Chrono Cross” foi lançado há mais de 20 anos e, de lá para cá, ganhou uma legião de fãs. O título, sucessor de “Chrono Trigger”, é um JRPG com muitas camadas, que traz um mundo para ser descoberto bem como diversos personagens que podem ser controlados – o que oferece um desafio a mais para os jogadores.

Lançado originalmente para PlayStation 1, o game agora ganhou uma versão melhorada para PlayStation 4, Nintendo Switch, PC e Xbox One. Mas será que as alterações fazem valer o preço?

Para responder a essas e outras questões, a equipe do blog KaBuM! testou “Chrono Cross: The Radical Dreamers Edition” e conta em detalhes como foi a experiência.

Vale lembrar que nosso foco será no que mudou em relação à versão original e não necessariamente falar sobre os pontos fortes e fracos do game – embora isso seja meio inevitável.

História

Chrono Cross

Imagem: Divulgação

Começando pela história, a premissa acaba sendo bastante simples. Controlamos Serge que, em certo momento, vai parar em uma outra realidade em que ele é desconhecido. Isso porque, enquanto ainda era criança, o personagem morreu afogado. Portanto, as pessoas que ele achava conhecer não fazem ideia de quem ele é.

É aí que ele entende que sua missão vai além de si mesmo e seu foco deve ser descobrir a verdade acerca das diferenças desses dois mundos.

Para ajudá-lo nisso, como acontece nos games de RPG, há diversos aliados disponíveis – cada um controlando um elemento diferente e trazendo maneiras distintas de combater os inimigos.

Mecânicas

Como um bom RPG, “Chrono Cross” possui batalhas em turnos em que os ataques são alternados com os inimigos. O interessante aqui é que há três níveis de poder do mesmo ataque, e que se diferenciam pela porcentagem de acerto que pode ser atingida.

Chrono Cross

Imagem: Divulgação

Portanto, é possível realizar um ataque que causa mais dano, mas há um certo risco do inimigo desviar, por exemplo. Tudo isso coloca uma camada a mais nos combates e faz com que os jogadores tenham de pensar muito bem antes de simplesmente tentar dar cabo dos inimigos de qualquer maneira.

Em certo momento, após uma quantidade específica de golpes, o poder elemental de cada personagem é disponibilizado e pode ser usado. Alguns deles oferecem vantagens significativas sobre os inimigos dependendo do tipo. Portanto, é importante analisar sempre quem se está enfrentando.

Outra questão interessante – e que difere “Chrono Cross” de outros jogos do gênero – é que as magias podem ser usadas apenas uma vez por batalha. Elas funcionam como se fossem itens consumíveis. Isso traz mais desafio para a jogatina.

Personagens

Chrono Cross

Imagem: Divulgação

Apesar de Serge ser o personagem principal e fixo, é possível “escolher” quem vai acompanhar o protagonista em sua jornada. Ao todo, são 45 personagens diferentes que podem ser recrutados em momentos distintos da campanha.

No entanto, vale citar que nem todos podem ser recrutados em uma única jogatina. Isso porque dependem de eventos específicos ou caminhos alternativos que impossibilitam acesso a alguns personagens. Portanto, escolha com cuidado.

Para auxiliar nisso, confira o guia completo que o blog KaBuM! fez para trazer cada um dos personagens para seu time.

Mudanças em relação ao game original

Agora chegamos na parte que mais deve interessar os jogadores: as alterações na nova versão. Os jogadores podem esperar novos modelos 3D, novas fotos de personagens – que agora ficaram mais nítidas e foram redesenhadas pelo artista original do título -, combate automático e até um modo que elimina os combates definitivamente.

Além disso, a trilha sonora foi remixada – mas mantendo os elementos originais – e um modo para acelerar as coisas foi implementado. Isso não é necessariamente novo, já que estava disponível no game antigo assim que o jogador terminar o título pela primeira vez. Mas ter a funcionalidade ativada desde o começo garante que será possível acelerar as coisas e permitir que mais eventos sejam acompanhados.

Chrono Cross

Imagem: Divulgação

Por fim, a adição do “Radical Dreamers” dá um toque a mais ao game. Trata-se de um game em texto que serviu de inspiração para “Chrono Cross”. Portanto, é possível entender eventos anteriores e até algumas curiosidades do game por meio dessa adição.

Problemas técnicos

Chrono Cross

Imagem: Divulgação

Como nem tudo é perfeito, apesar das melhorias implementadas pela Square Enix no título, há problemas sérios de performance.

Em qualquer um dos consoles, a queda de quadros é constante. É normal andar por alguns lugares em que o fps não passa de 20 – embora o jogo rode nativamente a 30 fps.

Nos combates isso fica mais evidente – e as quedas mais bruscas. Em todas as batalhas os personagens ficam “lentos” durante suas fases de ataque. Isso mostra como a Square, de certa forma, ignorou algo que estava presente na versão antiga – ouso a dizer, inclusive, que o problema está pior agora.

Chrono Cross

Imagem: Divulgação

Mas além dessa questão, o game também sofre com algumas configurações equivocadas. Como é o caso da proporção de tela. Embora seja possível jogar com três opções diferentes, apenas uma faz jus ao que o game se propõe.

A proporção 4:3, originalmente empregada no jogo, está disponível, enquanto as outras duas – uma esticada e outra mais esticada ainda – mostram uma preocupação da empresa que não era necessária, já que, quem vai se aventurar no jogo, provavelmente sabe que ele foi lançado há mais de 20 anos.

Conclusão

Chrono Cross

Imagem: Divulgação

De qualquer forma, “Chrono Cross: The Radical Dreamers Edition” é um bom modo de reviver esse clássico dos RPGs, embora esteja longe de ser a experiência que os fãs esperam e merecem.

Mesmo assim, revisitar o clássico com algumas mudanças significativas foi bastante interessante e mostra que o game ainda pode ser bastante relevante e não deve nada em muitos quesitos para os RPGs mais novos.

Como dito, “Chrono Cross: The Radical Dreamers Edition” está disponível para PlayStation 4, Nintendo Switch, PC e Xbox One.

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