. Os jogadores podem “sugar” inimigos e incorporar suas habilidades para progredir na história. Por conta disso, é normal que o personagem se transforme em um guerreiro de espada, um soltador de fogo ou até mesmo encarnar o “Bomberman” para soltar bombas contra os inimigos.
Tradicionalmente, os jogos dos personagens da Nintendo contam mais ou menos com os mesmos elementos que os tornaram famosos. No entanto, aqui há uma grande novidade: a possibilidade de “engolir” grandes objetos para resolver puzzles pelos cenários. O jogador pode então pilotar carros, virar um cone de trânsito e até uma grande escada para alcançar grandes alturas.
Essa é uma ferramenta presente em muitas fases, fazendo com que o jogador tenha de encontrar a melhor maneira de superar os níveis e descobrir todos os segredos espalhados pelo game – e que não são poucos. Por se tratar de uma ferramenta nova, essa opção de assumir a forma dos objetos é bastante inventiva e responsável por alguns dos melhores puzzles presentes no game. É necessário entender como encaixar cada formato na proposta para poder progredir.
Fases extras
Ao navegar pelos mundos, fases extras são destravadas e os jogadores têm uma dificuldade a mais para libertar os Waddle Dees e conseguir concluir o mundo. Esses níveis oferecem puzzles bastante inventivos e que abusam das mecânicas implementadas nas fases. É a melhor forma de entender como tudo funciona – e coletar alguns recursos.
Diversão entre mundos
Mas não são apenas os puzzles que se destacam. Quando todas as fases de um mundo são completadas – ou até mesmo durante elas -, os jogadores são transportados para a cidade dos Waddle Dees. É lá que há algumas coisas interessantes – e que despertam o lado “colecionístico” dos jogadores.
O interessante é que há uma máquina de Gacha no mundo de Kirby. Isso quer dizer que os jogadores podem gastar algumas das moedas adquiridas durante a aventura para comprar miniaturas de personagens e inimigos para uma coleção virtual. Isso é bem interessante – e viciante, já que tudo depende de sorte.
Além disso, há lojas que vendem itens consumíveis e outros itens para ajudar na aventura de Kirby, os jogadores têm à disposição uma loja que melhora as habilidades do personagem conforme se avança na história.
Em algumas fases há pergaminhos que, quando coletados, liberam essas melhorias e fortificam as habilidades. Portanto, é sempre recomendado que os jogadores, ao pegarem algum desses itens, voltem à cidade de vejam de que forma podem melhorar as ferramentas da bola rosa.
Chefes
Essas melhorias levam a outro ponto importante da aventura: os chefes. Esses upgrades vão ajudar principalmente nas batalhas contra esses inimigos, que, apesar de serem bastante diversificados, oferecem quase a mesma dificuldade do começo ao fim – tirando raras exceções.
Mesmo assim, o game se destaca em trazer essa variedade de formas de derrotar todos eles – e foge do padrão de jogos do Mario, por exemplo, em que alguns acertos derrotam o inimigo. Aqui, o negócio é um pouco mais difícil.
Há chefes que se tornam invulneráveis quando estão realizando algum tipo de ataque, outros criam “paredes” na frente dos ataques de Kirby e por aí vai. O legal é procurar estratégias para derrotá-los com base nas habilidades disponíveis naquele momento.
Conclusão
Misturando elementos em 3D com mecânicas de RPG, “Kirby and The Forgotten Land” oferece uma série de desafios em meio a uma história simples, mas que funciona no contexto. Portanto, o game é um dos melhores lançados nesses primeiros meses do ano – mesmo com concorrentes de peso chegando quase que simultaneamente.
Com cerca de 13 horas de duração – isso se você for o doido dos colecionáveis – “Kirby and the Forgotten Land” é um jogo à altura do mascote rosa da Nintendo e oferece muitas mecânicas interessantes junto de personagens carismáticos e uma boa dose de humor.
Como era de se esperar, o game é exclusivo do Nintendo Switch e já está disponível.
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