Wrath of the Lich King Classic: um bate-papo com desenvolvedores por trás do jogo
Na segunda-feira, a Blizzard liberou a expansão Wrath of the Lich King, baseada no clássico homônimo dos anos 2008 do seu icônico MMORPG World of WarcraftBy - Tissiane Vicentin, 27 setembro 2022 às 17:57
Sucesso nos anos 2008, Wrath of the Lich King retorna à vida com uma expansão liberada pela Blizzard nesta segunda-feira (26). A Classic remonta a história de Arthas Menethil, herói paladino e herdeiro da coroa de Lordaeron que, corrompido pela maldição da espada, assume uma nova identidade — roteiro este que compõe uma das expansões mais populares do MMORPG World of Warcraft (WoW).
Em uma coletiva de imprensa realizada na última semana para falar sobre as novidades envolvendo o reino de Nortundria, ao norte de Azeroth, Ana Resendez, Lead Software Engineer da equipe que trabalhou nos bastidores do desenvolvimento do game, deixou claro que a onda nostálgica pode tomar conta dos corações de jogadores de todos os cantos do mundo com esse lançamento.
O blog KaBuM! foi convidado para participar de um bate-papo online que aconteceu com os desenvolvedores por trás da expansão Classic — Ana Resendez, e o também Lead Software Engineer, Brian Birmingham —, ao lado de outros colegas da imprensa da América Latina, para conhecer o que ficou e o que mudou com o novo lançamento. O resultado você vê a seguir.
Wrath of the Lich King: o trajeto para o retorno do rei
O trabalho para reviver a história clássica de WoW consistiu especialmente em adaptá-la aos tempos atuais, sem perder a essência que a fez tão popular. “No geral, quisemos manter o máximo que conseguimos com a Classic”, afirmou Ana Resendez.
Ela contou que o processo de desenvolvimento da “nova antiga” expansão foi bastante desafiador e está equivocado quem acredita que o processo se resumiu a apenas “copiar e colar arquivos que já tínhamos”, como pontuou a engenheira de software. “É um pouco mais complexo que isso”.
O trabalho para reviver a história clássica de WoW consistiu especialmente em adaptá-la aos tempos atuais, sem perder a essência do que a fez tão popular. “No geral, quisemos manter o máximo que conseguimos com a Classic”, afirmou Ana.
A engenheira complementa que a equipe por trás do desenvolvimento trabalhou para recriar experiências e manter o sentimento nostálgico do jogo. “As pessoas possuem memórias de jogar o game e querem revivê-las, mas também reconhecemos que muito mudou ao longo dos anos, a comunidade evoluiu”, disse.
Assim, os feedbacks da comunidade foram essenciais e também usados como combustível para alimentar a evolução dos jogos. “Mantemos essa comunicação aberta”.
Aos antigos jogadores, um aviso: nem tudo do game anterior retornou. Isso porque, como salientado por Ana, a ideia era deixar a expansão mais atual — e não uma cópia da antiga.
Assim, o recurso Random Dungeon Finder, por exemplo, é um dos itens que não está disponível na nova versão porque, segundo os desenvolvedores, a ideia é estimular a criação de laços entre os jogadores, como explicou Brian Birmingham. A exclusão do recurso já era um anúncio feito há algum tempo pela Blizzard e que se concretizou no papo.
“A RDF é uma ferramenta legal se você quiser jogar um jogo rápido durante o almoço, eu entendo isso”, afirma Birmingham, complementando que, em contrapartida, “também há valor em um tipo de jogo em que você precisa se esforçar um pouco mais para fazer uma nova amizade, tentar chegar em outra pessoa e dizer: ‘Ei, você quer se juntar aqui?’ Abrir essa conversa significa que você tem chances de fazer grupos fora das especificações, ou tentar algo um pouco fora do convencional”, argumenta.
Vale dizer, no entanto, que as dungeons ainda estão firmes e fortes no jogo — claro. A expansão Classic traz 13 dungeons e nove raids novas, com versões atualizadas de Naxxramas, Covil de Onyxia e Cidadela da Coroa de Gelo.
Também como destaque entre as novidades — que os desenvolvedores esperam conquistar novos e antigos jogadores de WoW —, está o Pebbles, um simpático pinguim pet que chega junto com a expansão.
Além disso, os jogadores que tiverem chars a partir do level 55 terão acesso à nova classe de Cavaleiros da Morte. “Melhoramos o jogo e também a capacidade dos servidores. Sabemos que as pessoas usam uma tecnologia mais avançada para jogar atualmente, assim, usamos itens que no geral trarão aos jogadores uma melhor experiência de gameplay”, observa Ana.
Wrath of the Lich King Classic traz também uma nova profissão: Escrivania, que permite aos jogadores escreverem glifos e aprimorar habilidades, alterar a aparência e modificar propriedades de feitiços.
A alma de WoW: a comunidade
A comunidade do game é bastante engajada e importante para a Blizzard. Infelizmente, no entanto, o coro ainda não foi o bastante para fazer com que o RDF retorne — ao menos, por enquanto. “Não quero cravar que sim ou que não. Mas, por ora, estamos pensando em não adicionar [o recurso]“, afirmou Birmingham.
O que a empresa fez para marcar o lançamento da expansão e que, de certa maneira, envolveu o público, foi selar uma parceria com o youtuber Hurricane, especializado em criar vídeos não oficiais de jogos, com a qualidade dos vídeos oficiais.
A ideia foi realmente trazer o enredo e o ar nostálgico para os antigos jogadores, ao passo que apresenta o contexto do jogo aos novos. No trailer, podemos ver o que esperar da expansão que foi originalmente lançada em novembro de 2008:
Curioso para jogar Wrath of the Lich King Classic, do WoW? O blog KaBuM! preparou um compilado com todos os requisitos mínimos para rodar o jogo e também informações sobre como jogar. Você pode ver os detalhes nesta matéria aqui.
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