A nova animação do Studio Ghibli, The Boy and the Heron (ou O Menino e a Garça, em tradução livre) conquistou uma bilheteria de US$ 5,59 milhões nos cinemas dos Estados Unidos na última sexta-feira (8), quando teve sua estreia em 2.205 estabelecimentos locais. Durante o final de semana, o montante chegou aos US$ 12,97.

O valor registrou um marco não apenas pelo montante significativo em uma janela de três dias, mas também pelo longa ser o primeiro título de anime original da história a liderar as bilheterias norte-americanas.

O longa é dirigido pelo lendário Hayao Miyazaki, cofundador do estúdio japonês e cujo trabalho engloba filmes clássicos como Meu Amigo Totoro, O Serviço de Entregas da Kiki, Ponyo: Uma Amizade que Veio do Mar, Princesa Mononoke, e o aclamado A Viagem de Chihiro (ganhador do Oscar 2003 de Melhor Animação).

No mercado japonês, The Boy and the Heron também conquistou outros números relevantes, incluindo a arrecadação recorde de US$ 5,86 milhões na estreia – conquistando também o título de maior bilheteria doméstica para uma criação de Miyazaki, de terceira maior bilheteria do ano no Japão e de 75º longa de maior bilheteria de todos os tempos para o país asiático.

Globalmente, o longa já arrecadou US$ 97,16 milhões, incluindo US$ 56,17 milhões só no Japão. Entre os países em que a animação já foi exibida estão Coreia do Sul, Espanha, França, Noruega, Portugal, República Tcheca, Rússia e Turquia.

A título de comparação: a produção anterior do cineasta, o longa de animação Vidas ao Vento (Kaze Tachinu, no original), de 2013, bateu a marca de US$ 5,2 milhões na estreia dos EUA – ou seja, ele já foi ultrapassado pelo novo título do diretor. (via Hollywood Reporter e Variety)

Não à toa, o novo longa de animação já foi escolhido para integrar a lista de indicados ao Globo de Ouro 2024.

The Boy and the Heron, a aposentadoria de Miyazaki e o filme no Brasil

Para os fãs das produções de Miyazaki, The Boy and the Heron é um filme com um apreço especial, visto que ele também foi considerado como “a última produção de Miyazaki” antes de se aposentar oficialmente – embora o vice-presidente do estúdio, Junichi Nishioka, já tenha salientado que isso pode estar longe de acontecer de fato.

“Outras pessoas dizem que este pode ser seu último filme, mas ele não se sente assim”, disse Nishioka, por meio de um tradutor e em entrevista à CBC News.

O executivo respondeu ao questionamento durante o tapete vermelho do Festival de Toronto (TIFF), onde The Boy and the Heron teve sua estreia internacional.

Durante o papo com a CBC, Nishioka completou que não apenas Miyazaki não está pensando em aposentadoria, como também “está atualmente trabalhando em ideias para um novo filme”.

“Ele vem ao seu escritório todos os dias e faz isso. Desta vez, ele não vai anunciar sua aposentadoria. Ele continua trabalhando como sempre fez”, continuou.

O longa, vale dizer, segue a linha de muitos dos roteiros de Miyazaki e do Studio Ghibli. Assim, a narrativa conta a história de Mahito, um menino que, em busca da mãe, se aventura em um mundo compartilhado pelos vivos e pelos mortos.

Nesta fantasia semiautobiográfica, Hayao Miyazaki encontra maneiras de falar sobre a vida, a morte, a criação, e  um brinde à amizade. Como é de praxe também, vale mencionar que a aventura de Mahito é desenhada à mão.

A produção também é assinada pelo cofundador do Studio Ghibli, Toshio Suzuki, com a trilha sonora em colaboração com Joe Hisaishi. A música tema do filme “Spinning Globe” foi escrita e interpretada pelo astro global do J-pop Kenshi Yonezu.

Infelizmente, a animação ainda não tem data confirmada de estreia para o Brasil.

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