Brasileiro conta como virou fenômeno no Fortnite e ganhou bolsa em 32 universidades dos EUA

Atualmente, Fortnite é um dos jogos mais populares entre os gamers. O título é um grande crossover entre o gênero battle royale e personagens da cultura pop. É possível jogar com o Venom, Chris e Jill – de “Resident Evil” – e até com o Chapolin Colorado.

Isso faz com que a base de fãs aumente cada vez mais, tornando-o um grande êxito para a Epic Games. No entanto, algumas pessoas vão além e conseguem extrair mais do que mera diversão do game.

Esse é o caso do jovem Guilherme Mannarino, de 17 anos, que, por conta de sua incrível habilidade em Fortnite, foi convidado para estudar em 32 universidades dos Estados Unidos – tendo bolsa integral em 3 delas.

O jovem foi convidado para representar os times de e-sports das instituições. Em troca, ele poderia escolher qualquer curso que estivesse disponível para estudar.

Em entrevista exclusiva ao blog KaBuM!, Guilherme conta que o sonho começou desde pequeno – muito antes do seu envolvimento com Fortnite. “Desde pequeno, sempre tive o desejo de morar fora e proporcionar melhor qualidade de vida para mim e minha família. Vi que fazer faculdade nos EUA poderia ser uma porta para realizar esse sonho”, revela.

Esse pensamento ficou em sua cabeça até que viu no game a oportunidade perfeita. Ele conta que o interesse no Fortnite surgiu há cerca de um ano e meio, quando se cansou de jogar “CS:GO”.

De lá para cá, ele começou a ver no game possibilidades para a realização de seu sonho. Isso porque, por meio do Instagram, Guilherme teve contato com um jovem que havia alcançado a proeza de conseguir uma bolsa de estudos por conta de sua habilidade, sim, em Fortnite.

Foto: Reprodução

“De início jogava apenas por diversão. Após descobrir essa possibilidade de bolsa, comecei a me dedicar para melhorar cada vez mais”, revela.

Ele confidenciou que seu sonho começou a se realizar quando conseguiu “estabelecer contato com treinadores de dois sites. Um onde tenho acesso ao contato deles e outro em que criei um perfil e os treinadores interessados chegavam até mim”.

Quando questionado sobre como foi receber tantas propostas, Guilherme contou que nunca imaginou que teriam tantos interessados. Ele “esperava receber apenas uma oportunidade e já estaria contente.”

Rotina balanceada entre Fortnite e outras atividades

Imagem: Acervo pessoal

Após receber os convites, Guilherme começou a equilibrar sua rotina entre estudos e outras atividades – incluindo treinos diários no Fortnite. Ele disse que sempre busca uma “rotina balanceada”, em que concilia “estudo, treino dentro do jogo e atividade física”.

Falando sobre como o impacto das notícias dos convites chegou até ele, o jovem afirma que está tranquilo, que “nunca sofri com pressão. Me sinto apenas mais inspirado sabendo que a minha história pode mudar o rumo da vida de muitas pessoas”.

E é justamente isso que ele fala com o maior orgulho. O jovem estudante afirma que vê a questão de poder influenciar a história de muitas pessoas como “algo maravilhoso, pois sei que minha história pode mudar a vida de pessoas que jamais pensaram nessa possibilidade”.

Guilherme atribui parte de suas conquistas aos seus amigos, ao time que joga “Fortnite” com ele. “Sempre joguei com eles. São os maiores responsáveis por eu conseguir essas bolsas. Nunca deixaram eu parar e sempre me apoiaram nos meus objetivos”.

Guilherme também contou o segredo para se destacar jogando o game. Ele disse que a ideia é sempre “buscar a evolução e nunca se satisfazer com o que já tem”.

Além disso, ele revelou três dicas para quem, assim como ele, almeja o sonho de estudar fora: “A principal coisa que gosto de frisar é que os estudos vêm sempre em primeiro lugar, pois, sem eles, você não consegue nenhuma oportunidade”.

E continua:

“A segunda dica que dou é de nunca desistir de um sonho, mesmo não tendo o apoio necessário, pois, quando você alcança o que espera, é a melhor sensação do mundo. A terceira dica que sempre dou a todos que vêm me perguntar sobre o processo é de que a principal coisa é ter domínio do inglês, pois sem ele, seria impossível se inscrever para uma instituição americana”

Por fim, Guilherme comentou que ainda não tomou sua decisão sobre qual universidade escolher, mas que, para isso, ainda tem tempo, já que seu plano é se mudar para os EUA em agosto do próximo ano.