Por ser um método de desenvolvimento acessível, o low-code tem tido uma grande influência para a automação de desenvolvimentos de softwares e aplicações para diferentes setores de negócios e o setor de saúde não está fora dessa conta. Até o início da pandemia, os profissionais deste setor ainda se deparavam com uma quantidade surpreendente de formulários físicos e processos baseados em papel ou sistemas antigos obsoletos.

As organizações de saúde lidam com múltiplos portais, sistemas e canais de mensagens. Estes processos cada vez mais desarticulados criam lacunas e adicionam complexidade aos fluxos de trabalho que, em última instância, minam a experiência do paciente. As tecnologias de automação proporcionam aprovações instantâneas, agendamento fácil de consultas, relatórios instantâneos e documentação para as seguradoras e reguladores sem complicações. E quem já trabalha com aplicações sabe que a maior parte dessa infraestrutura precisa de uma revisão de funcionalidade para corresponder ao que é necessário para ser uma organização competitiva, ágil e mobile-first.

A digitalização passou a ser uma realidade e a tecnologia low-code se tornou uma aliada por permitir que os sistemas operacionais tenham milhares de acessos simultâneos e sejam atualizados com facilidade e rapidez, sem precisar que nada seja tirado do ar. A utilização deste método de desenvolvimento, de acordo com o Everest Group Low-Code Application Development Platforms PEAK Matrix® 2022, deve crescer entre 24-26% no médio prazo e o Gartner nos diz que até 2025, 70% das novas aplicações desenvolvidas pelas empresas utilizarão tecnologias low-code ou no-code.

No setor da saúde, o Low-Code/No-Code pode ajudar na otimização da distribuição de equipamentos e pessoal, facilitando os atendimentos remotos e a telemedicina, organização dos portais de pacientes, apresentando agentes virtuais e integrando dados de diferentes locais. Se você tiver vários sistemas que não estão bem integrados, poderá refatorá-los em microsserviços individuais, um componente por vez, tão rápida ou gradualmente quanto necessário. E se o sistema principal legado estiver realmente no fim de sua vida útil, é possível reconstruí-lo em paralelo usando os mesmos dados para que a transição seja o mais perfeita possível. Com os canais integrados é possível prover uma visão 360º do paciente, acompanhá-lo e ter ações proativas de prevenção.

Transformação digital do setor de saúde ganha impulso com tecnologia low-code

Imagem: Den Rise/Shutterstock.com

No Brasil, já temos casos muito bem estruturados de sucesso. Logo no começo da pandemia, ainda no final de 2019, a Unimed-BH identificou que o uso da telemedicina seria um diferencial. A cooperativa então, desenvolveu com o auxílio do low-code, em apenas dois meses, a plataforma que permitia consultas on-line, conectando pacientes e médicos de forma fácil e rápida.

Já o IPASGO – Instituto de Assistência aos Servidores Públicos do Estado de Goiás, trouxe a tecnologia low-code para transformação no método dos agendamentos e atendimentos. Atualmente, além de ter melhorado a relação com o seu público, que tem autonomia para marcar consultas e exames, o Instituto otimizou o tempo de trabalho de suas equipes de desenvolvimento, que passaram a ter mais foco em trazer soluções criativas e aplicáveis para a transformação digital da organização.

Isso mostra que a cada vez mais a tecnologia low-code se torna uma aliada da digitalização do setor de saúde, por permitir que os sistemas operacionais tenham milhares de acessos simultâneos e sejam atualizados com facilidade e rapidez, sem precisar que nada seja tirado do ar.

 


Adeisa RomãoAdeísa Romão é diretora comercial da OutSystems no Brasil. Profissional de TI com mais de 30 anos de experiência, sempre foi apaixonada e motivada pela maneira que a tecnologia interfere e contribui no cotidiano das pessoas. Formada na primeira turma de Ciências da Computação da Universidade de Taubaté e com MBA Executivo pelo Insper, trilhou sua carreira em diversos projetos relevantes com equipes multidisciplinares, contribuindo no resultado de grandes multinacionais do setor.

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