[Review] Diablo IV é sombrio, viciante e uma das melhores experiências do ano
Em Diablo IV, os jogadores podem escolher entre cinco classes para enfrentar LilithBy - Luiz Nogueira, 30 maio 2023 às 13:00
Desde que joguei as betas de Diablo IV, percebi que o game tinha muito potencial. Era uma aventura bastante amigável para quem é novo nesse mundo, ao mesmo tempo em que traz elementos para os fãs mais aficionados.
Agora, o blog KaBuM! teve acesso ao jogo completo – mesmo que por um período limitado – e conseguiu ver que é justamente isso: Diablo IV é um dos melhores da série e uma das promessas a melhor jogo de 2023.
História
A história começa com Lilith, a Filha do Ódio, sendo invocada para o Santuário com o objetivo de recuperar seu poder e dominar o mundo. Os eventos aqui acontecem trinta anos após os acontecimentos de Diablo III. O papel de nosso personagem é justamente combatê-la.
A ideia é apresentar uma nova antagonista para a série. No entanto, muito se questionou sobre como seria ter um game com uma nova personagem, o que destoava dos anteriores. No entanto, posso dizer que isso foi uma das melhores decisões.
Apesar de amar os jogos clássicos, Lilith trouxe um certo frescor para a franquia, ao mesmo tempo em que ela se torna a personificação do mal em sua maior forma. As cenas envolvendo sua presença trazem um ar de imponência e nos deixam fascinados, embora saibamos que aquela figura é quem buscamos combater.
Outro ponto a ser destacado sobre a história é que, a todo momento, somos colocados como inimigos de Lilith. Não é possível seguir para o outro lado e começar a aceitar o que ela oferece – obviamente, isso iria contra a proposta do game, mas poderia ser uma alternativa a mais quando chegássemos à certa altura da história.
Mesmo assim, essa é a menor das questões, já que ela, independente de qualquer coisa, rouba a cena de Diablo IV e deixa os jogadores ansiando por mais aparições e mais informações sobre sua origem e passado.
Gráficos
Os gráficos são um show à parte. Apesar de ter uma visão “de cima” durante a jogatina, Diablo IV conta com várias cenas entre as missões. Isso ajuda a trazer mais imersão para os jogadores, ao mesmo tempo em que contextualiza todos os acontecimentos.
São essas cenas que se destacam, principalmente pelo teor sangrento de algumas delas – e que evocam um pouco da atmosfera de Diablo II. Além disso, a modelagem de personagens e de inimigos é bastante competente, pois eles têm identidade própria, carisma – no caso dos personagens, claro – e claras diferenças entre si.
É uma experiência e tanto para mostrar o potencial da Blizzard em contar as histórias do mundo de Diablo. Isso, aliado à dublagem, faz com que o jogo seja um prato cheio para os fãs de RPG com histórias profundas, sangrentas e com muitas reviravoltas.
Classes
Durante os testes para o review, consegui jogar com duas classes que prometem ser muito interessantes para os jogadores: Druida e Necromante.
No caso da primeira, há uma curva de aprendizado mais lenta e o personagem demora um pouco mais para mostrar a que veio. Para jogos em grupo, isso pode não ser um problema, já que teremos outros integrantes ajudando nas tarefas enquanto o personagem se fortalece.
Porém, com o personagem um pouco mais upado, há o fator força elevado ao máximo, o que torna tudo mais interessante, principalmente porque o Druida consegue, além de ser muito forte, se transformar em um lobo ou urso para combater as ameaças. Com isso, considero essa uma das classes mais diversificadas para se jogar – e uma das mais interessantes também.
Já no caso do Necromante, desde o começo temos um personagem forte – embora seja necessário entender como são seus fundamentos. Isso porque ele invoca esqueletos que entram em combate com os inimigos, seu kit básico é esse.
No entanto, conforme se evolui, os jogadores podem dar ênfase maior em criar situações explosivas e armadilhas para os inimigos, como é o caso de transformar os esqueletos em verdadeiras bombas que, ao morrer, explodem e matam inimigos ao redor. Considero essa a classe mais divertida.
