Games e nostalgia: fliperamas no Japão encerram atividades
Pandemia tem papel protagonista no fechamento de fliperamas no JapãoBy - Renata Aquino, 25 novembro 2021 às 13:50
A pandemia deixou muitos japoneses com problemas financeiros, e um setor, em especial, sofre no Japão: os últimos fliperamas. O país asiático se fechou para o turismo e não há sinais de subsídio por parte do governo para apoiar esse tipo de mercado.
Mikaido, um dos fliperamas mais conhecidos, é um exemplo. Localizado na movimentada capital nipônica, o gerente do negócio Yasushi Fukamachi viu o lucro despencar pela metade este ano. “O governo não ajuda e a situação é desesperadora”, critica.
Com o avanço da vacinação pelo mundo, a economia retorna a passos lentos, entretanto, ainda com certa dificuldade. Diversos fliperamas, sem escolha, baixam as portas e anunciam o triste fechamento. Nos últimos dois meses, o site Kaiten Haten catalogou todos eles. A lista pode ser conferida abaixo.
- Mundo Intaa em Toda, Saitama
- Praça de diversões Tekumopia Mukogaoka em Kawasaki, Kanagawa
- Parque de diversões Sakura em Mie
- Terra das diversões em Yaz em Hiratsuka, Kanagawa
- Diversões MGM em Kitakyushu, Fukuoka
- Filial Abino Azumino em Nagano
- Game City em Itabashi City, Tokyo
- Nishigawa Houston em Saitama
- Filial da Game Fantasy Mihama em Chiba
- Am Net em Edogawa, Tokyo
- Terra da Fantasia Dinossauro Game em Obu, Aichi
- Terra da Fantasia Moai Game Moai em Nagoya, Aichi
- Terra da Fantasia Nilo Game em Tokai, Aichi
- Game In Estação Sanshou Toyama em Toyama
- Terra da Fantasia Atlantis Game em Tokai, Aichi
- Terra Hapipi em Tachikawa, Tokyo
- Terra Kid’s US em Nagoya, Aichi
- Terra Hapipi em Minamiashigara, Kanagawa
- Terra Hapipi Filial Sengendai em Saitama
- Terra Hapipi em Yachiyo, Chiba
Entre 1º de outubro a 24 de novembro, 20 fliperamas encerraram as atividades no Japão. Por outro lado, quatro abriram no mesmo período, incluindo a nova Sega em Ikebukuro. A perda de 16 estabelecimentos, entretanto, é notável.
O fim de fliperamas divide os japoneses
Além dos fliperamas dos grandes centros, outros mais afastados – a maioria em periferia ou em shoppings centers locais – também deixaram de funcionar.
Para os nipônicos, a situação dos fliperamas divide opiniões em vários aspectos. Enquanto muitos têm jogado em casa, ainda há aqueles que sentem nostalgia dos grandes fliperamas. A proibição para fumar nos estabelecimentos é outro assunto debatido. Alguns alegam que a medida ajudou nos fechamentos, para outros, a lei proporcionou melhoria ao espaço. Até as altas contas de eletricidade são indicadas como culpadas do encerramento das atividades dos fliperamas.
Apesar do prejuízo incalculável para a cultura gamer, do país e do mundo, a vasta lista de fechamentos não deve eliminar de vez esse mercado, que por décadas, continua a atrair públicos de diferentes gerações.
Via: Kotaku
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