Desde que divulgou o relatório de performance para seus investidores, a Ubisoft não tem parado de sair nas manchetes mundiais – pelos piores motivos possíveis: além de ter adiado Skull and Bones pela quinta vez e confirmar um corte de custos que derivam do mau desempenho de vendas de seus jogos mais recentes, a publisher francesa agora enfrenta o menor preço por cada ação segundo cotações da Dow Jones.

De acordo com informações levantadas pelo Morning Star, cada papel da Ubisoft desceu ao valor de US$ 4,39 (R$ 23,40), tendo já aumentado – mas não muito – para US$ 4,42 (R$ 22,51) na manhã desta quinta-feira (12). Historicamente, a empresa liderada por Yves Guillemot nunca havia chegado a um nível tão baixo de valorização nos últimos sete anos – o recorde foi em 2016.

Ubisoft

Imagem: Michael Vi/shutterstock.com

A situação não para por aí: no relatório técnico divulgado nesta semana, a Ubisoft confirmou a revisão de sua estimativa de faturamento – se no ano passado, ela antecipava um aumento de 10%, a empresa agora retraiu-se para uma queda de 10%. Antes, a companhia ambicionava € 830 milhões (R$ 4,64 bilhões) para o terceiro trimestre deste ano fiscal, mas agora este valor foi reduzido para € 725 milhões (R$ 4,01 bilhões).

Evidentemente, a situação já tem gerado especulações sobre os rumos que a Ubisoft deve tomar a partir daqui – alguns bem exagerados, aliás. De acordo com o insider Jeff Grub, que acertou algumas de suas previsões no passado, a publisher francesa tem buscado empresas que poderiam se interessar em comprá-la…e o resultado, segundo ele, foi o de que potenciais aquisições renderam risadas…

Grubb não forneceu qualquer evidência do que disse, relegando sua afirmação a um “com certeza isso aconteceu em algum momento, confia”, então é difícil dizer que ele esteja se referindo à situação atual da Ubisoft. O timing, no entanto, parece favorecer essa impressão.

Ademais, não seria a primeira vez que esse assunto aparece na mídia: ano passado, rumores sobre uma eventual aquisição da Ubisoft também flutuaram nas manchetes, justamente com a francesa procurando interessados. Ao final, ela continuou uma empresa familiar (a família do CEO Yves Guillemot é fundadora e dona), mas em setembro, a chinesa Tencent ampliou sua pegada na propriedade de ações da companhia – algo que vinha sendo tentado há pelo menos um mês antes.

De toda forma, os planos da Ubisoft para o futuro próximo estão bem detalhados: a empresa vai promover cortes orçamentários que devem impactar não só ações de marketing e promoção de jogos, como também a não reposição de vagas abertas deixadas por colegas de trabalho que saíram da empresa. Além disso, tudo indica que ela deve se concentrar em lançamentos de grandes marcas: Assassin’s Creed Mirage, Avatar: Frontiers of Pandora e o já mencionado Skull and Bones estão no calendário deste ano fiscal, bem como um novo “título premium ainda não anunciado”.

Agora, se isso vai dar certo ou não, só saberemos com o passar do tempo…

via Morning Star | Jeff Grubb (Twitter)

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