Uma política do Final Fantasy XIV está temporariamente suspensa em respeito às vítimas do terremoto que assolou o Japão na virada do ano. Segundo a publisher Square Enix, a demolição das “casas virtuais” dos jogadores do MMORPG não será conduzida até segunda ordem.

Entre 31 de dezembro e 1º de janeiro, um terremoto de magnitude 7,6 na Escala Richter atingiu a península de Noto, a aproximadamente 150 km da capital Tóquio. Segundo as informações divulgadas pelas autoridades, cerca de 80 pessoas perderam suas vidas e outras 30 mil tiveram que ser evacuadas da região, fora a paralisação de atividades de várias empresas. A expectativa, no entanto, é que esses números aumentem nos próximos dias.

Em Final Fantasy XIV, os jogadores têm direito a um terreno virtual onde podem construir suas moradias enquanto transitam pelas inúmeras regiões do jogo. Locais que permanecem sem uso por um tempo estendido – como quando um jogador abandona o game ou algo do gênero – podem ser retomados pela Square Enix, que normalmente promove a destruição do terreno.

Não será o caso, por enquanto. Pelo comunicado da empresa no site oficial:

“Em nome de todos os membros dos times de gerenciamento e desenvolvimento de Final Fantasy XIV, os nossos corações estão com todos aqueles afetados pelo terrível terremoto ocorrido na Península de Noto, no dia 1º.

Devido aos danos causados e outros fatores, nós decidimos suspender temporariamente a demolição automática de residências dentro do jogo.

Sobre quando essa demolição voltará, nós vamos monitorar a situação ao longo dos próximos dias, e informar a todos quando decidirmos que o processo pode ser retomado.

É a nossa mais sincera esperança que a recuperação de todos seja rápida, e que vocês possam se reunir conosco em Final Fantasy XIV o quanto antes.”

Imagem mostra exemplos de moradias disponíveis em Final Fantasy XIV

Imagem: Square Enix/Reprodução

A medida pode ter um tom abstrato – afinal, que diferença “perder a casa do videogame” pode ser feita na vida de quem perdeu a casa de verdade em um terremoto? – mas existe um senso de solidariedade aí: imagine você ser forçado a passar muito tempo longe do jogo por estar em processo de recuperação de um evento traumático como esse e, quando você retornar ao jogo, ver que seus bens foram demolidos pela empresa sem aviso…

E considerando o histórico volátil do Japão com terremotos e tsunamis – lembre-se de Fukushima, em 2011 – bem como todo o folclore ao redor do tema (é crença de alguns japoneses que um terremoto particularmente poderoso possa “acordar” o Monte Fuji, um vulcão ainda ativo no centro do país), qualquer ação de solidariedade pode servir para amenizar o sofrimento das pessoas.

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