Por fim, nas fases beta anteriores, joguei como Mago e posso dizer que é a classe mais simples para quem tem zero experiência com esse tipo de jogo. Há um feitiço base, que não consome nenhum atributo para ser usado e, conforme se avança, novas habilidades podem ser desbloqueadas. É a maneira mais simples de iniciar – e super recomendada para quem quer aproveitar Diablo IV sem problemas.
Além das três classes citadas, os jogadores ainda podem escolher assumir o papel de Bárbaro ou Renegado – ambos mais focados em ataques corpo a corpo, embora esse último seja mais ágil e furtivo.
Exploração como fator importante
Como citei em mais de uma oportunidade, a exploração é um dos fatores mais importantes de Diablo IV. É andando pelo mapa que se encontram as missões secundárias – que ajudam a expandir a história de Lilith – e batalhas que ajudam a subir de nível.
Ao subir de nível, o jogador ganha um ponto de habilidade que pode ser gasto na árvore de talentos daquele personagem. É por meio disso que você vai moldar seu estilo de jogo e escolher as habilidades que se adequam mais ao que se pretende.
Além disso, quando encontrar uma habilidade interessante, é possível usar esses mesmos pontos para melhorá-la. Isso vai ser bastante útil, já que não é possível ter muitos ataques diferentes equipados por vez.
Outro fator importante, e que está ligado diretamente à exploração do mundo, são os equipamentos – apesar de adquirir muitos deles em baús de dungeons obrigatórias, matando inimigos e derrotando chefes.
Ao acessar o menu do personagem, é possível comparar as peças e ver qual a melhor para seu set. No entanto, fique atento, pois o espaço para coleta é limitado e, por conta disso, pode se encher rapidamente. Lembre-se de sempre vender os equipamentos que não pretende usar.
Vida útil de Diablo IV
Na versão de Diablo IV que jogamos, nem a loja e nem o passe de batalha estavam disponíveis. Por conta disso, não foi possível avaliar essa característica. No entanto, tivemos acesso a algumas informações sobre o que a Blizzard pretende com o game para o futuro.
Diablo IV vai contar com um sistema de temporadas, em que novos desafios, mistérios e novidades de gameplay serão introduzidas ao longo de sua vida útil.
Além disso, haverá um sistema de eventos que vai trazer recompensas para os jogadores conforme as tarefas são realizadas. Isso vai garantir itens cosméticos variados.
O sistema de passe de batalha, presente em diversos games atualmente, também terá participação aqui. Os jogadores terão recompensas gratuitas para resgatar conforme progridem, além de itens pagos que podem ser adquiridos ao comprar o passe e subir de nível.
Mas não é só isso. As microtransações também estarão presentes, embora sejam apenas para itens cosméticos. Os fãs podem esperar eventos ao vivo e um sistema de clãs para ajudar nas tarefas.
Conclusão
Assim como disse anteriormente, Diablo IV é uma das promessas de 2023. O game surpreendeu bastante no que ofereceu – e conseguiu corrigir as questões apontadas pelos jogadores em Diablo Immortal, felizmente.
Portanto, temos um jogo divertido, com muitas possibilidades e que promete muitas horas de jogatina por conta do conteúdo previsto para o futuro. Vai ser comum terminar a história com um personagem e começá-la com outro para ver como o estilo de gameplay muda.
A Blizzard acertou em cheio ao criar uma história interessante, aliada com mecânicas viciantes e um sistema de batalha chamativo, que tem tudo para agradar aos novos e antigos fãs de Diablo.
Ouso dizer que essa é uma das experiências mais intrigantes do ano – e um forte candidato às premiações especializadas.
Diablo IV chega em 6 de junho, com versões para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series S/X. Quem comprar a versão Deluxe, no entanto, já pode jogar o game em 2 de junho – e tentar conseguir chegar ao nível 100 no modo Hardcore.
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