Apple diz que leis antitruste podem tornar iPhones vulneráveis a ataques
Segundo a Apple, a ideia de permitir a instalação de aplicativos fora da App Store diminui a segurança do sistemaBy - Luiz Nogueira, 19 janeiro 2022 às 16:15
A Apple, em resposta a dois projetos de leis antitruste considerados pelo Senado dos Estados Unidos, disse aos legisladores que a segurança dos usuários do iPhone pode estar em risco caso as regras sejam aprovadas.
Como justificativa, a empresa revela que grande parte disso se dá pelo fato de que, em um trecho específico, ficaria descrito que a Apple seria obrigada a permitir o carregamento e instalação de aplicativos fora da App Store.
“Os projetos de lei colocam os consumidores em perigo por causa do risco real de violações de privacidade e segurança”, descreve Timothy Powderly, diretor sênior de assuntos governamentais da Apple.
A empresa da maçã atraiu atenção após ser acusada de controlar a App Store, já que é a única maneira de instalar softwares no iPhone.
Foi então que uma série de leis para evitar isso foram criadas e estão em processo de análise nos Estados Unidos. Isso pode ter implicações não só para a Apple, como também para o Google, que conta com uma loja de aplicativos própria.
A ideia é impedir que empresas com lojas de apps dominantes condicionem a distribuição de um aplicativo ao fato de o desenvolvedor usar o sistema de pagamento próprio da plataforma, por exemplo.
Em todas as vezes que isso foi colocado em pauta, a Apple se defendeu dizendo que seu controle é essencial para oferecer uma experiência segura e privada para seus clientes. Caso contrário, utilizadores podem instalar malware e outros softwares maliciosos sem querer.
“Mas, se a Apple for forçada a habilitar o sideload [instalação de aplicativos ‘por fora’], milhões de americanos provavelmente sofrerão ataques de malware em seus telefones”, disse Powderly.
Ambos os projetos de lei estão programados para serem aprovados na próxima quinta-feira (20). Caso passem pelo Comitê Judiciário do Senado, eles vão para o plenário.
Via: CNBC
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