Expresso do Amanhã, Drive My Car, Little Fires Everywhere: veja seleção de março
Nosso novo especial, com os títulos que a equipe do blog KaBuM! está assistindo atualmenteBy - Tissiane Vicentin, 27 março 2022 às 10:08
Quem estamos se preparando para o Oscar 2022? A premiação acontece neste final de semana e uma parte do nosso O que estamos assistindo? deste mês está com alguns dos títulos que concorrem ao prêmio da Academia, como Drive My Car (Melhor Filme) e Três Canções para Benazir (Melhor Documentário em Curta-Metragem).
Fora isso, há também filmes clássicos e, claro, as tradicionais séries! Vem espiar a seleção de março e não esquece de contar para nós nos comentários o que você anda vendo também?
O que estamos assistindo?
O Expresso do Amanhã |
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Por: Alvaro Scola |
Os filmes que mostram um mundo pós-apocalíptico sempre me chamaram a atenção, mas fazia tempo que não encontrava uma série que me prendesse. Já o Expresso do Amanhã me chamou bastante a atenção por trazer essa ideia de apocalipse, mas de uma forma diferente pois reúne muita gente em um trem e não em cantos diferentes da Terra. A série não chega a ser nova, estreou em 2020, mas estou no começo dela e, admito, não estou conseguindo ver menos que dois capítulos por dia! #Ficadica |
Onde assistir: Netflix |
WandaVision |
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Por: Igor Shimabukuro |
Mesmo sem ser um grande apreciador de obras de super-heróis — não me cancelem, fãs da Marvel ou da DC —, resolvi dar uma chance à série WandaVision. Talvez eu tenha sido intimado para iniciar a maratona? Talvez. É possível que eu nem mesmo soubesse direito quem era a Feiticeira Escarlate? É possível — sério, não me cancelem! Ainda assim, o seriado tem me agradado (e muito). Provavelmente porque WandaVision traz uma pegada diferente de outras séries de heróis, como Smallville, Arrow, ou Flash, por exemplo. Nada de muita porradaria, lutas e sangue. Na verdade — e sem spoilers —, nada mais é que uma sitcom inicialmente ambientada na década de 50, em que realidade e ficção se misturam a todo o momento. E tudo isso envolvendo Wanda (Feiticeira Escarlate) e Visão. Ainda restam poucos capítulos (e olha que a primeira temporada só tem nove). Mas para entender melhor o universo Marvel, certamente precisarei rever a série na íntegra após maratonar os filmes dos Vingadores. Um pouco tarde? Talvez. Mas sempre me disseram que nunca é tarde para nada! |
Onde assistir: Disney+ |
Dobradinha de Lars von Trier: Ninfomaníaca e A Casa que Jack Construiu |
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Por: Luiz Nogueira |
No último fim de semana, decidi assistir alguns dos filmes que estavam em minha interminável lista de produções para ver antes de morrer. Desta vez, escolhi dois dos longas de Lars von Trier, cineasta dinamarquês que costuma chocar a audiência com temas pesados e cenas de revirar o estômago. Em Ninfomaníaca, que é dividido em duas partes, acompanhamos a história de Joe, uma mulher que, como o nome sugere, é viciada em sexo. O longa possui cenas bastante perturbadoras em alguns momentos — inclusive, com uma das piores sequências que vi na vida. Mesmo assim, é um bom filme, com desenvolvimento interessante e um plot twist inimaginável nos momentos finais. Quando o longa se inicia, há um aviso de que trata-se de uma versão censurada — e, se essa é a variante com cenas cortadas, a versão completa deve ser ainda mais chocante! Já A Casa que Jack Construiu é um pouco mais leve e conta a história de Jack, um homem comum que, da noite para o dia, decide virar um serial killer. O interessante aqui é o lúdico, já que o longa é uma alegoria à Divina Comédia, de Dante Alighieri — inclusive, com uma cena que remete diretamente à obra inspiradora. |
Onde assistir: Ninfomaníaca, disponível na Netflix; A Casa que Jack Construiu disponível no TeleCine e na AppleTV+ |
Drive My Car |
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Por: Marcelo Rodrigues |
Com o Oscar rolando neste final de semana, nada mais justo do que falar de um dos filmes do pelotão de elite da premiação hollywoodiana, não é? Baseado no conto de mesmo nome do escritor japonês Haruki Murakami (que já apareceu na nossa coluna de “O que estamos lendo”), Drive My Car conta a história de um ator e diretor de teatro que tem sua feliz vida de casal despedaçada de uma hora para outra e precisa aprender a conviver com o luto e com as diferentes faces do amor. É bonito, é artístico e, como todo bom Murakami, fala com uma parte da gente que nem sempre queremos ver – mas ficamos felizes de visitá-la ao final da jornada. Tem crítica completa aqui no blog KaBuM!? Tem sim. Vai ganhar o Oscar de Melhor Filme? Vai não. É um filmaço? Com toda certeza! |
Onde assistir: nos cinemas (e, posteriormente, no MUBI) |
Três Canções para Benazir |
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Por: Renata Aquino |
Viver em guerra não é exceção, mas cotidiano em algumas partes do mundo. Ainda assim, há espaço para o amor, para o sonho e para a juventude. Três Canções para Benazir é um pouco disso. O documentário, que poderia ser um filme, mostra alegria e tristeza ao mesmo tempo. A história retrata a vida de Shaista e Benazir, um jovem casal afegão que vive em um terreno minúsculo em um campo de refugiados e sonham. Constroem a casa, querem ter filhos, querem fugir e, ao mesmo tempo, honram seus pais e seus costumes. Indicado ao Oscar de melhor documentário, ele merece o destaque. É uma lembrança da nossa possibilidade de amar e de destruir. |
Onde assistir: Netflix |
Little Fires Everywhere |
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Por: Tissiane Vicentin |
Mais um drama pra minha lista: a minissérie, baseada no romance homônimo de Celeste Ng, conta a história de duas famílias. De um lado temos Elena (Reese Witherspoon): branca, conhecida por todos da cidade, a típica mãe-modelo americana com quatro filhos, um marido amoroso — a “família perfeita”. Do outro lado, Mia (Kerry Washington): preta, mãe solteira de uma menina incrível, artista que vive se mudando de cidade em cidade e chega para morar no bairro de Elena — e, mais do que isso, na casa que Elena aluga. Parece uma história padrão — e, em alguns momentos realmente é —, mas conforme os episódios passam, descobrimos que há muito mais por trás de cada um dos personagens. Algo que os espectadores conseguem ver especialmente por meio do recurso de flashbacks, que mostram as dores que rasgam cada personagem por baixo de suas máscaras cotidianas, e fica mais claro entender como o passado impacta no atual cenário de cada uma das vidas mostradas. A história é atravessada pelos preconceitos de classes, de gênero e de raça, mas vai além e mostra, principalmente, sobre ser mãe. O melhor é que tem começo, meio e fim, então mesmo sendo curtíssima (8 episódios, o que é perfeito para maratonar), tem os detalhes suficientes para ser mais profunda e dá para saber como termina. |
Onde assistir: Amazon Prime Video |
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Essa foi mais uma edição do O que estamos assistindo, parte integrante das nossas listas especiais, publicadas todos os meses com os favoritos (ou nem tanto) da redação. Para ver as edições anteriores e também saber o que estamos lendo ou assistindo, clique aqui. Até mais!
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