O atual modelo de streaming de música – criado há mais de 15 anos – paga artistas e compositores de acordo com o total de streams; isto é, quantas vezes suas canções são tocadas em determinado serviço. Em paralelo, apenas grandes artistas têm contratos exclusivo. A maioria recebe bem menos que eles.

Com o intuito de mudar essa história e, claro, destronar o líder Spotify, a Universal Music e a francesa Deezer anunciaram o lançamento de um novo modelo de serviço de streaming o qual classificaram de “centrado no artista”.

Imagem mostra o logotipo do Deezer em uma tela de smartphone, com dois fones de ouvido ao lado

Imagem: David Esser/Shutterstock

Segundo as duas empresas, a proposta é recompensar melhor os artistas. O modelo vai estrear na França ainda este ano e o formato chegará a outros mercados internacionais em um futuro próximo.

Universal e Deezer afirmam que pretendem “desenvolver um modelo econômico que reflita melhor o verdadeiro valor das relações entre artistas e fãs” e, assim, aumentar os ganhos para o que eles chamam de “artistas profissionais”.

Características do novo streaming da Deezer e Universal

  • Foco nos artistas – a Deezer atribuirá um duplo impulso ao que definem como “artistas profissionais” – aqueles que têm um mínimo de 1.000 streams por mês por um mínimo de 500 ouvintes – para recompensá-los de forma mais justa pela qualidade e engajamento;
  • Conteúdo envolvente – a plataforma também atribuirá impulso duplo às músicas com as quais os fãs se envolvem ativamente, reduzindo a influência do algoritmo no serviço;
  • Desmonetização de áudio com ruído que não seja de artista – o modelo vai tirar o pagamento de áudios de ruídos brancos, como os barulhos de chuva, floresta, ambiente, etc., que tanta gente usa para relaxar ou dormir;
  • Combate à fraude – a Deezer se compromete a usar um sistema proprietário de detecção de fraude atualizado e mais rigoroso, eliminando incentivos para maus atores e protegendo os royalties de streaming para os artistas.

“Na Deezer sempre colocamos a música em primeiro lugar, proporcionando uma experiência de alta qualidade aos fãs e defendendo a justiça na indústria. Estamos agora a abraçar uma mudança necessária, para refletir melhor o valor de cada conteúdo e eliminar todos os incentivos errados, para proteger e apoiar os artistas. Não existe nenhuma outra indústria onde todo o conteúdo tenha o mesmo valor, e deveria ser óbvio para todos que o som da chuva ou de uma máquina de lavar não é tão valioso quanto uma música do seu artista favorito”, disse Jeronimo Folgueira, CEO da empresa.

De acordo com o Financial Times, a expectativa das empresas é de que os pagamentos a artistas profissionais cresçam 10% na nova plataforma de streaming.

Via: Variety

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