Consolidando os números reportados em novembro do ano passado, a AMD fechou 2021 com uma fatia recorde de participação no mercado de CPUs x86. A fabricante conseguiu alcançar a taxa de 25,6%, que representa uma leve alta em relação ao seu feito inédito anterior de 25,3%, conquistados no final de 2006.

A alta engloba um crescimento na participação de mercado de todos os processadores x86 (incluindo PCs, consoles de videogames, servidores e produtos IoT). Embora a elevação de 1% em relação ao trimestre anterior pareça mínimo, vale lembrar que é o 7º trimestre consecutivo de alta da marca.

Tabela processadores AMD e Intel

Imagem: Reprodução/VentureBeat

Os números levantados pela Mercury Research revelam que a AMD chegou a perder participação no mercado de processadores para PCs. No terceiro trimestre de 2021, a participação de mercado era de 17%, por exemplo. Ainda assim, terminar o ano com 16,2% rendeu um feito inédito.

Isso porque a fabricante de hardware viu um aumento de 0,8% quando considerado apenas os processadores de servidor. Além disso, a alta geral pode ser explicada pelo aumento do número de remessas de CPUs para consoles de videogames, uma vez que a demanda por estes produtos têm aumentado nos últimos meses.

Combinados, esses aumentos foram importantes para “compensar” a queda de participação no mercado de CPUs x86 de PCs, notebooks e dispositivos móveis.

Intel segue na frente da AMD, mas…

Apesar do feito inédito alcançado pela AMD, é preciso lembrar que a Intel ainda lidera o setor. A big tech encerrou 2021 com 74,4% de participação de todo o mercado de CPUs x86 e continua a liderar todos os setores como o de servidores (89,3%), desktops (83,8%) e notebooks/mobile (78,4%).

Domínio Intel sobre AMD processadores

Imagem: Reprodução/VentureBeat

No entanto, é preciso observar que, pouco a pouco, a AMD tem diminuído essa diferença. Nesse jogo de “estica e puxa”, ambas as companhias têm ganhado participação em algum segmento e perdido em outros — algo relativamente natural tratando-se dos dois maiores players do mercado.

Ainda assim, vale salientar que, ao que parece, a AMD foi mais impactada que a Intel diante da crise dos chips. Infelizmente, a tendência é que a escassez de componentes se estenda ao longo de 2022, mas será interessante ver como será essa disputa em um cenário longe de fatores externos.

Fato é que essa competitividade beneficia os consumidores. A dona da arquitetura Zen deve seguir trabalhando para diminuir essa margem, enquanto a Intel busca recuperar o mercado “perdido” com seus processadores de 12º geração Alder Lake e sua nova linha de GPUs Arc.

A lógica é simples: mais competitividade, mais desenvolvimento de novos (e melhores) produtos. Bom para o setor no geral.

Via: Tom’s Hardware

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