Ao que parece, as estratégias para a Netflix reverter as perdas de assinantes sairão do papel muito em breve. Segundo uma nota interna da companhia obtida pelo portal The New York Times, o plano mais barato com anúncios e a cobrança extra para compartilhamento de senha devem entrar em vigor ainda este ano.

Chegada do plano com anúncios…

De acordo com duas fontes anônimas a par da situação, executivos da Netflix revelaram que a assinatura mais barata e com anúncios – algo semelhante ao que já acontece na HBO Max e Disney+, por exemplo – deverá chegar à plataforma nos últimos três meses de 2022.

No passado, a Netflix reforçou a ideia de que os comerciais nunca chegariam à plataforma. Mas a perda de assinantes do último trimestre parecem ter feito a companhia mudar de ideia e a estratégia agora é de lançar um plano mais acessível para conquistar novos usuários.

“Todas as grandes empresas de streaming, com exceção da Apple, anunciaram um serviço suportado por anúncios. Por uma boa razão, as pessoas querem opções com preços mais baixos”, teria justificado a nota interna.

… e cobrança extra para contas compartilhadas

O comunicado teria dito ainda que a cobrança para contas compartilhadas devem entrar em vigor também nos últimos três meses deste ano. Na prática, usuários terão de pagar uma tarifa extra para adicionar subcontas acessadas fora da residência.

O plano já estava sendo testado em Chile, Costa Rica e Peru desde março e o Procon-SP chegou a notificar a plataforma de streaming para saber se a medida seria adotada no Brasil. Nada de oficial foi confirmado até agora, mas a nota sugere que a ação será implementada de forma global.

Estratégia da Netflix vai vingar?

Todas as medidas anunciadas fazem parte da estratégia da Netflix de evitar novos números desastrosos. No primeiro trimestre deste ano, a companhia revelou a perda de 200 mil assinantes. Para piorar, a expectativa é de que esse prejuízo chegue a dois milhões nesse segundo trimestre.

Neste sentido, o plano com anúncios pode até funcionar – embora pagar para ver propaganda seja sempre algo contestável. Mas existe uma grande dúvida se essa cobrança extra para contas compartilhadas vai fidelizar os usuários ao invés de gerar uma retirada em massa.

Analistas chegaram a estimar que essa taxa extra pode gerar cerca de R$ 7,7 bilhões anuais para a companhia. Mas isso só será realidade se os planos forem mantidos, uma vez que a limitação de acesso apenas para residentes de um mesmo local (né, Spotify?) não foi bem recebido pela comunidade.

Vale lembrar que, por ora, as informações são derivadas de fontes anônimas e precisarão ser confirmadas pela própria companhia. Mas é bom que os usuários da Netflix estejam preparados, pois a possibilidade de mudanças daqui alguns bons meses é mais que real.

Via: Tech Radar

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