“O metaverso vai muito além de redes sociais”, diz CEO da Qualcomm

O CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, afirmou que o metaverso vai muito além das redes sociais. A fabricante de chips acha que é uma redução do conceito pensá-lo apenas como a próxima fronteira em redes sociais.

“O metaverso vai criar uma série de oportunidades diferentes”, Amon disse em entrevista à CNBC. “Sempre haverá a grande rede social, jogos do consumidor”, acrescentou. “Pode haver um grande espaço para games, mas para fins industriais há grandes possibilidades”, completou.

A Qualcomm fechou uma parceria com a Microsoft para colocar seus chips em óculos de realidade virtual da empresa. A parceria foi um exemplo dado pelo CEO para as finalidades do metaverso.

Para Amon, o metaverso vai muito além de uso social e para diversão. O motivo é que a adoção da computação em nuvem está se espalhando também no cenário corporativo.

“Com a economia em nuvem que temos agora, com tudo conectado à nuvem, teremos cópias digitais de tudo. É possível ter uma cópia digital de um carro, por exemplo”, afirmou o CEO.

“Quando o carro for para a oficina autorizada e alguém olhar sob o capô, pode usar um dispositivo de realidade virtual aumentada e comparar com a cópia do veículo na nuvem e ver onde consertar”, complementou. O executivo indicou também a importância do novo conceito para treinamento profissional.

Metaverso em estudo da Gartner coincide com ideia da Qualcomm

Um estudo da consultoria de tecnologia Gartner coincidiu com as ideias do CEO da Qualcomm sobre o conceito.

Há muitos casos de uso e produtos que terão sua própria versão do metaverso. As oportunidades de negócios em diversas indústrias incluem:

• Ensino superior, médico, militar e outras áreas que podem se beneficiar de uma experiência de aprendizado mais imersiva.
• Eles não precisam criar sua própria infraestrutura, o metaverso será a base.
• Eventos virtuais, que ganharam popularidade nos últimos dois anos, agora podem prover ofertas mais integradas.
• Comércio pode estender seu alcance para uma experiência imersiva de compra que permita produtos mais complexos.
• Empresas podem conseguir mais engajamento, colaboração e conexão com seus funcionários através de ambientes de trabalho aumentados.
• Redes sociais podem se mudar para o metaverso, onde usuários poderão interagir com avatares tridimensionais.