O ministro das Comunicações, Fábio Faria, afirmou nesta quarta-feira (27) que a decisão do WhatsApp de adiar para depois das eleições a criação de “comunidades” na plataforma é global e não sofreu qualquer interferência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no Brasil.

Em uma reunião com representantes do WhatsApp e com a Meta, empresa controladora do aplicativo, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro Faria discutiram a possível interferência das autoridades eleitorais brasileiras nas decisões do serviço de mensagens. Mas, ao final da reunião, Faria confirmou que as mudanças previstas serão globais e não restritas ao Brasil.

WhatsApp - Justiça

Imagem: Sergei Elagin/shutterstock.com

Comunidades no WhatsApp

Recentemente, o WhatsApp anunciou oficialmente o recurso “Comunidades”, que é um pouco diferente dos grupos, mas que ajuda as pessoas a compartilharem um interesse.

O recurso semelhante aos grupos já existentes, mas com possibilidade de colocar até 256 usuários. A funcionalidade só estará disponível após as eleições.

Comunidades - WhatsApp

Imagem: divulgação/WhatsApp

O que diz o WhatsApp

Quando fez o anúncio das Comunidades, especificamente para o Brasil, a Meta havia informado que o recurso não seria implementado no mensageiro antes das eleições por conta de um acordo feito entre Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, e Will Cathcart, CEO do mensageiro, para combater a desinformação.

“Saiu na imprensa que o TSE teria pedido para o WhatsApp não iniciar algumas operações no Brasil antes da eleição. Eles deixaram claro que isso não ocorreu e que as decisões tomadas foram da empresa. É uma decisão do mercado. Então, não tem por que, nem como o Poder Executivo interferir. Somos um governo liberal, a favor do livre mercado”, revelou o ministro Faria após a reunião desta quarta-feira.

Na foto, o CEO da Meta Mark Zuckerberg no palco de uma das apresentações da F8, conferência anual da empresa para desenvolvedores

Foto: Maurizio Pesce/Flickr

Ainda segundo ele, os representantes explicaram que a decisão por diminuir, em caráter global, o encaminhamento de mensagens tem como principal objetivo evitar mensagens indesejadas. “Nada tem a ver com eleição”, completou.

Fonte: Agência Brasil

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