Faz dois ou três anos que o low-code vem ganhando cada vez mais adeptos, mas o que poucos sabem, é que este processo de desenvolvimento existe há mais de 20 anos e acompanha desde sempre a transformação digital. Para se ter uma ideia do crescimento exponencial de utilização desse método de desenvolvimento, a Gartner, empresa de consultoria conhecida mundialmente, aponta que 70% das aplicações desenvolvidas até 2025 serão realizadas com programação low-code.

Embora o low-code venha ganhando notoriedade nos últimos tempos, muitas empresas e desenvolvedores são relutantes em utilizá-lo por diversas razões. Pretendo mostrar que realmente temos nas mãos o futuro da digitalização do mundo, que vem sanar uma série de dores do segmento de tecnologia, principalmente a necessidade de agilidade e a falta de profissionais qualificados. Para esclarecer e ampliar o conhecimento em relação a este método de desenvolvimento, selecionei as três principais objeções que existem em nosso mercado:

“As plataformas low-code vão acabar com a carreira dos desenvolvedores”

Sempre digo aos desenvolvedores para ficarem tranquilos que este não é o fim para a profissão e sim, algo que vai agregar novas possibilidades, uma vez que os aceleradores e componentes da plataforma low-code liberam o desenvolvedor de tarefas manuais e repetitivas, para que possam dedicar seu tempo a novas soluções criativas, inovações e boa arquitetura.

Outro ponto positivo dessa linguagem de programação é a abertura do mercado para mais profissionais atuarem em um setor que tem escassez de mão de obra. Esse método de desenvolvimento está abrindo novas frentes de trabalho, tanto que a maioria dos desenvolvedores low-code vêm de linguagens tradicionais.

Para qualquer um que tenha conhecimento de pelo menos uma linguagem de programação, a transição é muito fácil. Em poucas semanas de treinamento o desenvolvedor está apto a atuar em projetos reais.

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Imagem: Shutterstock

“Todo mundo tem acesso aos mesmos códigos, deixando um sistema exposto, por isso não é seguro”

Há um mito de que falta segurança para o método, mas isso não é verdade. Cada empresa e sistema que é desenvolvido são únicos. Cada aplicação é singular, com extensas barreiras de segurança, que são atualizadas constantemente. Todos os acessos são individuais, por isso, a partir de momento que um projeto começa a ser desenvolvido ele fica exclusivo para a empresa, independente da quantidade de clientes que usam os mesmos recursos.

É assim, a partir do momento que os recursos são escolhidos para um app e incluídos no sistema, somente os desenvolvedores com permissões de acesso conseguirão acessar os recursos do projeto. Tudo é controlado e seguro, com acessos pré-determinados, o que faz com que os códigos estejam protegidos de qualquer vulnerabilidade.

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Imagem: Shutterstock

“Com low-code, todo app fica com a mesma cara”

Este é outro mito, muito comum. Por falarmos de um sistema “arrasta e solta”, com os formatos iguais para cada um dos recursos disponíveis, não quer dizer que estes não possam ser customizados.

Vemos trabalhos belíssimos dos times de design, que criam interfaces práticas para os usuários que ficam 100% dentro da identidade visual da marca que está lançando o app.

É muito importante que os profissionais saibam que o low-code é uma solução ampla, ágil, escalável e com recursos muito mais avançados do que a programação tradicional. Com esta tecnologia temos em mãos o futuro do desenvolvimento digital, que será cada vez mais necessário no mundo.


Adeisa RomãoAdeísa Romão é diretora comercial da OutSystems no Brasil. Profissional de TI com mais de 30 anos de experiência, sempre foi apaixonada e motivada pela maneira que a tecnologia interfere e contribui no cotidiano das pessoas. Formada na primeira turma de Ciências da Computação da Universidade de Taubaté e com MBA Executivo pelo Insper, trilhou sua carreira em diversos projetos relevantes com equipes multidisciplinares, contribuindo no resultado de grandes multinacionais do setor.

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