‘Tetris’ é plágio? Autor acusa filme da Apple TV+ de roubar material de seu livro

O jornalista e editor-chefe do Gizmodo, Dan Ackerman, está processando a Apple e a Tetris Company por, segundo ele próprio, terem plagiado material de seu livro na produção do filme. Originalmente, ‘Tetris’ foi exibido pelo serviço de streaming em março de 2023.

Ackerman escreveu, em novembro de 2018, o livro “O Efeito Tetris”, que reproduz a criação do icônico jogo de empilhar blocos como se fosse um thriller de espionagem da Guerra Fria. O autor alega ter enviado uma cópia de pré-impressão de seu livro a Maya Rogers, CEO da Tetris Company, em 2016. Depois disso, ele teria recebido uma “carta bastante enérgica” de cessão e desistência para impedi-lo de procurar oportunidades de filme e televisão.

De acordo com o reclamante, Rogers então se juntou a Noah Pink para, nas palavras da documentação do processo, desenvolver um roteiro usando conteúdos e contextos estipulados em seu livro. Ackerman afirma ainda que “vários produtores” mostraram interesse em adaptar o seu livro para as telas, mas a Tetris Company teria se recusado a licenciar a propriedade intelectual da marca para seguir com o projeto.

Essencialmente, Ackerman precisaria da permissão da Tetris Company para prosseguir com qualquer adaptação, mesmo que o livro seja de autoria dele. Ao negar-se a isso, a empresa deu a entender que não perseguiria tal oportunidade – o que obviamente não aconteceu: o filme ‘Tetris’, que conta a história por trás do jogo, foi lançado com bastante sucesso, tendo 82% e 87% de aprovação no Rotten Tomatoes, nas críticas especializadas e avaliações de usuários, respectivamente.

O problema: Ackerman diz que, depois de ter seu licenciamento negado, a Tetris Company usou seu livro para produzir o filme sem ele – o que é extremamente ilegal, se for verdade.

O reclamante argumenta que, para escritores, o licenciamento de propriedades intelectuais voltadas aos seus livros são uma necessária fonte de renda. Por essa razão, ele alega em seu processo que, ao barrar esse licenciamento, a Tetris Company não tinha intenção de proteger sua marca, mas sim “atacar economicamente o seu trabalho”.

O processo conta com uma extensa lista de cenas do filme que, descritas textualmente, parecem ter sido espelhadas sem alteração do livro. É claro, o processo pode também ter sido escrito para afirmar isso propositalmente, então neste momento é impossível determinar quem está certo.

Segundo a Reuters, a Tetris Company e a Apple não comentaram as informações. O processo ainda não teve um juiz atribuído e nem data para começar as deliberações.